17 resultados para Imprensa italiana


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O presente trabalho tem por objetivo analisar o período de propaganda eleitoral à presidência da República de 1906, centrando seu objeto no candidato único para presidente, o mineiro, Affonso Penna. Nesse sentido procura-se trabalhar, especificamente, o papel da imprensa na candidatura e na construção da imagem pública, no transcurso entre agosto de 1905 a fevereiro de 1906, em dois jornais cariocas: o Correio da Manhã e o jornal O Paíz. Entre eles, a menção de Penna pode ser analisada apenas nas Cartas Mineiras do Correio da Manhã, a qual apresenta o percentual de 37% de conteúdos sobre o candidato. Desses, 54,5%, relacionam-se às suas caracterizações imagéticas e os 45,5% a sua candidatura. Quanto à construção da etapa teórica remete às obras que incluem o universo da comunicação, da propaganda política e ideológica, principalmente, na ótica brasileira. Procura-se, também, descrever a trajetória política de Affonso Penna, tendo como pano de fundo o ambiente político. Como método de coleta de dados, cita-se as pesquisas bibliográficas e documentais e como instrumento de investigação a análise de conteúdo.(AU)

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Reconhecendo, a partir da constatação empírica, a multiplicidade de escolhas de crenças no Mundo e em particular na periferia urbana paulistana, reconhecemos, também, a emergência criativa de novas possibilidades de crer e não crer. Tal amplitude não apenas aponta para o crer (segundo as ofertas de um sem número de religiões) e o não crer (ateu e agnóstico), mas para uma escolha que poderia vir a ser silenciada e esquecida, neste binômio arcaico e obsoleto, quando alguém se dá à liberdade crer sem ter religião. Reconhecer interessadamente os sem-religião nas periferias urbanas paulistanas é dar-se conta das violências a que estes indivíduos estão submetidos: violência econômica, violência da cidadania (vulnerabilidade) e proveniente da armas (grupos x Estado). Tanto quanto a violência do esquecimento e silenciamento. A concomitância espaço-temporal dos sem-religião nas periferias, levou-nos buscar referências em teorias de secularização e de laicidade, e, a partir destas, traçar uma história do poder violento, cuja pretensão é a inelutabilidade, enquanto suas fissuras são abertas em espaços de resistências. A história da legitimação do poder que se quer único, soberano, de caráter universal, enquanto fragmenta a sociedade em indivíduos atomizados, fragilizando vínculos horizontais, e a dos surgimentos de resistências não violentas questionadoras da totalidade trágica, ao reconhecer a liberdade de ser com autonomia, enquanto se volta para a produção de partilha de bens comuns. Propomos reconhecer a igual liberdade de ser (expressa na crença da filiação divina) e de partilhar o bem comum em reconhecimentos mútuos (expressa pela ação social), uma expressão de resistência não violenta ao poder que requer a igual abdicação da liberdade pela via da fragmentação individualizante e submissão inquestionável à ordem totalizante. Os sem-religião nas periferias urbanas, nossos contemporâneos, partilhariam uma tal resistência, ao longo da história, com as melissas gregas, os profetas messiânicos hebreus, os hereges cristãos e os ateus modernos, cuja pretensão não é o poder, mas a partilha igual da liberdade e dos bens comuns. Estes laicos, de fato, seriam agentes de resistências de reconhecimento mútuos, em espaços de multiplicidade crescente, ao poder violento real na história.