2 resultados para Desinstitucionalização

em Universidade Metodista de São Paulo


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Em especial no ocidente, as instituições perdem o seu poder de influência. A religião não ficou isenta de participar deste fenômeno social, apesar de ter ditado o ritmo e o sentido da vida durante muitos séculos. No Brasil um grupo religioso minoritário, a saber, os evangélicos, historicamente tiveram entre as suas principais características a pertença e a participação dos fieis em uma igreja/instituição. Na contemporaneidade tem ocorrido um fenômeno novo neste campo religioso, ou seja, a existência de evangélicos sem vínculo e participação em uma comunidade de fé. Esta dissertação discute este processo de desinstitucionalização. Procurando colaborar para a ampliação da compreensão deste fenômeno, relatando uma pesquisa de campo com ex-alunos(as) de teologia evangélica que, apesar de terem sido treinados para liderar igrejas evangélicas, optaram por não mais pertencer as mesmas. Com este recorte de pesquisa demonstra-se a profundidade deste fenômeno e nas narrativas dos entrevistados constata-se que a espiritualidade e a fé estão para além da instituição/igreja.

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A proposta desta pesquisa é discutir o trânsito religioso enquanto uma ação social que só pode ser compreendida a partir de um conjunto de condições sociais e políticas que influenciam o comportamento religioso contemporâneo. O objetivo principal é analisar as motivações para a prática do trânsito religioso dos evangélicos sem religião, no contexto das igrejas evangélicas, com a finalidade de entender o surgimento de um novo sujeito da fé que escolhe romper com a fé institucional, sem ser, necessariamente, um ateu. O que motiva este sujeito a professar uma fé sem vínculo com qualquer instituição religiosa é a questão fundamental deste trabalho, que se divide em três capítulos. No primeiro, analisamos o conjunto de transformações que legitimam o comportamento de transitar entre os vários vínculos religiosos, inclusive ficar sem vínculo. No Segundo, tentamos definir quem são os sem religião e por onde transitam. E no terceiro, discutimos a questão fundamental deste trabalho. O que motiva o evangélico a se desvincular, ou seja, ser um evangélico sem igreja?