2 resultados para Phylogenetic species concept
em Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)
Resumo:
O primeiro registro para o Atlântico Sul ocidental de uma espécie do gênero Malacoraja Stehmann, 1970 é feita com base na descrição de Malacoraja obscura, espécie nova, proveniente do talude continental do Sudeste brasileiro dos estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro em profundidades de 808-1105 m. A espécie nova é conhecida através de cinco exemplares e é distinta de seus congêneres pela sua coloração dorsal composta por numerosas manchas esbranquiçadas e pequenas na região do disco e nadadeiras pélvicas, por apresentar uma fileira irregular de espinhos ao longo da superfície dorsal mediana da cauda a qual persiste em espécimes maiores (desde a base da cauda até dois-terços do seu comprimento numa fêmea de 680 mm de comprimento total, CT) e uma região pequena desprovida de dentículos na base ventral da cauda (estendendo somente até a margem distal da nadadeira pélvica). Outros caracteres diagnósticos em combinação incluem a ausência de espinhos escapulares em indivíduos maiores, número elevado de fileiras dentárias (64/62 fileiras num macho subadulto de 505 mm de CT e 76/74 numa fêmea de 680 mm de CT) e de vértebras (27-28 Vtr, 68-75 Vprd), coloração ventral do disco uniformemente castanha escura, duas fenestras pós-ventrais na cintura escapular, fenestra pós-ventral posterior grande, forame magno circular e dois forames para a carótida interna na placa basal ventral do neurocrânio. Machos adultos não são conhecidos, porém uma descrição anatômica de M. obscura, sp. nov., é fornecida. Comparações são realizadas com todo o material conhecido de M. kreffti, com a literatura sobre M. senta e com material abundante de M. spinacidermis da África do Sul; M. obscura, sp. nov., assemelha-se mais a M. spinacidermis do Atlântico Sul oriental em esqueleto dérmico, coloração e tamanho. Malacoraja é monofilético devido à sua espinulação e apêndices rostrais conspícuos e é aparentemente composta por dois grupos de espécies, um para M. obscura e M. spinacidermis e outro para M. kreffti e M. senta, porém a elucidação das relações filogenéticas entre as espécies necessita de mais informações anatômicas, principalmente das duas últimas espécies.
Resumo:
We investigate extra- and intracellular osmoregulatory capability in two species of hololimnetic Caridea and Anomura: Macrobrachium brasiliense, a palaemonid shrimp, and Aegla franca, an aeglid anomuran, both restricted to continental waters. We also appraise the sharing of physiological characteristics by the hololimnetic Decapoda, and their origins and role in the conquest of fresh water. Both species survive salinity exposure well. While overall hyperosmoregulatory capability is weak in A. franca and moderate in M. brasiliense, both species strongly hyporegulate hemolymph [Cl-] but not osmolality. Muscle total free amino acids (FAA) increase slowly but markedly in response to the rapid rise in hemolymph osmolality consequent to hyperosmotic challenge: 3.5-fold in A. franca and 1.9-fold in M. brasiliense. Glycine, taurine, arginine, alanine and proline constitute a parts per thousand 85% of muscle FAA pools in fresh water; taurine, arginine, alanine each contribute a parts per thousand 22% in A. franca, while glycine predominates (70%) in M. brasiliense. These FAA also show the greatest increases on salinity challenge. Muscle FAA titers correlate strongly (R = 0.82) with hemolymph osmolalities across the main decapod sub/infraorders, revealing that marine species with high hemolymph osmolalities achieve isosmoticity of the intra- and extracellular fluids partly through elevated intracellular FAA concentrations; freshwater species show low hemolymph osmolalities and exhibit reduced intracellular FAA titers, consistent with isosmoticity at a far lower external osmolality. Given the decapod phylogeny adopted here and their multiple, independent invasions of fresh water, particularly by the Caridea and Anomura, our findings suggest that homoplastic strategies underlie osmotic and ionic homeostasis in the extant freshwater Decapoda.