24 resultados para Sujeito (Filosofia) na literatura Séc. XVII


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A presente pesquisa tem como objetivo principal demonstrar a contribuio do conceito de sujeito em Franz Hinkelammert para o estudo da religio. Pretende-se mostrar o valor epistemolgico crtico desse conceito, compreensvel luz do mtodo dialtico transcendental descoberto por Marx e desenvolvido por Hinkelammert, possibilitando sua aplicabilidade no estudo das cincias da religio. Procura-se responder pergunta posta por Boaventura de Sousa Santos sobre a possibilidade de valorizar o potencial emancipador das subjetividades rebeldes, visando a superao da concepo abstrata de sujeito das cincias empricas, cuja metodologia cientfica se fundamenta na objetividade neutral de cunho weberiano. Para tanto, analisa-se a relao entre essa concepo e os sacrifcios humanos dai decorrentes. A invisibilidade ou resignada aceitao desses sacrifcios apontam para a necessidade epistemolgica da adoo do conceito de sujeito como critrio cientfico de anlise e discernimento, levando descoberta e crtica das dinmicas relacionais inconscientes que regem as sociedades entregues inrcia de suas estruturas. Trata-se dum conceito que implica numa teologia subjetiva na qual, Deus se faz presente como cmplice da resistncia das vtimas contra os dominadores , bem como dum critrio no religioso que desemboca numa tica autnoma, voltada para uma prxis religiosa humanizadora.

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A presente pesquisa apresenta um estudo sobre o mal a partir da leitura da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, tendo como referncia um vis da teologia e da filosofia uma vez que este problema historicamente suscitou questionamentos em ambos os campos do conhecimento. Concomitantemente, pretendemos apontar para a possibilidade de uma obra literria fazer surgir uma reflexo teolgica e filosfica, sem contanto, ser necessrio provar a religiosidade do escritor ou desvelar uma doutrina filosfica criada pelo mesmo. Para tanto, propomos como autores de base os telogos Andrs Torres Queiruga, Juan Antonio Estrada, e a teloga Ivone Gebara, e os filsofos Paul Ric ur, Blaise Pascal e Arthur Schopenhauer. Ao mesmo tempo, damos uma relevncia ao livro do Eclesiastes, do qual o escritor carioca era leitor assduo. Com isso, pretendemos evidenciar e compreender mais profundamente na j mencionada obra machadiana a presena do mal em suas mais facetadas manifestaes nas relaes humanas.

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A proposta desta pesquisa discutir o trnsito religioso enquanto uma ao social que s pode ser compreendida a partir de um conjunto de condies sociais e polticas que influenciam o comportamento religioso contemporneo. O objetivo principal analisar as motivaes para a prtica do trnsito religioso dos evanglicos sem religio, no contexto das igrejas evanglicas, com a finalidade de entender o surgimento de um novo sujeito da f que escolhe romper com a f institucional, sem ser, necessariamente, um ateu. O que motiva este sujeito a professar uma f sem vnculo com qualquer instituio religiosa a questo fundamental deste trabalho, que se divide em trs captulos. No primeiro, analisamos o conjunto de transformaes que legitimam o comportamento de transitar entre os vrios vnculos religiosos, inclusive ficar sem vnculo. No Segundo, tentamos definir quem so os sem religio e por onde transitam. E no terceiro, discutimos a questo fundamental deste trabalho. O que motiva o evanglico a se desvincular, ou seja, ser um evanglico sem igreja?

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Os missionrios protestantes presbiterianos que vieram para o Brasil no incio da segunda metade do século XIX trouxeram uma interpretao calvinista da bblia, pois permaneceram fieis formao princetoniana que efetivou uma sntese entre ortodoxia calvinista e pietismo. Estes pricetonianos tinham como base epistemolgica a filosofia de Thomas Reid, conhecida como o Realismo do Senso Comum. Essa filosofia utilizada como uma epistemologia reformada, ou calvinista. Ela compreendida em sua formao escocesa e consequentemente americana, via Princeton, como a Epistemologia Providencial. Desta forma, quando ela assimilada pelos brasileiros por meio da pregao e da formao teolgica, a mesma se torna parte do perfil presbiteriano brasileiro como doutrina filosfica. A Filosofia do Senso Comum se gesta como crtica filosofia empirista de David Hume que, para Reid, convergiria para um possvel aniquilamento da religio e para uma viso pessimista da cincia, afetando o empirismo, por conseguinte, causando uma nova formulao mais prxima do ceticismo. Por isso, Reid formulou a filosofia que para ele contrape-se a Locke e Berkeley e depois a David Hume, afirmando que a realidade independente de nossa apreenso. Ou seja, na percepo do mundo exterior no h interferncia do sujeito cognoscente sobre o objeto do conhecimento. A nossa relao com os objetos direta e no deve ser desvirtuada por intermediaes. Na implantao do protestantismo no Brasil, via missionrios de Princeton, no houve uma defesa intransigente dos princpios calvinistas por parte de missionrios como Fletcher e Simonton e sim uma continuidade da leitura das escrituras sagradas pelo vis calvinista, como era feito no Seminrio de Princeton. No havia uma nfase acentuada na defesa da ortodoxia porque o tema do liberalismo teolgico, ou do conflito entre modernismo e fundamentalismo no se fazia necessrio na conjuntura local, onde predominava a preocupao pela evangelizao em termos prticos. O conceitos da Filosofia do Senso Comum eram prximos do empirismo mitigado de Silvestre Pinheiro e do Ecletismo de Victor Cousin. Por isso, no Brasil, o local em que mais se v a utilizao da filosofia do Senso Comum nos debates entre intelectuais, em trs pontos interessantes: 1) O Senso Comum ficou restrito ao espao acadmico, na formao de novos pastores, sendo que as obras de Charles Hodge e A. A. Hodge so as principais fontes de implantao desta mentalidade ratificadora da experincia religiosa e, desta forma, delineiam o rosto do protestantismo entre presbiterianos, uma das principais denominaes protestantes do final do século XIX; 2) Nos debates entre clrigos catlicos e protestantes em polmicas teolgicas;. 3) No aproveitamento utilitarista da assimilao cultural estrangeira pelos protestantes nacionais, no por ltimo, facilitada pela simpatia dos liberais brasileiros pelo protestantismo, ao mesmo tempo que mantinham uma linha filosfica mais prxima do empirismo mitigado e do ecletismo. Assim, nossa hiptese pretende demonstrar que os protestantes trouxeram em seu bojo as formulaes epistemolgicas que foram passadas para um grupo de intelectuais, que formaram o quadro dos primeiros pastores presbiterianos da histria desta denominao. Eles foram convertidos e assimilaram melhor as novas doutrinas por meio de mais do que simples pregaes, mas pela sua forma filosfica de encarar os objetos estudados, e que tais informaes vm por meio da base epistemolgica do Realismo do Senso Comum, que encontra espao nos ideais republicanos brasileiros do século XIX.

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A dissertao aborda a questo da escatologia, mais especificamente da vida aps a morte, a partir da anlise de dois discursos religiosos que ora se ope, ora convergem: os documentos e materiais litrgicos da Igreja Evanglica de Confisso Luterana no Brasil (IECLB) e as experincias de vida narradas por membros daquela Igreja. Quanto anlise dos discursos da instituio eclesistica, pinou-se de seus documentos, pronunciamentos, hinrios, livros de culto e outros, as idias que os mesmos veiculam quanto questo da vida aps a morte. E, no outro extremo da pesquisa, foram ouvidas nove mulheres, cinco do Rio de Janeiro/RJ e quatro de Piratuba/SC, todas membros da IECLB, buscando, em suas narrativas, os imaginrios quanto questo da morte e do ps-morte. Para sedimentar as anlises dos discursos da instituio e dos indivduos, o trabalho recorre, tambm, ao pensamento de Martim Lutero sobre o assunto morte e alm, como tambm dialoga com as cincias humanas (histria, filosofia, sociologia) para melhor compreender as formas do crer e do divergir dos indivduos, em suas crenas, das doutrinas oficiais da instituio. Por fim, se faz uma anlise da f das luteranas entrevistadas, apontando as peculiaridades de suas crenas e a relao delas com os discursos que a Igreja veicula atravs de seus diversos materiais que abordam o locus vida aps a morte.(AU)

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A ocupao principal deste trabalho residiu no dilogo entre a teologia e a literatura, primordialmente no interior do romance machadiano Dom Casmurro. Esta dissertao preconizou a antropologia emergente no romance machadiano em questo, como lugar das reflexes de cunho teolgico. Para pauta de discusses, foram trazidas obras referenciais, que se apresentaram como o estado atual da questo acerca do dilogo entre teologia e literatura. A sustentao terica deste trabalho se deu com apropriaes conceituais de Paul Ricoeur, Antonio Carlos de Melo Magalhes e Gerard Genette. Portanto, o objetivo deste trabalho se delimitou na demonstrao das relaes entre o Deus que se revela e o humano machadiano, a partir do carter antropolgico do romance Dom Casmurro. A promessa e o carter paratextual do captulo em que ela narrada, conduziram todas as anlises realizadas, que culminaram na observao do antropolgico como tema central do romance. Defendemos que a quebra das relaes estabelecidas entre o humano machadiano e o Deus da promessa estabeleceu a instalao de um mundo desencantado diante da existncia e da realidade do protagonista do romance, Bento Santiago.(AU)

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Religio e literatura o tema geral desta tese de doutoramento. Contudo, a preocupao especfica a plausibilidade da interpretao da religio pela literatura. Isso porque os estudiosos dessa rea tm normalmente partido da pressuposio de que essa plausibilidade existe. Por isso geralmente no a problematizam e nem se preocupam em fundament-la. A proposta desta pesquisa justamente desenvolver um embasamento terico que ajude a suprir essa lacuna. Portanto, esta tese mantm como preocupao de fundo uma questo epistemolgica. Para levar adiante esse projeto, levanta-se a hiptese de que o discurso indireto da literatura caracterizado pela metfora, especialmente o romance com a sua possibilidade polifnica e carnavalesca, tem a capacidade de revelar traos especficos do fenmeno religioso de modo diferente do que fazem os discursos diretos da filosofia e das cincias, de tal forma que d literatura condies de proceder a uma interpretao plausvel e heurstica da religio. A fundamentao terica para o desenvolvimento da hiptese baseada na teoria da metfora, do texto e da narrativa de Paul Ricoeur e nos conceitos de dialogismo, polifonia, carnavalizao e literatura prosaica de Mikhail Bakhtin. Com a finalidade de exemplificar, na prtica, a pertinncia do material terico desenvolvido, o romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de Jos Saramago interpretado. Metodologicamente, o trabalho est dividido em trs pontos: primeiro a literatura e o conhecimento da realidade; segundo a literatura como intrprete da religio e terceiro, a interpretao exemplar do romance.(AU)

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Este trabalho se prope a apresentar o dilogo entre a teologia e a literatura a partir do mtodo da correspondncia de Antonio Carlos Magalhes, tendo como foco central do dilogo o tema da liberdade. A literatura de Dostoievski em O Idiota e Os irmos Karamazovi obras de referncia - trabalha a liberdade tendo Cristo como principal referencial, por isto, o Cristo de Dostoievski o Cristo da liberdade. Esta compreenso de liberdade em Dostoievski se d a partir de uma conscincia antropo-teolgica. Na mesma direo caminha o pensamento teolgico latino americano de Juan Luis Segundo e de Jos Comblin, que apresenta um humano to livre como o prprio Deus, sendo este responsvel pela construo ou criao de seu mundo e no preso a determinismos. Neste dilogo, portanto, h uma tentativa de aproximao entre a literatura russa do Séc. XIX, de Dostoievski, com a teologia latino americana dos Séc. XX e XXI de Juan Luis Segundo e Jos Comblin. A liberdade sendo trabalhada a partir do universo ficcional-literrio de Dostoievski em correspondncia com a teologia latino americana. Ambos apontando para um humano em construo, portanto no concludo, que constri a vida a partir da liberdade liberdade incriada ou vocao para liberdade - a qual deve ser vivida no amor, mesmo diante das malditas questes humanas.(AU)

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Para atingir os objetivos propostos, ou seja, levantar e descrever indicadores socioculturais de uma amostra de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa, e descrever caractersticas psicolgicas e de personalidade dos adolescentes infratores, num estudo que pesquisou adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa. O trabalho foi realizado em duas as etapas: na primeira, os 47 adolescentes participaram de uma entrevista semidirigida; na segunda, dez desses adolescentes foram selecionados e submetidos a um instrumento projetivo para investigao de aspectos da personalidade: o desenho da Figura Humana de Machower, adaptado por Van Kolck (1956; 1984). A discusso terica dos resultados baseou-se numa abordagem psicanaltica ps-freudiana para a compreenso da adolescncia tanto como fase do desenvolvimento humano como dos comportamentos antissociais. Os resultados do estudo corroboraram a teoria advinda da literatura psicolgica que aborda padres comuns no perodo da adolescncia, fase em que ocorre um complexo de fatores individuais da maturidade biolgica associados ao meio social/cultural e que, por sua vez, estabelecem relaes com as instncias psicolgicas ou psquicas do sujeito junto com as caractersticas especficas de cada indivduo. Na busca da compreenso desses padres comuns da amostra dos adolescentes infratores utilizados no presente estudo, foram levantados dados do perfil psicossocial, cultural e demogrfico; dos aspectos psicossociais e aspectos psicodinmicos e de caractersticas de personalidade. A ttulo de concluso, o estudo destacou a problemtica do adolescente em conflito com a lei, associada s questes sociais, de sade mental, alm do desenvolvimento psquico, sinalizando a necessidade de aes psicoprofilticas voltadas para populao infantil, jovem, agrupamentos familiares e para a comunidade que representa seu entorno.