20 resultados para Liturgy

em Universidade Metodista de São Paulo


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Esta pesquisa propõe-se a analisar a liturgia no contexto urbano, e a forma como a práxis pode influir e se articular com a liturgia cristã construída na cidade, especialmente em áreas empobrecidas e que experimentam as contradições resultantes de um modelo econômico excludente e concentrador de renda. Assim, a pesquisa busca apontar para o desenvolvimento da práxis pastoral litúrgica, tendo como espaço de referência a área da Comunidade de Heliópolis, São Paulo, a segunda maior favela do Brasil. A práxis é a atividade reflexiva e material do ser humano, isto é, ação transformadora que deve insistir na opção preferencial pelos pobres e excluídos. A pastoral litúrgica que tenha o seu referencial na práxis irá, portanto, criar ações que animem as esperanças do povo que celebra, favorecendo a organização e a sensibilização para as lutas sociais necessárias para a superação da exclusão, devolvendo a dignidade aos seres humanos. A pesquisa se desenvolve em três etapas: primeiramente, buscam-se as conceituações teóricas de práxis e urbanizações; em segundo lugar, se analisa o caminho da ocupação da área de Heliópolis; e por último os apontamentos para a práxis pastoral litúrgica no contexto urbano. O resultado será um conjunto de referenciais gerais históricos e teóricos capazes de sustentar uma pastoral litúrgica que contribua para as esperanças humanas e a criação de um novo paradigma de sociedade fundamentado na justiça e na igualdade.(AU)

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Esta pesquisa propõe-se a analisar a liturgia no contexto urbano, e a forma como a práxis pode influir e se articular com a liturgia cristã construída na cidade, especialmente em áreas empobrecidas e que experimentam as contradições resultantes de um modelo econômico excludente e concentrador de renda. Assim, a pesquisa busca apontar para o desenvolvimento da práxis pastoral litúrgica, tendo como espaço de referência a área da Comunidade de Heliópolis, São Paulo, a segunda maior favela do Brasil. A práxis é a atividade reflexiva e material do ser humano, isto é, ação transformadora que deve insistir na opção preferencial pelos pobres e excluídos. A pastoral litúrgica que tenha o seu referencial na práxis irá, portanto, criar ações que animem as esperanças do povo que celebra, favorecendo a organização e a sensibilização para as lutas sociais necessárias para a superação da exclusão, devolvendo a dignidade aos seres humanos. A pesquisa se desenvolve em três etapas: primeiramente, buscam-se as conceituações teóricas de práxis e urbanizações; em segundo lugar, se analisa o caminho da ocupação da área de Heliópolis; e por último os apontamentos para a práxis pastoral litúrgica no contexto urbano. O resultado será um conjunto de referenciais gerais históricos e teóricos capazes de sustentar uma pastoral litúrgica que contribua para as esperanças humanas e a criação de um novo paradigma de sociedade fundamentado na justiça e na igualdade.(AU)

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A curiosidade do que acontece com os cânticos entoados pela comunidade carisma e a maneira com que toca as pessoas, no âmbito individual e no coletivo foi o que gerou essa pesquisa. A associação do significado das letras dos cânticos relacionado à transformação social que acontece dentro do trabalho e missão social urbana da Comunidade Carisma acabou sendo o foco desse trabalho. Sabe-se que a música tem um poder imenso de atuar na área emocional e nas experiências do ser humano, atuando tanto no individual, quanto no coletivo da pessoa. Então, até que ponto, música não é uma alienação, mas sim um instrumento de despertar individual e coletivamente - para a transformação e a aplicabilidade de todo este envolvimento social que a Comunidade Carisma vive? Dentro do que é a base teológica da comunidade, a ordem do culto e toda a sua liturgia, foi feito um levantamento de toda estrutura da mesma. E como se processa o louvor e o significado das letras dos cânticos compostos por membros deste ministério, com a ação que começa no individual, reporta-se ao coletivo e que gera transformação social dentro e fora da comunidade.(AU)

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A curiosidade do que acontece com os cânticos entoados pela comunidade carisma e a maneira com que toca as pessoas, no âmbito individual e no coletivo foi o que gerou essa pesquisa. A associação do significado das letras dos cânticos relacionado à transformação social que acontece dentro do trabalho e missão social urbana da Comunidade Carisma acabou sendo o foco desse trabalho. Sabe-se que a música tem um poder imenso de atuar na área emocional e nas experiências do ser humano, atuando tanto no individual, quanto no coletivo da pessoa. Então, até que ponto, música não é uma alienação, mas sim um instrumento de despertar individual e coletivamente - para a transformação e a aplicabilidade de todo este envolvimento social que a Comunidade Carisma vive? Dentro do que é a base teológica da comunidade, a ordem do culto e toda a sua liturgia, foi feito um levantamento de toda estrutura da mesma. E como se processa o louvor e o significado das letras dos cânticos compostos por membros deste ministério, com a ação que começa no individual, reporta-se ao coletivo e que gera transformação social dentro e fora da comunidade.(AU)

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Nesta pesquisa desenvolvemos um estudo focado na convivência conflituosa entre a música tradicional e a música contemporânea. Foi desenvolvida em um grupo religioso protestante específico, intuindo investigar a hipótese de que há uma tensão entre a prática do Canto Coral e as novas tendências musicais representadas pelas Bandas. Como procedimento metodológico utilizamos uma pesquisa de campo que avaliou a realidade musical em algumas Igrejas Batistas de Campinas. A partir dos resultados obtidos sugerimos ações concretas à práxis pastoral. O primeiro capítulo propõe uma retrospectiva conceitual e histórica do Canto Coral, avaliando sua função antes e depois do processo da reforma e da nova mentalidade musical desenvolvida por Lutero. O segundo capítulo mostra o desenvolvimento da pesquisa realizada junto a seis Igrejas Batistas. Tenta mensurar o gosto musical dos membros dessas comunidades através de um estudo comparativo a partir dos dois pólos: Canto Coral e Banda, ambos, sendo o específico de um campo maior: Tradição e Contemporâneo. O terceiro capítulo, partindo dos impulsos obtidos, desenvolve uma visão crítica sobre os aspectos da tradição, da aceitação à novas tendências, e da tensão propriamente desenvolvida na convivência entre estilos musicais distintos. Mediante tal realidade conflituosa, apresentamos um desafio à práxis pastoral no sentido de se obter possibilidades para uma convivência musical pacífica, considerando a inserção de elementos da contemporaneidade e da tradição na liturgia Batista.

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Nesta pesquisa desenvolvemos um estudo focado na convivência conflituosa entre a música tradicional e a música contemporânea. Foi desenvolvida em um grupo religioso protestante específico, intuindo investigar a hipótese de que há uma tensão entre a prática do Canto Coral e as novas tendências musicais representadas pelas Bandas. Como procedimento metodológico utilizamos uma pesquisa de campo que avaliou a realidade musical em algumas Igrejas Batistas de Campinas. A partir dos resultados obtidos sugerimos ações concretas à práxis pastoral. O primeiro capítulo propõe uma retrospectiva conceitual e histórica do Canto Coral, avaliando sua função antes e depois do processo da reforma e da nova mentalidade musical desenvolvida por Lutero. O segundo capítulo mostra o desenvolvimento da pesquisa realizada junto a seis Igrejas Batistas. Tenta mensurar o gosto musical dos membros dessas comunidades através de um estudo comparativo a partir dos dois pólos: Canto Coral e Banda, ambos, sendo o específico de um campo maior: Tradição e Contemporâneo. O terceiro capítulo, partindo dos impulsos obtidos, desenvolve uma visão crítica sobre os aspectos da tradição, da aceitação à novas tendências, e da tensão propriamente desenvolvida na convivência entre estilos musicais distintos. Mediante tal realidade conflituosa, apresentamos um desafio à práxis pastoral no sentido de se obter possibilidades para uma convivência musical pacífica, considerando a inserção de elementos da contemporaneidade e da tradição na liturgia Batista.

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Qual o poder de influência das mudanças sociais nos estilos de cultos? A realidade é que a Religião não é isenta de sofrer influências das mudanças políticas e sociais. Esta pesquisa analisa e compara dois momentos em que o Cristianismo sofreu influências das mudanças ocorridas na sociedade. O primeiro momento está baseado na Epístola de Hebreus, ainda nos primeiros séculos da era cristã, quando conseguiu se desvincular da Liturgia Judaica e formar um discurso litúrgico próprio. O outro momento estudado é a época atual, onde os cultos têm recebido grande influência das mudanças que a sociedade vem sofrendo. Em ambas as épocas é possível apontar uma luta entre a Tradição e a Modernidade, entre o velho e o novo, entre o que esta estabelecido e o aquilo que quer espaço a fim de se estabelecer

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Qual o poder de influência das mudanças sociais nos estilos de cultos? A realidade é que a Religião não é isenta de sofrer influências das mudanças políticas e sociais. Esta pesquisa analisa e compara dois momentos em que o Cristianismo sofreu influências das mudanças ocorridas na sociedade. O primeiro momento está baseado na Epístola de Hebreus, ainda nos primeiros séculos da era cristã, quando conseguiu se desvincular da Liturgia Judaica e formar um discurso litúrgico próprio. O outro momento estudado é a época atual, onde os cultos têm recebido grande influência das mudanças que a sociedade vem sofrendo. Em ambas as épocas é possível apontar uma luta entre a Tradição e a Modernidade, entre o velho e o novo, entre o que esta estabelecido e o aquilo que quer espaço a fim de se estabelecer

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Esta pesquisa faz uma análise do Campo Missionário Congoangolano da Assembleia de Deus, localizado no bairro de Brás de Pina - Zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Procura identificar a função desta comunidade religiosa para os imigrantes congoleses e angolanos que a ela pertencem. Desse modo, visa refletir sobre a formação de um espaço territorial religioso consolidado por elementos da religiosidade africana e do pentecostalismo assembleiano e sua imbricada associação com a formação de redes de apoio e de coesão social em torno da manutenção e sustentação de um espaço identitário. Esse espaço é marcado por elementos que expressam símbolos e signos dos países de origem de seus integrantes - Congo e Angola - ao utilizarem a liturgia africana em seus cultos. A pesquisa leva em consideração as demandas que norteiam o processo migratório, as leis que regem esses imigrantes e o quanto tal processo contribui para práticas associativas que envolvem fatores inerentes a inserção e integração sociocultural e econômica no interior do campo missionário.

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A diversidade religiosa brasileira na segunda metade do século XX tornou-se progressiva e tomou enorme velocidade. Com isso, o processo de diversificação e pluralização do campo religioso brasileiro começava a ganhar o contorno atual, abrindo espaço para novas formas de crer e de expressar a fé religiosa. Nessa mesma época, entre os batistas de Belo Horizonte, no bairro da Lagoinha, surgia uma nova organização religiosa, a Igreja Batista da Lagoinha (IBL). Já em seus primeiros dias essa nova igreja assumiu um dinamismo próprio de igrejas conhecidas como avivadas ou carismáticas , cuja mensagem e prática religiosa reforçavam, por meio de dons espirituais e de experiências extáticas , a evidência do batismo no Espírito Santo . Houve reações por parte dos batistas tradicionais, pois a IBL manifestava-se, por um lado, mais próxima de uma religiosidade em processo de pentecostalização e, por outro, mais distante daquela adotada pelos batistas mineiros, identificados como históricos. Esta nova igreja, devido ao seu engajamento no avivalismo e nas práticas carismáticas, alcançou independência teológica, organizacional e administrativa, pois foi excluída do rol das igrejas batistas cooperadoras da Convenção Batista Mineira e Brasileira. É essa igreja que assumiu uma forma religiosa avivada e que desenvolveu o processo de pentecostalização entre os batistas que escolhemos analisar neste trabalho. Entretanto, a análise que realizamos e que se embasou nos estudos da sociologia da religião, nas teorizações da cultura e na simbologia sociocultural, mostrou que as modificações ocorridas na trajetória e na identidade IBL, são correlatas aos processos de urbanização e modernização da sociedade e ao surgimento de formas religiosas, mais flexíveis, adaptáveis e em constante reconfiguração. Portanto, a partir dessa correlação é que podemos afirmar que a IBL é uma organização religiosa híbrida, mutacional, midiática e com uma identidade que se faz e refaz, já que ela está se ajustando a um tipo de cultura que é, ao mesmo tempo, urbana, gospel, tecnológica, mercadológica e comunicacional.

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Esta pesquisa pretende analisar, durante o período de 2000 a 2010, três Igrejas Evangélicas Irmãos Menonitas, sendo elas a Primeira Igreja Evangélica Irmãos Menonitas de São Paulo, a Comunidade Cristão das Boas Novas e a Primeira Igreja Evangélica Irmãos Menonitas do Campo Limpo, situadas nos respectivos bairros de São Paulo, Planalto Paulista, Campo Belo e Campo Limpo. Esta análise se dará à luz da Teologia da Missão Integral, de modo que será observado se tais igrejas de fato sofreram influências desta teologia neste espaço de tempo. As práticas pastorais destas igrejas serão observadas por intermédio de atas, boletins, anais de congressos, trabalhos publicados, informativos, documentos das igrejas Irmãos Menonitas de São Paulo e outros materiais que abordem o tema em questão. As áreas analisadas dentro da prática pastoral serão três, a saber, a educação através do ensino da escola bíblica dominical, a prática social e o culto (liturgia e pregação da Palavra). Também serão apresentados os conceitos de prática pastoral, Missão Integral e práxis cristã e, por fim, serão oferecidas propostas para uma práxis pastoral, à luz da Missão Integral, às Igrejas Irmãos Menonitas de São Paulo.

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Esta dissertação tem por objeto analisar os textos do livro do Apocalipse capítulos 4 e 5. As fontes de pesquisa pertencem às tradições do Misticismo Judaico. Esta linha, hoje ecoa em estudos do misticismo apocalíptico e do êxtase visionário relativo ao contexto do judaísmo e cristianismo primitivos, em autores tais como: Christopher Rowland, Alan Segal, C. R. A. Morray-Jones e John Ashton, John Collins, Adella Collins, Jonas Machado, Paulo A. S. Nogueira, Carol Newsom, David E. Aune, Philip Alexander, Crispin H.T. Fletcher-Louis, Florentino García Martínez dentre outros; sendo que, estes autores se alinham aos resultados das pesquisas iniciais de Gershom Scholem sobre o Misticismo Judaico, e aos desenvolvimentos mais recentes neste âmbito. Nogueira1 menciona que foi Scholem quem realmente usou este misticismo para produzir a chave das histórias de ascensão celestial presentes nos apocalipses dos últimos dois séculos a.C. e dos primeiros dois séculos d.C. Foi Scholem, na verdade, quem iniciou a discussão acadêmica dos místicos judaicos em seu livro Major Trends in Jewish Myticism - Principais Tendências no Misticismo Judaico em 1941. Corroborando com a tradição destes estudos se encontram as descobertas dos manuscritos de Qumran, como a dos Cânticos do Sacrifício Sabático, uma composição de treze cânticos, também chamada de liturgia angélica, e que tem contribuído para o desenvolvimento das pesquisas, bem como sustentado os argumentos de Scholem. Dentre os manuscritos de Qumran há um fragmento de hinos denominado 4Q405, que trouxe ao conhecimento a terminologia Merkaváh, em que anjos louvam a imagem do Trono da Carruagem citado no primeiro capítulo do livro de Ezequiel. Identificou-se nestes o sincretismo da comunidade de Qumran acerca do canto dos anjos com outras ideias sobre os deveres dos mesmos, sendo uma característica comum às tradições da Ma asseh Merkaváh - (Trabalhos do Divino Trono/Carruagem). 1 NOGUEIRA, Sebastiana M. Silva. 2 Coríntios 12 e o Misticismo Judaico (Os Quatro que Entraram no Pardes). Oracula, 2012 p.04. Assim, a pesquisa segue os pressupostos de Rowland2, de que os textos do Apocalipse 4 e 5 possuem em sua narrativa uma semelhança básica com a liturgia descrita nas tradições do misticismo apocalíptico do judaísmo no I século, bem como em textos de Qumran, principalmente no fragmento 4Q405. Conforme Nogueira3 Ezequiel capítulo 1 é considerado chave desta tradição mística do judaísmo, sendo, também um elemento central do Apocalipse de João, o principal visionário do cristianismo. Assim, a pesquisa inclui a aproximação dos textos considerados fundantes, sendo: (Isaías 6; Ezequiel 1; Daniel 7; I Enoque 14), junto aos textos de Qumran, como o complexo dos 13 Cânticos Sábaticos relacionados ao culto no santuário celestial. A apocalíptica pode ser assim compreendida como um tipo de literatura mística, cujas imagens se conjecturam nos escritos que, por meio da ascensão do visionário aos céus e a contemplação do trono de Deus, descortinam uma determinada tradição do judaísmo antigo. Desta forma podemos também interpretar os capítulos 4 e 5 do Apocalipse como texto místico, de conteúdos similares aos dos textos apocalípticos judaicos, e talvez até com um tipo de experiência religiosa análoga.

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Esta dissertação tem por objeto analisar os textos do livro do Apocalipse capítulos 4 e 5. As fontes de pesquisa pertencem às tradições do Misticismo Judaico. Esta linha, hoje ecoa em estudos do misticismo apocalíptico e do êxtase visionário relativo ao contexto do judaísmo e cristianismo primitivos, em autores tais como: Christopher Rowland, Alan Segal, C. R. A. Morray-Jones e John Ashton, John Collins, Adella Collins, Jonas Machado, Paulo A. S. Nogueira, Carol Newsom, David E. Aune, Philip Alexander, Crispin H.T. Fletcher-Louis, Florentino García Martínez dentre outros; sendo que, estes autores se alinham aos resultados das pesquisas iniciais de Gershom Scholem sobre o Misticismo Judaico, e aos desenvolvimentos mais recentes neste âmbito. Nogueira1 menciona que foi Scholem quem realmente usou este misticismo para produzir a chave das histórias de ascensão celestial presentes nos apocalipses dos últimos dois séculos a.C. e dos primeiros dois séculos d.C. Foi Scholem, na verdade, quem iniciou a discussão acadêmica dos místicos judaicos em seu livro Major Trends in Jewish Myticism - Principais Tendências no Misticismo Judaico em 1941. Corroborando com a tradição destes estudos se encontram as descobertas dos manuscritos de Qumran, como a dos Cânticos do Sacrifício Sabático, uma composição de treze cânticos, também chamada de liturgia angélica, e que tem contribuído para o desenvolvimento das pesquisas, bem como sustentado os argumentos de Scholem. Dentre os manuscritos de Qumran há um fragmento de hinos denominado 4Q405, que trouxe ao conhecimento a terminologia Merkaváh, em que anjos louvam a imagem do Trono da Carruagem citado no primeiro capítulo do livro de Ezequiel. Identificou-se nestes o sincretismo da comunidade de Qumran acerca do canto dos anjos com outras ideias sobre os deveres dos mesmos, sendo uma característica comum às tradições da Maasseh Merkaváh Trabalhos do Divino Trono/CarruagemAssim, a pesquisa segue os pressupostos de Rowland2, de que os textos do Apocalipse 4 e 5 possuem em sua narrativa uma semelhança básica com a liturgia descrita nas tradições do misticismo apocalíptico do judaísmo no I século, bem como em textos de Qumran, principalmente no fragmento 4Q405. Conforme Nogueira3 Ezequiel capítulo 1 é considerado chave desta tradição mística do judaísmo, sendo, também um elemento central do Apocalipse de João, o principal visionário do cristianismo. Assim, a pesquisa inclui a aproximação dos textos considerados fundantes, sendo: (Isaías 6; Ezequiel 1; Daniel 7; I Enoque 14), junto aos textos de Qumran, como o complexo dos 13 Cânticos Sábaticos relacionados ao culto no santuário celestial. A apocalíptica pode ser assim compreendida como um tipo de literatura mística, cujas imagens se conjecturam nos escritos que, por meio da ascensão do visionário aos céus e a contemplação do trono de Deus, descortinam uma determinada tradição do judaísmo antigo. Desta forma podemos também interpretar os capítulos 4 e 5 do Apocalipse como texto místico, de conteúdos similares aos dos textos apocalípticos judaicos, e talvez até com um tipo de experiência religiosa análoga.

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Esta pesquisa propõe-se a analisar a liturgia no contexto urbano, e a forma como a práxis pode influir e se articular com a liturgia cristã construída na cidade, especialmente em áreas empobrecidas e que experimentam as contradições resultantes de um modelo econômico excludente e concentrador de renda. Assim, a pesquisa busca apontar para o desenvolvimento da práxis pastoral litúrgica, tendo como espaço de referência a área da Comunidade de Heliópolis, São Paulo, a segunda maior favela do Brasil. A práxis é a atividade reflexiva e material do ser humano, isto é, ação transformadora que deve insistir na opção preferencial pelos pobres e excluídos. A pastoral litúrgica que tenha o seu referencial na práxis irá, portanto, criar ações que animem as esperanças do povo que celebra, favorecendo a organização e a sensibilização para as lutas sociais necessárias para a superação da exclusão, devolvendo a dignidade aos seres humanos. A pesquisa se desenvolve em três etapas: primeiramente, buscam-se as conceituações teóricas de práxis e urbanizações; em segundo lugar, se analisa o caminho da ocupação da área de Heliópolis; e por último os apontamentos para a práxis pastoral litúrgica no contexto urbano. O resultado será um conjunto de referenciais gerais históricos e teóricos capazes de sustentar uma pastoral litúrgica que contribua para as esperanças humanas e a criação de um novo paradigma de sociedade fundamentado na justiça e na igualdade.(AU)

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A curiosidade do que acontece com os cânticos entoados pela comunidade carisma e a maneira com que toca as pessoas, no âmbito individual e no coletivo foi o que gerou essa pesquisa. A associação do significado das letras dos cânticos relacionado à transformação social que acontece dentro do trabalho e missão social urbana da Comunidade Carisma acabou sendo o foco desse trabalho. Sabe-se que a música tem um poder imenso de atuar na área emocional e nas experiências do ser humano, atuando tanto no individual, quanto no coletivo da pessoa. Então, até que ponto, música não é uma alienação, mas sim um instrumento de despertar individual e coletivamente - para a transformação e a aplicabilidade de todo este envolvimento social que a Comunidade Carisma vive? Dentro do que é a base teológica da comunidade, a ordem do culto e toda a sua liturgia, foi feito um levantamento de toda estrutura da mesma. E como se processa o louvor e o significado das letras dos cânticos compostos por membros deste ministério, com a ação que começa no individual, reporta-se ao coletivo e que gera transformação social dentro e fora da comunidade.(AU)