2 resultados para TERRITORIALITY

em Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)


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Em lutas entre peixes residentes e intrusos, residentes geralmente vencem, provavelmente porque valorizam o território mais do que os intrusos. Nós aventamos a hipótese de que ambientes enriquecidos aumentam o valor da área em disputa, levando os residentes a defenderem mais violentamente ambientes enriquecidos de recursos do que ambientes empobrecidos, pois possuiriam mais motivação para mantê-lo. No entanto, no presente estudo, ao testarmos as interações entre intrusos e residentes em acarás, Geophagus brasiliensis, observamos que o enriquecimento ambiental reduz a agressividade e pode levar a cohabitação entre os peixes, sem luta. Adicionalmente, em nossos experimentos, o efeito da residência prévia ocorreu independente da condição de enriquecimento. A diminuição das interações entre os peixes e, consequentemente, a diminuição do nível de agressividade é aqui atribuída aos efeitos da diminuição da visibilidade entre os peixes devido ao aumento de complexidade do ambiente.

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A enguia mirongo-mirim Myrophis punctatus vive em agrupamentos de alta densidade populacional e comumente se enterra ou permanece sob o substrato. Esses comportamentos podem levar a marcas químicas no subtrato e podem, portanto, modular o uso do espaço nessa espécie. Neste estudo, testamos a hipótese de que a preferência espacial da enguia mirongo-mirim é influenciada pela presença de odor do animal coespecífico no subtrato. Mostramos que as enguias evitam a área que contém tal odor, indicando que as decisões de ocupação espacial podem ser influenciadas por pistas químicas de coespecíficos. As enguias claramente detectaram o odor de um animal coespecífico e essa percepção poderia ser um indicativo da presença de um coespecífico enterrado no substrato. Visto que elas evitam uma área contendo tal odor, sugerimos que isso poderia ser uma resposta para evitar invadir o território de um animal residente.