3 resultados para DYNAMIC PLASTIC RESPONSE
em Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP)
Resumo:
Estudos recentes na baía de Santos (sudeste do Brasil), localizada em um sistema estuarino altamente urbanizado, mostraram o aumento de espécies fitoplanctônicas potencialmente nocivas. Apesar da importância da previsão das florações algais nocivas, é difícil determinar a estrutura da comunidade fitoplanctônica em ambientes extremamente dinâmicos. O presente estudo analisa florações dominadas pelo microfitoplâncton e sua relação com variáveis físicas e meteorológicas, a fim de determinar padrões associados às marés e às estações do ano. Foram comparadas oito situações e obtidos cinco cenários de dominância relacionados aos ventos, marés e pluviosidade: i) Surfers, diatomáceas associadas à zona de surfe, de alta energia; ii) Sinkers, diatomáceas de tamanho grande que ocorrem nas marés de sizígia, depois de períodos de alta pluviosidade; iii) Opportunistic mixers, diatomáceas pequenas ou alongadas, formadoras de cadeia, que ocorrem durante períodos de quadratura; iv) Local mixers, diatomáceas e dinoflagelados microplanctônicos que foram abundantes em todas as 298 estações amostradas, e v) Mixotrophic dinoflagellates, que ocorrem após intensas descargas estuarinas. Os resultados sugerem uma alteração no padrão temporal de algumas espécies formadoras de florações, enquanto outras apresentaram abundâncias superiores aos valores seguros para a saúde publica. Esta abordagem ilustra também os possíveis impactos de variações na descarga de água doce em estuários altamente eutrofizados.
Resumo:
The present study evaluated the physiological responses of matrinxa, Brycon cephalus (Gunther), submitted to transport stress under the influence of sodium chloride, Different salt concentrations (0.0%, 0.1%, 0.3% and 0.6%) were added to four 200-L plastic tanks. Each tank was stocked with 30 fish (mean weight 1.0 +/- 0.2 kg) and transported for 4 h. Blood was sampled prior to transport and immediately after and 24 and 96 h after transport. Plasma cortisol and glucose and serum sodium and potassium, plasma chloride and ammonia were analysed, Changes in plasma cortisol were observed immediately after transportation, except in fish transported in 0.3% and 0.6% salt. Twenty-four hours later, this hormone had returned to its initial level in all fish. Blood glucose was not changed in fish treated with 0.6% salt immediately after transport, and returned to the initial level within 96 h after the other treatments. All treatments resulted in lower levels of plasma chloride after transport, except for fish treated with 0.6% salt, with fish treated with 0.0% and 0.3% salt recovering 24 h later, Serum sodium decreased immediately after transport only in the control fish, returning to the initial level 24 h later, the results indicate that treatment with 0.6% NaCl reduces most of the physiological responses of matrinxa to the stress of transport.
Resumo:
Este estudo examinou as respostas de estresse de juvenis de pirarucu transportados em sistema fechado. Pirarucu (Arapaima gigas) é um peixe nativo da bacia Amazônica, da família Osteoglossidae que possui respiração aérea obrigatória. Foi realizado um transporte de curta duração (6 h) em sacos de polietileno inflados com ar atmosférico (grupo ar) ou com oxigênio puro (grupo oxi). O oxigênio dissolvido foi o único parâmetro de qualidade da água que apresentou diferença estatística entre os grupos, e como esperado, o oxigênio estava supersaturado para o grupo oxi. Não houve mortalidade após o transporte em ambos os grupos. Os peixes se alimentaram 36 h após o transporte e apresentaram um consumo de ração habitual após 72 h. As respostas fisiológicas foram semelhantes nos dois grupos. O cortisol não apresentou mudança significativa durante o período de amostragem. Ao contrário da maioria das espécies, os valores de cortisol se apresentaram inalterados nos dois grupos durante a amostragem, enquanto a glicose teve um aumento significativo até 12 h após o transporte. Os resultados mostram que o transporte de pirarucu em sacos de polietileno pode ser realizado com ar atmosférico ou oxigênio puro, uma vez que as respostas de estresse, a qualidade da água e o comportamento alimentar após 36 h foram similar entre os grupos.