4 resultados para Tipo de bem
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
A adolescência é um processo dinâmico entre a infância e a idade adulta: inicia-se com a puberdade e termina com a aquisição da identidade, da autonomia, bem como da elaboração de projetos de vida e de integração na sociedade. Os modelos de identidade são transferidos dos pais para os adolescentes, de modo a permitir a construção de idéias e afetos próprios. Este estudo tem como objetivo identificar como o adolescente vivencia tornar-se portador da doença crônica o diabetes. Para tanto, recorremos a abordagem qualitativa, utilizando como instrumento de coleta a entrevista semi-estruturada. Participaram do estudo cinco sujeitos, com idade variando de 10 a 17 anos, com diagnóstico do diabetes mellitus tipo 1 há pelo menos um ano. A partir das entrevistas, organizamos os dados em três temas: o impacto do diagnóstico no adolescente, convivendo com mudanças e a busca de identidade. Considerando-se que a adolescência é um período de vida marcado pela busca da identidade, no qual o adolescente esta revendo suas posições infantis frente a incerteza dos papéis adultos que se apresentam a ele, e aliado a este momento vem a doença crônica o diabetes. Parece-nos importante que haja compreensão, um grande apoio social e um efetivo trabalho de educação em diabetes que possibilitará a integração social e psicológica do portador do diabetes.
Resumo:
Estudos em ambiente laboral acerca do comportamento humano e saúde no trabalho, bem como a melhor forma de se aplicar as competências e habilidades do trabalhador, vêm ganhando maior corpo devido à crescente busca por melhores resultados organizacionais, ao aumento da competitividade no mercado e à necessidade empresarial de atingir melhor desempenho de suas equipes. Gestores procuram por recursos e inovações a fim de tornar possível o alcance das metas organizacionais. Empregados mais capacitados, satisfeitos e envolvidos com seu trabalho são também aqueles que têm maior comprometimento afetivo com a organização. Para a empresa, isto pode significar um aumento da produtividade, o rebaixamento do número de absenteísmo e turnover. A dimensão saúde no trabalho ganha relevância porque bem-estar no trabalho significa também empregado mais feliz, com menor probabilidade de adoecimento físico, psíquico ou moral, reduzindo custos relativos à restituição da saúde do trabalhador. Por outro lado, estudo realizado sobre a inteligência emocional em gestores sugere que pessoas com alto nível deste tipo de inteligência são capazes de ter relacionamentos mais profundos e constituir uma rede social mais segura, ajudar os outros de seu grupo, bem como desenvolver uma liderança onde se possa construir uma equipe coesa e uma comunicação mais efetiva com os outros e levar a cabo planos estratégicos empresariais com mais eficiência. Este estudo teve como objetivo geral analisar as relações entre as habilidades da inteligência emocional e as dimensões de bem-estar no trabalho. A pesquisa foi realizada em uma empresa do setor de plásticos e metalurgia, em uma amostra constituída por 386 participantes dos sexos masculino e feminino, com faixa etária entre 18 e 58 anos. Foi utilizado para a coleta de dados um questionário composto de quatro escalas que mediram os três componentes de bem-estar no trabalho e as habilidades da inteligência emocional. Os resultados do estudo revelaram que apenas três habilidades da inteligência emocional tiveram correlações significativas com as dimensões de bem-estar no trabalho: empatia, sociabilidade e automotivação. Foram observadas correlações mais significativas entre sociabilidade e bem-estar no trabalho. Portanto, o bem-estar no trabalho parece associar-se às habilidades intelectuais e emocionais dos trabalhadores de serem empáticos, manterem-se automotivados e, especialmente, de estabelecerem e conservarem suas amizades (sociabilidade)
Resumo:
O diabetes é uma doença crônica conhecida há aproximadamente 3.500 anos e que atinge, atualmente, cerca de 18,8 milhões de pessoas no mundo, sendo, portanto, de grande interesse a diversos pesquisadores das mais variadas áreas. Esta doença é resultante de uma insuficiência de insulina, que desempenha papel fundamental nos processos metabólicos do organismo. A incidência do Diabetes Mellitus tipo 2 tem apresentado um considerável crescimento nas últimas décadas, principalmente decorrente da elevada expectativa de vida e, também, pelo resultado de comportamentos destrutivos a saúde, como o abuso de substâncias, dieta inadequada e um estilo de vida sedentário. O presente estudo teve por objetivos avaliar a Qualidade de Vida, a dinâmica psíquica, a eficácia adaptativa e verificar os níveis glicêmicos de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 participantes de um grupo psicoeducativo. Participaram deste estudo 14 pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2. Os instrumentos utilizados foram: 1. Escala da Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME); 2. Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO); 3. Teste das Relações Objetais de Phillipson (TRO); e, 4. WHOQOL-bref. Os resultados mostraram que alguns pacientes apresentaram uma melhora significativa em seus níveis glicêmicos após a realização do grupo psicoeducativo, mesmo verificando que alguns não atingiram ainda bom controle de sua glicemia. A qualidade de vida destes participantes apresentou-se com níveis muito bons. Ao avaliar a eficácia adaptativa e a dinâmica psíquica destes participantes, verificou-se o quanto é difícil aceitar que se tem uma doença crônica e ter atitudes para realizar o tratamento adequado. Concluímos que para estas pessoas com diabetes poderem aderir ao tratamento é necessário que ele apresente uma boa capacidade de solucionar conflitos, e, apresente seu mundo interno ligado à posição depressiva. Se estes fatores estiverem equilibrados o estilo de vida e o bem-estar desses pacientes serão positivos, de modo que eles possam apresentar consequentemente um bom prognóstico com menos complicações da doença durante mais tempo de vida.
Resumo:
Desde tempos remotos é notória a busca da humanidade para entender e conquistar a felicidade, qualidade de vida, bem-estar e saúde na sua plenitude bio-psico-social. Assim, o objetivo geral deste estudo foi analisar as relações entre percepções de suporte (social, social no trabalho e organizacional) e bem-estar no trabalho (satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional afetivo) em trabalhadores com deficiência, pois são poucas as pesquisas sobre pessoas com deficiência (PCD). O propósito em abordar o trabalho é por ser um importante elemento de integração social e por constituir um símbolo de reconhecimento social, valorizando a capacidade de estreitar contatos e de estabelecer relações sociais. Deste estudo, participaram 44 trabalhadores com algum tipo de deficiência que atuam em cargos operacionais, técnicos e administrativos. Todos foram escolhidos por conveniência, sendo 24 (54,5%) do sexo masculino e 20 (45,5%) do sexo feminino, com idade entre 18 e 65 anos. Foi possível classificar as deficiências dos participantes em quatro categorias: deficiência nos membros superiores: 9 (20,5%) trabalhadores; deficiência nos membros inferiores: 11 (25%) trabalhadores; deficiência auditiva: 21 (47,7%) trabalhadores; deficiência visual: 3 (6,8%) trabalhadores. Para a coleta de dados foi utilizado questionário de auto-preenchimento, composto de seis escalas que avaliam satisfação no trabalho, envolvimento com o trabalho e comprometimento organizacional, além de suporte social, suportes social no trabalho e organizacional. Foram realizadas análises estatísticas descritivas, testadas diferenças entre médias, bem como calculados coeficientes de correlação entre variáveis. Os resultados apontam que em termos de satisfação no trabalho, não revelam discrepâncias entre estudos realizados com trabalhadores sem deficiências (considerados normais ). Também foi possível observar que as PCD declaram ter orgulho da empresa em que trabalham, além de estarem contentes, entusiasmadas, interessadas e animadas com a organização empregadora. O estudo revelou que as PCD obtêm de sua rede social, ajuda emocional que lhes proporciona sentimento de apoio frente às dificuldades ou carências afetivas, pois provavelmente entendam que podem contar com essa rede para comemorar realizações e sucessos, da mesma forma que receber carinho e consolo quando se frustram ou passam por algum momento triste. É possível afirmar que as PCD percebem que essa mesma rede seria capaz de lhes prover algum apoio prático, como receber informações acerca de sua saúde, talvez reabilitação, também informações para atualização profissional ou até acompanhamento do seu desenvolvimento, inclusive busca de novas oportunidades e desafios para crescimento pessoal e profissional. Os resultados desta pesquisa indicam que as PCD tendem a manter uma forte convicção de que a empresa em que trabalham preocupa-se com seu bem-estar e está disposta a oferecer ajuda diante uma necessidade. Demais resultados sinalizam que as PCD tendem a aumentar o seu vínculo com o trabalho vivenciando mais satisfação na medida em que também aumentam os suportes ofertados pela organização, pela rede social no contexto do trabalho e fora dele. A análise de todo o conteúdo confeccionado é a grande contribuição deste estudo, por ser considerado pioneiro nesta discussão, mas futuros estudos podem vir a confirmar tais resultados e corroborar com mais informações.(AU)