64 resultados para Mulheres - Condições sociais

em Universidade Metodista de São Paulo


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O objetivo central desta tese investigar o potencial de transformao social da organizao no-governamental, ligada a CNBB(Confederao Nacional dos Bispos do Brasil).- Pastoral da Criana - para a libertao de mulheres que l atuam, das relaes de dominao e opresses inerentes ao contexto kyriarchal. Esta pesquisa procura considerar o espao religioso subjacente organizao em decorrncia das influncias das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e do MRCC (Movimento de Renovao Catlica Carismtica). feita pesquisa de campo na regio de Curitiba com observaes e entrevistas semi-estruturadas com doze mulheres atuando na Pastoral da Criana, valorizando-se a relao intersubjetiva entre pesquisadora e pessoas envolvidas na pesquisa. A anlise qualitativa de dados em relao ao marco terico feminista desenvolvido em Cincias Sociais pela sociologia, psicanlise e tambm a teologia, mostra o discurso das representaes sociais das mulheres envolvidas, a percepo de suas prprias identidades e a importncia da organizao na construo de suas vidas. Nos traz a concluso que a organizao reproduz o perfil tradicional de mulheres na funo materna e facilita a formao de redes comunitrias. Averigua-se que a Pastoral da Criana est vinculada ao sistema neoliberal de pensamento que reproduz os discursos de dominao do sistema kyriarchal da hierarquia da Igreja Catlica e da medicina higienista. Essas instituies de apropriam da vida e dos corpos das mulheres e os reduzem s suas funes meramente biolgicas, reprodutivas e de cuidados. A Pastoral da Criana caracterizada por atividades que no consideram as causas estruturais da pobreza, mas apenas tentam amenizar os seus efeitos e conseqncias. Em suas capacitaes, a organizao usa a forma bancria de educao que reproduz as relaes de dominao e dependncia de mulheres pobres. A organizao, mesmo com a estrutura da ideologia religiosa analisada, no est vinculada sistematicamente em um espao religioso. Sugere-se em relao situao da organizao, a abertura das idias e valores feministas nos campos da sade e religio a fim de promover a libertao e empoderamento reais de mulheres pobres. Esta recomendao est ligada com a abertura, a necessidade de reflexo e de conhecimento, mostradas pelas mulheres entrevistadas durante a pesquisa de campo. Considera-se como limitao aos resultados da pesquisa, o local pesquisado por no ter influncias de movimentos sociais.(AU)

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Reconhecendo, a partir da constatao emprica, a multiplicidade de escolhas de crenas no Mundo e em particular na periferia urbana paulistana, reconhecemos, tambm, a emergncia criativa de novas possibilidades de crer e no crer. Tal amplitude no apenas aponta para o crer (segundo as ofertas de um sem nmero de religies) e o no crer (ateu e agnstico), mas para uma escolha que poderia vir a ser silenciada e esquecida, neste binmio arcaico e obsoleto, quando algum se d liberdade crer sem ter religio. Reconhecer interessadamente os sem-religio nas periferias urbanas paulistanas dar-se conta das violncias a que estes indivduos esto submetidos: violncia econmica, violncia da cidadania (vulnerabilidade) e proveniente da armas (grupos x Estado). Tanto quanto a violncia do esquecimento e silenciamento. A concomitncia espao-temporal dos sem-religio nas periferias, levou-nos buscar referncias em teorias de secularizao e de laicidade, e, a partir destas, traar uma histria do poder violento, cuja pretenso a inelutabilidade, enquanto suas fissuras so abertas em espaos de resistncias. A histria da legitimao do poder que se quer nico, soberano, de carter universal, enquanto fragmenta a sociedade em indivduos atomizados, fragilizando vnculos horizontais, e a dos surgimentos de resistncias no violentas questionadoras da totalidade trgica, ao reconhecer a liberdade de ser com autonomia, enquanto se volta para a produo de partilha de bens comuns. Propomos reconhecer a igual liberdade de ser (expressa na crena da filiao divina) e de partilhar o bem comum em reconhecimentos mtuos (expressa pela ao social), uma expresso de resistncia no violenta ao poder que requer a igual abdicao da liberdade pela via da fragmentao individualizante e submisso inquestionvel ordem totalizante. Os sem-religio nas periferias urbanas, nossos contemporneos, partilhariam uma tal resistncia, ao longo da histria, com as melissas gregas, os profetas messinicos hebreus, os hereges cristos e os ateus modernos, cuja pretenso no o poder, mas a partilha igual da liberdade e dos bens comuns. Estes laicos, de fato, seriam agentes de resistncias de reconhecimento mtuos, em espaos de multiplicidade crescente, ao poder violento real na histria.

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O objetivo central desta tese investigar o potencial de transformao social da organizao no-governamental, ligada a CNBB(Confederao Nacional dos Bispos do Brasil).- Pastoral da Criana - para a libertao de mulheres que l atuam, das relaes de dominao e opresses inerentes ao contexto kyriarchal. Esta pesquisa procura considerar o espao religioso subjacente organizao em decorrncia das influncias das CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) e do MRCC (Movimento de Renovao Catlica Carismtica). feita pesquisa de campo na regio de Curitiba com observaes e entrevistas semi-estruturadas com doze mulheres atuando na Pastoral da Criana, valorizando-se a relao intersubjetiva entre pesquisadora e pessoas envolvidas na pesquisa. A anlise qualitativa de dados em relao ao marco terico feminista desenvolvido em Cincias Sociais pela sociologia, psicanlise e tambm a teologia, mostra o discurso das representaes sociais das mulheres envolvidas, a percepo de suas prprias identidades e a importncia da organizao na construo de suas vidas. Nos traz a concluso que a organizao reproduz o perfil tradicional de mulheres na funo materna e facilita a formao de redes comunitrias. Averigua-se que a Pastoral da Criana est vinculada ao sistema neoliberal de pensamento que reproduz os discursos de dominao do sistema kyriarchal da hierarquia da Igreja Catlica e da medicina higienista. Essas instituies de apropriam da vida e dos corpos das mulheres e os reduzem s suas funes meramente biolgicas, reprodutivas e de cuidados. A Pastoral da Criana caracterizada por atividades que no consideram as causas estruturais da pobreza, mas apenas tentam amenizar os seus efeitos e conseqncias. Em suas capacitaes, a organizao usa a forma bancria de educao que reproduz as relaes de dominao e dependncia de mulheres pobres. A organizao, mesmo com a estrutura da ideologia religiosa analisada, no est vinculada sistematicamente em um espao religioso. Sugere-se em relao situao da organizao, a abertura das idias e valores feministas nos campos da sade e religio a fim de promover a libertao e empoderamento reais de mulheres pobres. Esta recomendao est ligada com a abertura, a necessidade de reflexo e de conhecimento, mostradas pelas mulheres entrevistadas durante a pesquisa de campo. Considera-se como limitao aos resultados da pesquisa, o local pesquisado por no ter influncias de movimentos sociais.(AU)

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O objeto de estudo desta pesquisa a Comunidade da Graa, presente h dez anos em So Bernardo do Campo, regio do ABC paulista. Analisa-se o lugar da emoo religiosa e sua relao com a educao dos sentidos nesta confraria protestante pentecostal formada majoritariamente por pessoas de classe mdia, como propiciadora da assimilao de um habitus e de um forte auto-controle individual evidenciando a eficcia do adestramento corporal pela via da religio. Imersa em uma realidade social de muitas mudanas que provocam reconfiguraes das religies, no tipo especfico de pentecostalismo estudado nota-se que, na gesto dos bens simblicos, o ingrediente emocional o principal acessrio a fim de responder s demandas coletivas e individuais deste pblico religioso. Se h alguns anos a centralidade cltica do protestantismo pentecostal estava no ouvir a prdica e reviver a experincia do pentecostes cristo, hoje em dia o foco neste a emoo que deve perpassar todo o culto. O mesmo ocorre nos dois espaos catequticos privilegiados desta igreja, a saber, a reunio no templo chamada de Conhecendo as Escrituras e os encontros de grupos nos lares. Esta mudana se evidencia, tambm, nos corpos dos fiis, pois estes se constrem e modelam-se realidade social vigente e expressam as experincias vivenciadas neste contexto. A partir da observao dos cultos e reunies catequticas desta igreja, analisa-se neste trabalho o modo como a emoo religiosa construda, difundida e reproduzida, levando-se em considerao as condições sociais e econmicas especficas do grupo religioso em questo.(AU)

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O objeto de estudo desta pesquisa a Comunidade da Graa, presente h dez anos em So Bernardo do Campo, regio do ABC paulista. Analisa-se o lugar da emoo religiosa e sua relao com a educao dos sentidos nesta confraria protestante pentecostal formada majoritariamente por pessoas de classe mdia, como propiciadora da assimilao de um habitus e de um forte auto-controle individual evidenciando a eficcia do adestramento corporal pela via da religio. Imersa em uma realidade social de muitas mudanas que provocam reconfiguraes das religies, no tipo especfico de pentecostalismo estudado nota-se que, na gesto dos bens simblicos, o ingrediente emocional o principal acessrio a fim de responder s demandas coletivas e individuais deste pblico religioso. Se h alguns anos a centralidade cltica do protestantismo pentecostal estava no ouvir a prdica e reviver a experincia do pentecostes cristo, hoje em dia o foco neste a emoo que deve perpassar todo o culto. O mesmo ocorre nos dois espaos catequticos privilegiados desta igreja, a saber, a reunio no templo chamada de Conhecendo as Escrituras e os encontros de grupos nos lares. Esta mudana se evidencia, tambm, nos corpos dos fiis, pois estes se constrem e modelam-se realidade social vigente e expressam as experincias vivenciadas neste contexto. A partir da observao dos cultos e reunies catequticas desta igreja, analisa-se neste trabalho o modo como a emoo religiosa construda, difundida e reproduzida, levando-se em considerao as condições sociais e econmicas especficas do grupo religioso em questo.(AU)

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A proposta desta pesquisa discutir o trnsito religioso enquanto uma ao social que s pode ser compreendida a partir de um conjunto de condições sociais e polticas que influenciam o comportamento religioso contemporneo. O objetivo principal analisar as motivaes para a prtica do trnsito religioso dos evanglicos sem religio, no contexto das igrejas evanglicas, com a finalidade de entender o surgimento de um novo sujeito da f que escolhe romper com a f institucional, sem ser, necessariamente, um ateu. O que motiva este sujeito a professar uma f sem vnculo com qualquer instituio religiosa a questo fundamental deste trabalho, que se divide em trs captulos. No primeiro, analisamos o conjunto de transformaes que legitimam o comportamento de transitar entre os vrios vnculos religiosos, inclusive ficar sem vnculo. No Segundo, tentamos definir quem so os sem religio e por onde transitam. E no terceiro, discutimos a questo fundamental deste trabalho. O que motiva o evanglico a se desvincular, ou seja, ser um evanglico sem igreja?

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O cristianismo de libertao pode ser considerado uma terminologia para designar como as aes de libertao surgem na religio de matriz crist-catlica. Nele, est implcito o conceito de que Deus encontra-se no meio do povo para proporcionar experincias de libertao do sujeito consigo e do sujeito na sociedade. Libertao processual que desencadeie aes libertadoras. Aqui, interessa mais a ao do que a f. Pensar o cristianismo traduz-se por pensar em aes salvficas em situaes opressoras. A f que salva a alma, mas aprisiona o corpo no salvou. As experincias espirituais devocionais, deslocadas das atitudes de justia e de amor em favor dos pobres, passaram por um difcil crivo de senso e valor social, em perodo histrico concomitante ao surgimento da Teologia da Libertao na Amrica Latina. A igreja, por sua vez, condenou seus melhores pensadores acusando-os de profanos, pois estes preocupavam-se demais com a questo social dos sujeitos-fiis. Entretanto, o prprio Cristo priorizou salvar as condições sociais dos seus seguidores. Cristo, assim, deu destaque ao corpo do sujeito. Seu contato pessoal com os seus seguidores materializam a verdade de suas palavras libertadores. Nesse sentido, pode-se dizer que Paulo Freire promoveu uma educao crist. Uma espcie de libertao dos pobres mediada pelo recurso da palavra.

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O objeto de estudo desta pesquisa a Comunidade da Graa, presente h dez anos em So Bernardo do Campo, regio do ABC paulista. Analisa-se o lugar da emoo religiosa e sua relao com a educao dos sentidos nesta confraria protestante pentecostal formada majoritariamente por pessoas de classe mdia, como propiciadora da assimilao de um habitus e de um forte auto-controle individual evidenciando a eficcia do adestramento corporal pela via da religio. Imersa em uma realidade social de muitas mudanas que provocam reconfiguraes das religies, no tipo especfico de pentecostalismo estudado nota-se que, na gesto dos bens simblicos, o ingrediente emocional o principal acessrio a fim de responder s demandas coletivas e individuais deste pblico religioso. Se h alguns anos a centralidade cltica do protestantismo pentecostal estava no ouvir a prdica e reviver a experincia do pentecostes cristo, hoje em dia o foco neste a emoo que deve perpassar todo o culto. O mesmo ocorre nos dois espaos catequticos privilegiados desta igreja, a saber, a reunio no templo chamada de Conhecendo as Escrituras e os encontros de grupos nos lares. Esta mudana se evidencia, tambm, nos corpos dos fiis, pois estes se constrem e modelam-se realidade social vigente e expressam as experincias vivenciadas neste contexto. A partir da observao dos cultos e reunies catequticas desta igreja, analisa-se neste trabalho o modo como a emoo religiosa construda, difundida e reproduzida, levando-se em considerao as condições sociais e econmicas especficas do grupo religioso em questo.(AU)

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Esta pesquisa investiga a presena da imagem na capa do suplemento cultural dominical da Folha de S. Paulo, a Ilustrssima, a partir de um estudo de caso. O foco foi a anlise das condições sociais e estticas de produo dessa imagem de origem artstica, levando em conta a mistura entre arte e jornalismo que o suplemento comporta e os conceitos de hibridao e de convergncia. Tcnicas da Anlise de Discurso auxiliaram na anlise da articulao entre as questes estticas (condições textuais) e extratextuais (condições sociais), onde os sentidos so renovados a partir das tenses e contradies entre texto e contexto. A metodologia baseia-se nos Estudos Visuais, campo que tem o pensamento de Edgar Morin como principal influncia, possibilitando-nos um olhar complexo sobre a produo da imagem presente na Ilustrssima.

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Esta pesquisa investiga a presena da imagem na capa do suplemento cultural dominical da Folha de S. Paulo, a Ilustrssima, a partir de um estudo de caso. O foco foi a anlise das condições sociais e estticas de produo dessa imagem de origem artstica, levando em conta a mistura entre arte e jornalismo que o suplemento comporta e os conceitos de hibridao e de convergncia. Tcnicas da Anlise de Discurso auxiliaram na anlise da articulao entre as questes estticas (condições textuais) e extratextuais (condições sociais), onde os sentidos so renovados a partir das tenses e contradies entre texto e contexto. A metodologia baseia-se nos Estudos Visuais, campo que tem o pensamento de Edgar Morin como principal influncia, possibilitando-nos um olhar complexo sobre a produo da imagem presente na Ilustrssima.

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O espao social subjacente unidade literria de xodo 20,22-23,19 pressupe uma sociedade agrria. Aparentemente montona, marcada por inmeros conflitos sociais. O contexto social de empobrecimento das famlias clnico-tribais israelitas. A nova economia se organiza em torno do santurio. Na pesquisa, h bastante consenso quanto origem desta unidade literria conhecida como Livro da Aliana. literatura jurdica de carter religioso. Uma prescrio jurdica no precede as condições da realidade a que vai se referir, mas prescreve sobre as condições e situaes j existentes. Na pesquisa clssica atual, encontram-se duas grandes correntes sobre a origem e a poca desta literatura. Uma defende que o Livro da Aliana remonta poca pr-estatal, passagem do tribalismo para a monarquia; a outra argumenta que o Livro da Aliana, enquanto corpus codificado de leis, um produto tardio , possivelmente surgido no final do sculo VIII ou incio do sculo VII a.C. O Livro da Aliana a base literria da presente pesquisa. Quanto origem e poca do Livro da Aliana, sigo a corrente que defende ser o texto da poca final do perodo tribal, anterior monarquia. Esta poca foi marcada por grandes mudanas econmicas: passagem de uma economia solidria de subsistncia para uma economia de concentrao do produto. A tese consiste em analisar a violncia contra as mulheres, estruturada no discurso jurdico do Livro da Aliana. Busca-se desvendar os mecanismos que justificam e naturalizam as prticas de violncia. O destaque a violncia contra as mulheres escravas, contra as filhas e, de modo especial, enfatizo as violncias contra as mulheres feiticeiras. Evidencio trs categorias de escravas prescritas no texto: as escravas domsticas, que sofrem violncias fsicas, podendo chegar at morte debaixo do castigo da vara; as escravas temporrias, que tm seus olhos destrudos e os seus dentes quebrados; e as filhas que so vendidas como escravas. Sua sexualidade transformada em mercadoria. H filhas que so seduzidas, violadas e submetidas como mulher ao seu estuprador. O nico grupo social descrito a partir da sua funo pblica so as feiticeiras. As violncias so institucionais e sexistas. O patriarcado o princpio organizador da sociedade. A caracterstica do Livro da Aliana marcadamente androcntrica.(AU)

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O espao social subjacente unidade literria de xodo 20,22-23,19 pressupe uma sociedade agrria. Aparentemente montona, marcada por inmeros conflitos sociais. O contexto social de empobrecimento das famlias clnico-tribais israelitas. A nova economia se organiza em torno do santurio. Na pesquisa, h bastante consenso quanto origem desta unidade literria conhecida como Livro da Aliana. literatura jurdica de carter religioso. Uma prescrio jurdica no precede as condições da realidade a que vai se referir, mas prescreve sobre as condições e situaes j existentes. Na pesquisa clssica atual, encontram-se duas grandes correntes sobre a origem e a poca desta literatura. Uma defende que o Livro da Aliana remonta poca pr-estatal, passagem do tribalismo para a monarquia; a outra argumenta que o Livro da Aliana, enquanto corpus codificado de leis, um produto tardio , possivelmente surgido no final do sculo VIII ou incio do sculo VII a.C. O Livro da Aliana a base literria da presente pesquisa. Quanto origem e poca do Livro da Aliana, sigo a corrente que defende ser o texto da poca final do perodo tribal, anterior monarquia. Esta poca foi marcada por grandes mudanas econmicas: passagem de uma economia solidria de subsistncia para uma economia de concentrao do produto. A tese consiste em analisar a violncia contra as mulheres, estruturada no discurso jurdico do Livro da Aliana. Busca-se desvendar os mecanismos que justificam e naturalizam as prticas de violncia. O destaque a violncia contra as mulheres escravas, contra as filhas e, de modo especial, enfatizo as violncias contra as mulheres feiticeiras. Evidencio trs categorias de escravas prescritas no texto: as escravas domsticas, que sofrem violncias fsicas, podendo chegar at morte debaixo do castigo da vara; as escravas temporrias, que tm seus olhos destrudos e os seus dentes quebrados; e as filhas que so vendidas como escravas. Sua sexualidade transformada em mercadoria. H filhas que so seduzidas, violadas e submetidas como mulher ao seu estuprador. O nico grupo social descrito a partir da sua funo pblica so as feiticeiras. As violncias so institucionais e sexistas. O patriarcado o princpio organizador da sociedade. A caracterstica do Livro da Aliana marcadamente androcntrica.(AU)

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Entre instituies e atividades ligadas igreja como reunies de orao, cultos, ensaios de corais, ministrio infantil, casa, filhos, vida conjugal, etc. est presente uma figura ainda no estudada pelas Cincias da Religio, a da esposa do pastor batista. O objetivo principal desta pesquisa foi o de analisar o processo de construo e de manuteno das representaes sociais dessas mulheres. Para isso, no primeiro captulo identificamos e analisamos as representaes de gnero presentes na estrutura e no cotidiano eclesistico da denominao e seus reflexos na elaborao e na conservao do perfil das esposas de pastores. No segundo captulo realizamos uma anlise do poder e do papel das instituies de formao teolgica e ministerial da denominao batista como formas de idealizao, de construo e de manuteno das representaes sociais das esposas de pastores. Investigamos no terceiro captulo as formas do trnsito das esposas de pastores entre os espaos pblicos e privados - imbricados um no outro, e as formas em que o poder institucional atua nestes lugares. Para este fim, utilizamos o mtodo etnogrfico, observando as igrejas batistas selecionadas, aplicando questionrios aos membros das igrejas, lderes institucionais e estudantes da Faculdade Teolgica Batista do Paran FTBP e realizando entrevistas semi-estruturadas com os pastores e suas esposas. As teorias das Cincias da Religio e Sociais nos proporcionaram o suporte terico necessrio para o desenvolvimento do texto e para a anlise dos dados empricos. (AU)

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Entre instituies e atividades ligadas igreja como reunies de orao, cultos, ensaios de corais, ministrio infantil, casa, filhos, vida conjugal, etc. est presente uma figura ainda no estudada pelas Cincias da Religio, a da esposa do pastor batista. O objetivo principal desta pesquisa foi o de analisar o processo de construo e de manuteno das representaes sociais dessas mulheres. Para isso, no primeiro captulo identificamos e analisamos as representaes de gnero presentes na estrutura e no cotidiano eclesistico da denominao e seus reflexos na elaborao e na conservao do perfil das esposas de pastores. No segundo captulo realizamos uma anlise do poder e do papel das instituies de formao teolgica e ministerial da denominao batista como formas de idealizao, de construo e de manuteno das representaes sociais das esposas de pastores. Investigamos no terceiro captulo as formas do trnsito das esposas de pastores entre os espaos pblicos e privados - imbricados um no outro, e as formas em que o poder institucional atua nestes lugares. Para este fim, utilizamos o mtodo etnogrfico, observando as igrejas batistas selecionadas, aplicando questionrios aos membros das igrejas, lderes institucionais e estudantes da Faculdade Teolgica Batista do Paran FTBP e realizando entrevistas semi-estruturadas com os pastores e suas esposas. As teorias das Cincias da Religio e Sociais nos proporcionaram o suporte terico necessrio para o desenvolvimento do texto e para a anlise dos dados empricos. (AU)

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Este trabalho teve como objetivo principal investigar o sentimento de solido e a sade mental de mulheres casadas, procurando comparar a maneira de compreender e vivenciar este sentimento em mulheres solteiras e casadas, bem como verificar em que medida este sentimento pode ser mitigado pela presena do outro no casamento (coabitao) e em que condições isto ocorria. Partiu-se da hiptese de que esse sentimento compartilhado por todas as pessoas, j que o ser humano uno e individual. Logo, a separao eterna do outro, que se inicia quando o beb percebe que diferente da me e, assim, um indivduo nico, est associado a uma sensao de solido que acompanha o ser humano por toda a vida. Desta forma, muito comum ver pessoas se envolver em relacionamentos para diminuir este sentimento, que se v intensificado a cada dia em funo da superficialidade dos vnculos emocionais. A presena de outrem pode ser aproveitada numa relao interpessoal quando se diminui a intensidade da hostilidade, associada ao sentimento de solido. O antdoto contra tal sentimento vem do fortalecimento do auto-conhecimento, da autonomia, e da amizade por um companheiro que mostra aceitao incondicional pelo verdadeiro self. Para anlise deste sentimento em mulheres casadas, foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com mulheres solteiras e universitrias. A escolha da amostra foi aleatria e por conglomerado, em trs estgios. Participaram do estudo 184 mulheres, 38% casadas, 7,6% separadas e 52,7% solteiras. Da pesquisa quantitativa foi possvel analisar que a percepo das mulheres sobre a solido vem, em muitos aspectos, de encontro com a teoria psicanaltica. Pelas respostas encontradas percebeu-se que a grande maioria das participantes tem um baixo sentimento de solido (58,7%) e 41,3% se classificaram com um escore de alto a mdio sentimento de solido, nestes dois grupos a maioria so de mulheres casadas e separadas, sendo que quanto mais nova a mulher maior a tendncia a buscar um relacionamento para fugir da solido, sendo entre as casadas tambm que isto ocorre com mais freqncia. A partir destes escores, 18 mulheres foram convidadas a participar de uma entrevista diagnstica. Destas dezoito, seis mulheres apresentavam alto sentimento de solido, sendo duas casadas, duas solteiras e duas separadas. Da mesma forma as mulheres com mdia e baixa solido. Os resultados encontrados nestas entrevistas foram que todas as mulheres que apresentaram um alto sentimento de solido demonstram uma adaptao ineficaz perante a vida, enquanto que aquelas que apresentaram mdio ou baixo sentimento de solido dificilmente apresentam adaptao ineficaz. Do grupo de mdio sentimento de solido, trs mulheres apresentaram adaptao eficaz, e do grupo de baixo sentimento de solido apenas uma participante apresentou adaptao ineficaz leve. Com isso conclumos que a solido, quando em alta medida, alm de dolorosa indica uma grande dificuldade do indivduo em lidar com seus aspectos emocionais e produtivos, necessitando de ajuda psquica.