3 resultados para IGLESIAS PROTESTANTES

em Universidade Metodista de São Paulo


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Ao escolher o tema Gênero e Poder em Instituições Teológicas Protestantes da Grande São Paulo, a intenção é problematizar as relações de gênero nestes ambientes, a partir da realidade social diferenciada em que vivem homens e mulheres na docência. Partimos do pressuposto que há relações de poder aí engendradas que encurralam as mulheres naquele gueto de disciplinas que denominamos femininas , bem como um jogo de representações sociais que justificam a estereotipação das disciplinas e naturalização destas disparidades, uma vez que o poder a todo tempo se serve da diferença para referendar a dominação e a supremacia de um sobre outro, neste caso de homens sobre mulheres. A noção de gênero no enfrentamento do problema mulherSeminário tem um lugar central quando se quer descobrir o modo pelo qual os saberes e as práticas produzidas nestes ambientes estão estreitamente ligados à produção social do feminino e do masculino - enquanto categorias consideradas atemporais e permanentes - e as relações de poder endógenas a instituição, posto que é parte de um sistema religioso, onde a política é da dialética constante, pois um ratifica o outro, ou seja, o Seminário só tem a força de exclusão que tem porque encontra legitimidade na Igreja. Todavia, ainda que as diferenças formais permaneçam, formas de resistência sempre surpreendem a dominação, especialmente pela sutileza com que se firmam. A presença de mulheres nos Seminários, algo raro há alguns anos, pode ser lida com uma estratégia para irromper a dominação, sendo um meio seguro de entrar num espaço essencialmente masculino.

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As mulheres protestantes da cidade de Cali-Colômbia, ao reproduzir nos seus corpos os princípios da tradição religiosa, se deparam hoje com discursos e exigências que não conseguem ou aceitam articular na sua prática cotidiana. Assistimos na atualidade a uma tensão evidente entre a ortodoxia cristã e o imaginário e prática das mulheres cristãs a respeito da corporeidade. Nas últimas décadas a forma de assumir o corpo por parte das mulheres reflete incongruências em relação à matriz doutrinaria do sistema religioso protestante, o que é decorrente, por um lado, da influência cultural e midiática na promoção de uma nova representação do corpo feminino, baseada na beleza e na juventude, e por outro lado a cada vez maior relativização do poder religioso numa sociedade secularizada. As mulheres cristãs acham-se em meio aos ideais do corpo puro e regrado da sua instituição religiosa assim como às cobranças midiáticas, valores e padrões estabelecidos pela sociedade moderna. Neste sentido, a dissertação analisa as interfaces desta tensão discursiva que tem lugar nos corpos, através do próprio discurso das mulheres protestantes assim como das suas práticas cotidianas em relação à corporeidade.

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Esta tese estuda o protestantismo brasileiro enquanto parte de um processo civilizatório figuracional de longo prazo nos termos propostos pelo sociólogo alemão Norbert Elias. Tal processo é produtor de hábitos cúlticos e extra-cúlticos exercidos pelos praticantes dessa expressão religiosa. Observou-se ao longo da pesquisa que, o protestantismo brasileiro inicial e de missão teve sua principal base missionária em Campinas, transformado posteriormente em um eixo missionário Campinas-Piracicaba. Atualmente o protestantismo está definitivamente inserido na sociedade e na paisagem urbana da cidade de Campinas. Neste estudo, encontrou-se em uma periferia urbana campineira nascida através de uma invasão de terras em 1997, autonomeada extra oficialmente pelos ocupantes de Parque Oziel, várias comunidades de origem protestante. Percorreu-se a trajetória de constituição dessa área de ocupação e a etnografia e análise dos costumes evangélicos atuais dos aderentes dessa fé no Parque Oziel.