4 resultados para lipídios neutros
em Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)
Resumo:
Avaliaram-se os efeitos da inclusão de farelo de canola em dietas de juvenis de pacu (Piaractus mesopotamicus) sobre parâmetros de crescimento e composição corporal. Um total de 192 alevinos (9 a 15g) foram estocados em 24 tanques de cimento, de 100l de capacidade, durante 103 dias. O farelo de canola foi utilizado em quatro proporções: zero; 9,5%; 19% e 38% da dieta, com ou sem farinha de peixe (12%/dieta), totalizando oito tratamentos. A presença de farinha de peixe não afetou os parâmetros de crescimento avaliados. A inclusão de 38% de farelo de canola na dieta diminuiu o ganho de peso dos peixes, valores médios de 28,74g a 50,70g, e piorou a conversão alimentar aparente, de 1,66 para 2,85. A taxa de eficiência protéica também foi menor nos peixes alimentados com 38% de farelo de canola. As várias proporções de farelo de canola das dietas alteraram os teores de umidade, proteína bruta e lipídios dos peixes. A presença da farinha de peixe, nas dietas, somente influiu no teor de lipídios dos peixes alimentados com dietas contendo 9,5% de farelo de canola. Conclui-se que até 19% de farelo de canola pode ser adicionado às dietas de juvenis de pacu, sem que seu desenvolvimento seja prejudicado.
Resumo:
O objetivo do experimento foi avaliar o efeito da defumação da tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) inteira eviscerada e filé sobre as características organolépticas (aparência, aroma, cor, sabor, textura, teor de sal e aceitação geral), a porcentagem de perda de peso (PP) e composição centesimal. Foram comparados FP1 (peixe inteiro eviscerado, 5 horas de fumaça) e FP2 (filé, 4 horas de fumaça). Os peixes foram descamados, eviscerados, para obtenção de FP1 ou filetados por uma única pessoa, para obtenção de FP2, e então submetidos à salmouragem úmida (30%) e à defumação. O rendimento médio para FP1 e FP2 foi de 63,98 e 27,11%, respectivamente. O valor médio para porcentagem de perda de peso ocorrida na defumação para o filé (31,33%) foi superior ao peixe inteiro (27,04%). A análise sensorial revelou que o peixe inteiro teve melhor aceitação quanto ao sabor e teor de sal e não diferiu do filé quanto ao aroma, cor e textura. O processo de defumação reduziu o conteúdo de umidade e proporcionou aumento nos teores de proteína bruta, lipídios e cinzas. As perdas foram maiores para o filé, que apresentou maior teor de proteína bruta e menor teor de lipídios comparado ao peixe inteiro. Verificou-se também que o sabor do filé pode ser melhorado em função de uma correção na salmouragem.
Resumo:
Foi avaliado o efeito do processo de defumação a quente (45-90ºC/5 horas) e a frio (27-45ºC/10 horas) nas propriedades organolépticas, no rendimento e na composição dos filés de matrinxã (Brycon cephalus). Não houve diferença significativa no rendimento de filés defumados e não-defumados. As perdas no processo de defumação foram significativamente maiores para defumação a quente (19,37%) em comparação à defumação a frio (17,08%). O processo de defumação reduziu a umidade (in natura = 72,91%; defumado a quente = 58,51%; e defumado a frio = 59,68%) e aumentou os teores de proteína bruta, lipídios e cinzas. Houve diferença significativa somente nos teores de proteína no defumado a quente (28,07%) e defumado a frio (27,14%). O processo a frio resultou em melhor aparência e cor de filé, enquanto o processo a quente melhorou o sabor, o teor de sal e a aparência geral. O aroma e a textura não diferiram significativamente entre os processos. O processo de defumação a quente melhora as propriedades organolépticas e os níveis de proteína do filé de matrinxã.
Resumo:
Foram comparados a biomassa, a composição química e o valor nutritivo da macrófita aquática emersa S. alterniflora em um rio impactado por descargas de efluentes domésticos (Rio Guaú) e em um rio bem conservado (Rio Itanhaém). Amostras de S. alterniflora, água e sedimento foram coletadas nos dois rios, em novembro de 2001. O rio Guaú apresentou as maiores concentrações de N-Total e P-Total na água (415 e 674 µg.L-1, respectivamente) e sedimento (0,25 e 0,20% de Massa Seca, respectivamente), em relação a água (NT = 105 µg.L-1; PT= 20 µg.L-1) e sedimento (NT = 0,12% MS; PT = 0,05% MS) do rio Itanhaém. A biomassa aérea (316 g MS.m-2) e subterrânea (425 g MS.m-2) de S. alterniflora no rio Guaú foram significativamente maiores do que no rio Itanhaém (146 e 115 g MS.m-2). Além disto, os valores de NT, proteínas, PT, lipídios e carboidratos solúveis foram significativamente maiores na biomassa de S. alterniflora no rio Guaú. Por outro lado, a fração de parede celular e os teores de polifenóis foram maiores na biomassa de S. alterniflora no rio Itanhaém. Concluiu-se que o lançamento de efluentes domésticos em corpos d'água pode aumentar a biomassa e alterar a composição química de S. alterniflora. A maior disponibilidade de N e P no rio Guaú, provavelmente, é a causa dos maiores valores de biomassa, NT, PT, lipídeos e carboidratos solúveis em S. alterniflora neste rio.