3 resultados para roedores

em Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)


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O preá do semiárido nordestino (Galea spixii) é um roedor pertencente à família Caviidae. São encontrados nas regiões da Caatinga e do Cerrado Brasileiro e se reproduz ao longo do ano, apresentando um período de gestação de 48 dias e uma ninhada de 2 a 4 crias. O objetivo deste estudo foi caracterizar histologicamente os componentes estruturais dos órgãos genitais de preás machos relacionando com a evolução cronológica destes órgãos na espécie. Foram utilizados para análise animais ao nascimento e aos 15, 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120 e aos 150 dias de idade. Fragmentos do epidídimo, ducto deferente, pênis e glândulas sexuais acessórias foram coletados, fixados e processados para descrição em microscopia de luz. O epidídimo apresentou epitélio colunar simples e em cada fase sexual notou-se diferença quanto ao tamanho do lúmen tubular e à presença de espermatozóides no lúmen aos 45 dias de idade. O epitélio do ducto deferente no preá mostrou-se pseudo-estratificado colunar com crescente presença de estereocilios com o avanço da idade. A glândula vesicular no preá apresentou uma mucosa com pregueamento variado, de acordo com a fase do desenvolvimento sexual. A próstata mostrou-se pouco desenvolvida, com lúmen pequeno nos preás ao nascimento e aos 15 dias de idade; aos 45 dias mostrou-se com um pregueamento do epitélio variável. Os órgãos genitais masculinos do preá passaram por transformações morfológicas no decorrer da idade e com o desenvolvimento sexual, isso colaborou para a determinação do início da fase da puberdade, que na espécie em estudo foi aos 45 dias de idade.

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Estudos baseados nas características testiculares estão altamente relacionados com a eficiência reprodutiva de varias espécies. Assim, o projeto desenvolvido teve como objetivo identificar as células do epitélio seminífero, caracterizar histologicamente suas associações, que formam os estádios, e determinar a frequência destes. Os fragmentos de testículos, com 30, 45, 60, 75, 90, 105, 120, 150 dias foram coletados no Centro de Multiplicação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró/ RN. Passando pelos processos de fixação, lavagens em soluções de concentrações crescentes de álcoois (70-100%), desidratação em xilol, inclusão em Histosec®, preparação das lâminas histológicas, colorações em Hematoxilina e Eosina (HE) e suas fotomicrografias para a caracterização dos núcleos celulares do epitélio germinativo e a definição dos oitos estágios do ciclo do epitélio seminífero (CES) baseados no Método da Morfologia Tubular. Das faixas etárias analisadas todos os animais de 90-150 dias de idade apresentaram todos os estádios do CES. Os estádios I e III foram os que apresentaram maior e menor freqüência, respectivamente. Os animais caracterizados como pré-púberes (30 dias), púberes (45-90 dias de idade) e pós-púberes (105150 dias de idade) apresentaram os estádios I, VIII e IV com uma maior freqüência, respectivamente.

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A fauna de mamíferos do estado de São Paulo consta de 231 táxons, sendo este número uma estimativa da real diversidade presente na região, dado a falta de amostragem em grandes extensões do estado, e também de revisões taxonômicas para determinados grupos. Ainda assim, nosso conhecimento aumentou em 20% desde a última estimativa em 1998, principalmente em relação aos quirópteros e roedores. Estes dados são provenientes de inventários faunísticos, e também do estudo de espécimes depositados em coleções científicas oriundos de revisões taxonômicas. Também temos um maior volume de dados a respeito da distribuição dos mamíferos em relação às diferentes paisagens presentes no estado, o que nos permite dividir a mastofauna em três componentes distintos: o mais importante desses é o das espécies generalistas, que ocorrem em todas as principais paisagens do estado; o segundo grupo concentra espécies das formações abertas, e o terceiro grupo inclui as espécies essencialmente florestais. Além disso, o número de estudos que tem se preocupado com o efeito da fragmentação de hábitats sobre as comunidades de mamíferos, bem como a respeito da permeabilidade das espécies em áreas alteradas, também aumentaram. Dados a respeito da ocorrência, abundância e vulnerabilidade das espécies foram essenciais para traçar estratégias em relação à escolha de áreas e à indicação de ações prioritárias para a conservação dos mamíferos no estado, assim como classificar as espécies nas diferentes categorias de ameaças propostas, culminando na Lista das Espécies Ameaçadas do Estado de São Paulo. Entretanto, ainda existem inúmeras lacunas de conhecimento, que vão desde o número limitado de amostras zoológicas, até a falta de informações acerca da ecologia e história natural de várias espécies. É imprescindível que aumentemos as amostras de mamíferos em coleções zoológicas, principalmente em áreas de Floresta Ombrófila Densa, nos fragmentos de Cerrado, bem como em áreas do centro e oeste do Estado, que permanecem ainda pouco estudadas, com o objetivo de produzir um maior número de revisões taxonômicas em diversos grupos de mamíferos, e de estudos com abordagens filogeográficas e de genética de populações, para diagnosticarmos de forma efetiva a riqueza de mamíferos no estado, bem como os mecanismos evolutivos responsáveis por esta diversificação. Aliados a esses estudos serão necessárias abordagens ecológicas para gerarmos conhecimento, que em conjunto, nos permitirá avaliarmos o estado de conservação dos mamíferos de São Paulo e tomarmos decisões sobre as melhores estratégias para manejarmos e preservarmos estas espécies.