2 resultados para Símbolo [Psicología psicoanalítica]
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
A figura de Maria est em processo de emancipao, de uma Maria divinizada e pura, para uma Maria concreta, humana e mulher. Sua emancipao vem em decorrncia das conquistas e vitrias que as mulheres de hoje tm buscado e alcanado. Claro que essas mudanas vm ocorrendo restritamente em uma determinada linha teolgica, que a partir de uma hermenutica libertadora e a partir do feminino como ele se mostra pra ns hoje, pensa Maria como figura (mulher) concreta. Mas, como símbolo religioso, ela ser sempre Virgem, Me e Esposa, e as novas interpretaes sero sempre um esforo de superar o modelo de mulher ideal projetado no simbolismo de Maria, vista com os culos do patriarcalismo. Parale la a essa nova interpretao do simbolismo religioso mariano, encontra-se a estrutura do feminino como nova chave hermenutica para se pensar Deus, perspectiva que revela a transcendncia divina e sua humanidade presente tambm na figura da mulher. Deus-Me um termo bastante utilizado nos crculos populares, a partir da leitura bblica de textos veterotestamentrio e tambm est restrito s academias, acepo que dificilmente se pronunciar no mbito religioso evanglico e na sociedade, pois a cultura ainda est impregnada de patriarcalismo, onde a supremacia masculina inibe de se pensar o feminino como estrutura que transcende sua natureza humana.
Resumo:
A Folia de Reis, uma procisso da cultura popular, recria as liturgias oficiais a partir da transgresso dos valores institudos. A performance dos folies objeto de estudo para se refletir sobre os papis sociais e sobre a experincia do sagrado, com vistas s transformaes subjetivas de grande impacto entre os membros da comunidade que buscam a cura, assim como sanar o sofrimento da vida cotidiana. Este aspecto soteriolgico abordado a partir de dois campos tericos que vm em dilogo. De um lado a filosofia, a partir da fenomenologia da religio e a hermenutica, aqui representadas por Paul Ricoeur e Mircea Eliade. Por outro, a antropologia e as teorias teatrais, aqui presentes em nomes como Richard Schechner, Victor Turner, Eugenio Barba, entre outros. Estas duas vertentes tericas dialogam a partir de uma metodologia inspirada em Paul Ricoeur, pois partimos do conceito de trplice mimese como estrutura discursiva. Partindo do mundo prvio ou pr-figurao, passando pelo mundo da fico ou configurao e, por fim, chegando ao mundo da vida ou refigurao (mundo do leitor). Neste quadro terico encontramos aproximaes e distncias que possibilitaram rearranjar novas abordagens tericas, que contribuem muito para analisar a Folia de Reis, a partir deste mundo terico, abrindo novas perspectivas para sua compreenso.