3 resultados para Síndromes de imunodeficiência
em Hospitais da Universidade de Coimbra
Resumo:
A síndroma compartimental aguda define-se como sendo a falência da circulação intersticial por conflito de espaço. Representa, habitualmente, uma severa complicação das lesões traumáticas, podendo envolver potencialmente qualquer compartimento do organismo. Mais frequente em fraturas de alta energia cinética e em lesões por esmagamento dos membros, é uma verdadeira emergência ortopédica, por forma a conseguir-se a redução da pressão intracompartimental e restabelecer a perfusão dos tecidos em sofrimento. Assim, a fasciotomia cirúrgica descompressiva, em tempo oportuno, pode evitar a isquémia irreversível dos tecidos mioneurais contidos nos diferentes compartimentos osteomiofasciais, isto é, as retrações fibrosas musculares, a necrose muscular, as lesões nervosas permanentes, a perda permanente da função e, como última consequência, a amputação dos membros. A definição da melhor altura para a fasciotomia nem sempre é uma tarefa fácil, envolvendo critérios clínicos e, também, a determinação do valor da pressão intracompartimental, mormente nos doentes em estado de inconsciência. Nos casos em que houver dúvidas e nos doentes em risco de desenvolver esta complicação, é defensável efetuar uma fasciotomia precoce, mesmo sabendo que pode ser desnecessária, uma vez que as complicações relacionadas com as fasciotomias tardias são devastadoras. Com efeito, o risco de infeção e de septicémia são elevados, a taxa de amputações é considerável e, por vezes, perde-se a vida. As sequelas da síndrome compartimental aguda são uma das causas frequentes de litigância contra os cirurgiões ortopedistas.
Resumo:
BACKGROUND: Brooke-Spiegler syndrome (BSS) is probably an underdiagnosed genodermatosis that predisposes for the development of cylindromas, spiradenomas and trichoepitheliomas mainly of the head and neck. Wide phenotypic variability regarding the number and type of lesions can be observed within a family. Mutations of the CYLD gene are identified in the vast majority of cases and play a key role in BSS pathogenesis. MAIN OBSERVATIONS: Two first degree relatives with numerous erythematous telangiectatic nodules of the scalp present for decades, with recurring tendency regardless the multiple previous excisions. Histopathological review of the lesions revealed predominantly "spiradenocylindromas" in the proband and cylindromas in her sister. The suspicion of BSS was confirmed after detection of a new nonsense germline mutation of CYLD (c.1783C>T pGln 595*) in the proband. CONCLUSIONS: BSS diagnosis can be challenging and is based on clinical-pathological correlation, positive familial association and identification of CYLD mutations. CYLD exerts antineoplastic effects by downregulating intracellular NF-κB signalling pathways. The reported mutation affecting the ubiquitin-specific protease domain leads to a truncated and catalytically inactive enzyme. Despite the expanding list of CYLD mutations no firm genotype-phenotype correlation is known so far. Early recognition and treatment of BSS avoid disfiguring changes like "turban tumor".
Resumo:
Usher Syndrome (USH) is a rare disease with hearing loss, retinitis pigmentosa and, sometimes, vestibular dysfunction. A phenotype heterogeneity is reported. Recent evidence indicates that USH is likely to belong to an emerging class of sensory ciliopathies. Olfaction has recently been implicated in ciliopathies, but the scarce literature about olfaction in USH show conflicting results. We aim to evaluate olfactory impairment as a possible clinical manifestation of USH. Prospective clinical study that included 65 patients with USH and 65 normal age-gender-smoking-habits pair matched subjects. A cross culturally validated version of the Sniffin' Sticks olfaction test was used. Young patients with USH have significantly better olfactory scores than healthy controls. We observe that USH type 1 have a faster ageing olfactory decrease than what happens in healthy subjects, leading to significantly lower olfactory scores in older USH1 patients. Moreover, USH type 1 patients showed significantly higher olfactory scores than USH type 2, what can help distinguishing them. Olfaction represents an attractive tool for USH type classification and pre diagnostic screening due to the low cost and non-invasive nature of the testing. Olfactory dysfunction should be considered among the spectrum of clinical manifestations of Usher syndrome.