4 resultados para Attitudes to Domestic Abuse
em Universidade Metodista de São Paulo
Resumo:
O diabetes é uma doença crônica conhecida há aproximadamente 3.500 anos e que atinge, atualmente, cerca de 18,8 milhões de pessoas no mundo, sendo, portanto, de grande interesse a diversos pesquisadores das mais variadas áreas. Esta doença é resultante de uma insuficiência de insulina, que desempenha papel fundamental nos processos metabólicos do organismo. A incidência do Diabetes Mellitus tipo 2 tem apresentado um considerável crescimento nas últimas décadas, principalmente decorrente da elevada expectativa de vida e, também, pelo resultado de comportamentos destrutivos a saúde, como o abuso de substâncias, dieta inadequada e um estilo de vida sedentário. O presente estudo teve por objetivos avaliar a Qualidade de Vida, a dinâmica psíquica, a eficácia adaptativa e verificar os níveis glicêmicos de pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2 participantes de um grupo psicoeducativo. Participaram deste estudo 14 pessoas com Diabetes Mellitus tipo 2. Os instrumentos utilizados foram: 1. Escala da Associação Brasileira de Institutos de Pesquisa de Mercado (ABIPEME); 2. Escala Diagnóstica Adaptativa Operacionalizada (EDAO); 3. Teste das Relações Objetais de Phillipson (TRO); e, 4. WHOQOL-bref. Os resultados mostraram que alguns pacientes apresentaram uma melhora significativa em seus níveis glicêmicos após a realização do grupo psicoeducativo, mesmo verificando que alguns não atingiram ainda bom controle de sua glicemia. A qualidade de vida destes participantes apresentou-se com níveis muito bons. Ao avaliar a eficácia adaptativa e a dinâmica psíquica destes participantes, verificou-se o quanto é difícil aceitar que se tem uma doença crônica e ter atitudes para realizar o tratamento adequado. Concluímos que para estas pessoas com diabetes poderem aderir ao tratamento é necessário que ele apresente uma boa capacidade de solucionar conflitos, e, apresente seu mundo interno ligado à posição depressiva. Se estes fatores estiverem equilibrados o estilo de vida e o bem-estar desses pacientes serão positivos, de modo que eles possam apresentar consequentemente um bom prognóstico com menos complicações da doença durante mais tempo de vida.
Resumo:
A crescente preocupação com a desonestidade acadêmica e seus possíveis impactos para as organizações e sociedade tem requerido especial atenção. Diversos estudos indicam que a tecnologia e, em especial, a Internet, pode ocasionar o aumento da desonestidade acadêmica e, em especial, da prática de plágio. Tipos de desonestidade acadêmica são listados pela literatura como sendo a fraude, o plágio, o auxílio externo e a fraude eletrônica. Dentre estes tipos, o plágio está se tornando a maior preocupação entre as instituições de ensino superior em comparação com os demais (LOVETT-HOOPER et al., 2007). A existência da intencionalidade do indivíduo é uma característica central nos estudos sobre plágio, caracterizado como sendo a consequência de uma decisão individual. Do ponto de vista da Theory of Planned Behavior - TPB (Teoria do Comportamento Planejado), de Ajzen (1991), a ação do indivíduo é orientada por crenças (comportamentais, normativas e de controle) que influenciam sua atitude em relação a algo, que por sua vez leva à racionalização da intenção que influenciará o comportamento do indivíduo. Esta pesquisa tem como objetivo identificar os fatores antecedentes que influenciam a atitude em relação ao plágio dentre estudantes brasileiros do ensino superior, modalidade à distância. Um sistemático mapeamento da literatura sobre o tema identificou mais de 300 artigos e convergiu para um número de 74 artigos considerados fundamentais. Destes, foi gerado um modelo de análise que define como preditores da Atitude Positiva em relação ao Plágio (a partir de determinadas influências recebidas, o indivíduo considerará a prática do plágio), os seguintes construtos: Posicionamento Moral, Normas sociais e Aspectos situacionais. Para análise do modelo, utilizou-se uma pesquisa do tipo survey quando, nesta fase foram encaminhados, 1800 questionários, a alunos de diferentes períodos do curso de Administração, de uma Universidade particular. A taxa de retorno dos questionários foi de 28,95%, totalizando 353 questionários válidos. Para a análise dos dados utilizou-se a modelagem por equações estruturais com algoritmo Partial Least Squares (PLS), técnica adequada para um número reduzido de observações e quando não se pode assumir parâmetros para a distribuição. Os principais resultados encontrados nesta pesquisa foram: 41,8% da variablidade da Atitude explicada do modelo de Atitude Positiva frente ao plágio; e a identificação de seis construtos significantes associados ao modelo, sendo: Entendimento (-0,102, p<0,05), Expectativa de Valor (0,243, p<0,001), Facilidade (0,108, p<0,05), Situação de Pressão (0,126, p<0,01), Relativismo (0,272, p<0,001) e Severidade e Possibilidade de Punição (-0,255, p<0,001).
Resumo:
Aliadas aos estudos sobre sustentabilidade, há inúmeras discussões e atitudes para combater consequências do uso irracional dos recursos naturais do planeta. Surge assim o entendimento do consumo, suas influências e alternativas. O indivíduo pode ter hábitos de consumo de forma consumista ou de forma consciente. O consumista é entendido como o oposto dos hábitos do consumidor consciente, sendo levado pelo impulso e pelo estímulo à compra, sem avaliar suas necessidades e impactos futuros. O consumo é de fato indispensável à humanidade. Entretanto, quando aplicado de forma exacerbada e incorreta, pode gerar sérias consequências sociais e/ou ambientais. O consumidor consciente tem a qualificação de avaliar dentre as possibilidades existentes, os impactos que podem ser ocasionados com a aquisição, de tal modo, a minimizar suas consequências e contribuir de alguma forma para uma sociedade mais sustentável. O principal objetivo desta pesquisa foi compreender a aderência dos pesquisados ao comportamento de consumo consciente, bem como avaliar o compartilhamento de informações sobre o tema por pessoas que estão inseridas em alguma rede social na internet, partindo do pressuposto que este é um dos principais meios de comunicação e compartilhamento de informações. Para a pesquisa, foi utilizada a metodologia de análise qualitativa de caráter exploratório e a técnica de entrevistas em profundidade baseada em roteiro semiestruturado. Por meio da análise do conteúdo, a compreensão dos resultados aponta que todos os entrevistados possuem um grau de conhecimento sobre o consumo consciente e a maioria tenta ter algum tipo de ação consciente. Mas, ao mesmo tempo, esses indivíduos podem sofrer influências neste processo principalmente de caráter pessoal, levando à alteração de ação. Com relação ao compartilhamento do tema nas redes sociais na internet, foi possível identificar que grande parte dos entrevistados já teve algum tipo de experiência da situação, mas ainda em pequena escala, com poucas ocorrências. Também acredita-se que o canal pode ser utilizado para a proliferação do tema, o que nos leva à conclusão de que é um canal viável ao compartilhamento. Porém, mediante a ruptura de hábitos, é utilizado para a ocorrência de um maior engajamento por parte dos usuários. A análise apresenta uma compreensão e perspectivas a partir do recorte estudado, abrindo horizonte para novos estudos e aprofundamento das reflexões apresentadas neste trabalho.
Resumo:
Seria possível compreender o capitalismo como religião? Nos marcos categoriais da Modernidade, baseada na racionalização e na secularização, relacionar economia e religião é um contrassenso. O capitalismo é sistema econômico secular, portanto sem relação com religião. Entretanto, se a crítica do capitalismo como religião não se reduz a uma simples metáfora, é necessário encontrar conceitos alternativos que captem a força teórica desta articulação. Que tipo de quadro analítico desvela os limites da razão instrumental em explicitar o funcionamento religioso do capitalismo? A profundidade crítica de capitalismo como religião advém justamente da junção intrigante entre a análise racional do funcionamento estrutural do capitalismo (fetiche) com a dimensão subjetiva que o impulsiona como motivação (espírito). Mesmo sendo um sistema racional e não-religioso, que submete a vida humana a suas leis internas desprovidas de qualquer sentido humano, o capitalismo desenvolve não-intencionalmente na interação humana uma estrutura de funcionamento com fundamento mítico-religioso sacrificial. As relações humanas são mediadas pelas mercadorias, em que o consumo adquire um aspecto central na significação da vida e na reprodução simbólica da sociedade. Na produção e distribuição de mercadorias, o processo de violência que explora, exclui e mata é o mesmo que gera fascínio e adesão. A expressão visível deste espírito não está mais nas tradicionais instituições religiosas, mas no próprio capitalismo. Benjamin afirma que o capitalismo substitui a religião. É uma crítica de um sistema de culpabilização das vítimas e dos próprios capitalistas, na medida em que estes nunca acumulam de modo infinito e pleno. É uma denúncia dos elementos míticos que geram legitimação religiosa para o fascínio que oculta a barbárie. Os teólogos da Escola do DEI também articulam sua teoria com finalidade crítica, numa abordagem teológica que procura discernir e criticar a idolatria no mundo de hoje. Buscam entender os mecanismos de produção de morte com a culpabilização das vítimas como sacrifício necessário em nome da esperança de redenção. O discernimento teológico de idolatria do capital supõe um tipo de razão teológica de caráter não-confessional que, superando os limites da epistemologia moderna, explicite a contradição dos pressupostos da civilização moderna ocidental. Revela o papel do pensamento mítico-teológico na ocultação do caráter sacrificial e sedutor do espírito do capitalismo. Ao mesmo tempo, enfatiza a necessária superação da interpretação positivista da religião ao criticar o reducionismo da epistemologia moderna na identificação da razão instrumental com a racionalidade humana. Renova o instrumental analítico da configuração espiritual do Capitalismo e vislumbra as brechas de sua superação.