18 resultados para mudança social
Resumo:
Este trabalho analisa sociologicamente na contemporaneidade o campo imagético na música gospel e de que forma, este influencia na mudança dos paradigmas imagético - estéticos utilizados pelas produtoras fonográficas em seu marketing religioso para a comercialização da música gospel no mercado da música evangélica brasileira, proporcionando neste modelo atual um crescimento qualitativo e quantitativo dos produtos destinados ao público evangélico. A pesquisa identifica nas produções visuais de divulgação e comercialização de CDs, DVDs, sites das produtoras fonográficas, feiras e premiações musicais, os mecanismos utilizados para a construção de um novo paradigma imagético que proporciona no campo religioso, o surgimento de um novo imaginário evangélico mimeticamente construído para alimentar um mercado gospel fomentado pela tríade social: espetáculo, consumo e entretenimento. Desta forma, a analise tem o seu recorte nas mudanças paradigmáticas que surgem a partir dos primeiros cantores e cantoras da década de 1950 até culminar na explosão da música gospel no início da década de 1990.(AU)
Resumo:
O advento da Tecnologia da Informação (TI) provocou, em poucos anos de sua evolução, mudanças significativas para a sociedade como um todo. Esta revolução tecnológica acabou por desumanizar e segregar relações familiares, sociais e de trabalho e isto se aplica particularmente ao trabalho dos profissionais da área. Suas conseqüências, entretanto, ainda são pouco conhecidas. As carreiras desses profissionais são circundadas por pressões provocadas por busca constante por novos projetos, adaptação a novos ambientes e culturas organizacionais diversas e remuneração condicionada a prazos, o que exige um gerenciamento constante de suas ações. O presente trabalho teve por objetivo identificar relações entre comprometimento com a carreira, resiliência e intenção de mudança de profissão em profissionais de tecnologia da informação (TI). Intenção de mudança de profissão é a expectativa do profissional de abandonar a profissão atual; comprometimento com a carreira é o vínculo mantido pelo trabalhador com sua carreira ou profissão e resiliência pode ser definida como a capacidade de adaptação positiva diante de situações adversas. Participaram deste estudo 60 profissionais da área de tecnologia da informação. A amostra é predominantemente masculina (75%), com idade entre 25 e 60 anos. Quanto à formação a grande maioria (61,7%) apresenta nível superior completo. O tempo de atuação 66,7% dos respondentes na área de TI encontra-se no intervalo entre um a dez anos de profissão; esses profissionais atuam como autônomos empregados ou cooperados em diversos segmentos de mercado. Os instrumentos de coleta foram a Escala de Avaliação de Resiliência (EAR) e a Escala de Comprometimento com a Carreira. Os dados foram submetidos a análises estatísticas descritivas e de associação. Médias fatoriais e desvios-padrão revelaram que os participantes aceitam positivamente as mudanças, adaptando-se diante de dificuldades da vida e diante de novos projetos e desafios profissionais. Demonstraram ainda que quanto mais resignados são os profissionais de TI, menos eles querem mudar de atividade nesta área de atuação. Os resultados, discutidos à luz da literatura da área, sustentaram em parte as hipóteses testadas neste estudo, ou seja, quanto mais elevados foram os níveis de comprometimento com a carreira, maiores foram os níveis de resiliência relatados e menor foi a intenção de mudar de profissão.
Resumo:
Esta pesquisa é uma proposta de aproximação das diversas áreas de conhecimento e flexibilização de suas fronteiras, a fim de estabelecer interfaces entre os diversos campos conceituais engendrando novas práticas que ensejam formas mais abrangentes e holísticas de aproximação com a realidade. Através da avaliação da qualidade de vida, suporte social e sua relação com o absenteísmo por lesão ocupacional. Materiais e Métodos: Participaram desta pesquisa 47 trabalhadores, do sexo masculino, com idade variável entre 30 e 60 anos, que trabalham no setor de centrifugação dentro de uma fundição em uma indústria metalúrgica do ramo de autopeças em São Bernardo do Campo. Instrumentos: Foi analisado o prontuário médico de cada um desses trabalhadores, sendo analisadas como variáveis: se esses trabalhadores apresentaram lesões ocupacionais avaliadas e diagnosticadas pelos médicos. Avaliação de um questionário social, composto por quatro questões abertas: idade, nível de escolaridade, estado civil e número de dependentes. Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida WHOQOL Bref. e Instrumento de Avaliação de Suporte Social: Escala de percepção de suporte social (EPSS). Análise dos Resultados: Os dados coletados dos prontuários foram agrupados em quatro grupos chamados de: grupo de absenteísmo 1, grupo de absenteísmo 2, grupo de absenteísmo 3 e grupo de absenteísmo 4. Sendo o primeiro composto por 15 trabalhadores que não apresentaram lesões ocupacionais. O segundo grupo composto por 10 trabalhadores apresentou de uma hora até seiscentas horas de absenteísmo por lesão ocupacional. O terceiro grupo composto por 11 trabalhadores apresentou absenteísmo de seiscentas e uma horas até mil horas, e o quarto grupo constituído de 11 trabalhadores tiveram absenteísmo superior a mil horas. Resultados: Nas comparações entre os grupos de absenteísmo e as variáveis do questionário social não foram encontradas diferenças significantemente estatística, o mesmo tendo ocorrido na comparação entre grupos de absenteísmo e os escores do EPSS Analisando os grupos de absenteísmo e os domínios do WHOQOL Bref. Foi detectada diferença com significância estatística de P = 0,01 maior dentro do domínio físico no grupo de absenteísmo 1 que não apresentou absenteísmo em relação ao grupo de absenteísmo 4 com maior número de absenteísmo. Conclusão: Visto que as lesões ocupacionais interferem na qualidade de vida dos indivíduos, o que se pode constatar é que o modelo biomédico ainda é muito forte, principalmente dentro da saúde ocupacional que na busca de soluções ergonômicas defronta com os interesses econômicos imediatistas que não contemplam os investimentos indispensáveis à garantia da saúde do trabalhador. Sintetizando as análises conceituais e os resultados deste trabalho, mostrou-se que os problemas de saúde ocupacional são conhecidos há muito tempo. Apesar da crescente produção de trabalhos acerca da construção , conhecimento das características da saúde do trabalhador e a existência de uma tônica predominante que sugere a mudança das situações encontradas, há um escasso empenho em efetuar as transformações necessárias, num descompasso entre avanço do conhecimento e perpetuação de práticas insalubres. Para tanto é necessária uma compreensão das determinantes da saúde. Além do investimento material se faz necessário emergir um verdadeiro diálogo entre as ciências. Ressalta-se a necessidade de estudos longitudinais para elucidar a complexidade das relações entre qualidade de vida, suporte social e lesões ocupacionais. Os achados apontam para a relevância de estudos futuros acerca dessas associações.(AU)