2 resultados para shared mental models

em Instituto Superior de Psicologia Aplicada - Lisboa


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A procura de contra-exemplos é provavelmente a fase mais importante do raciocí - nio dedutivo, uma vez que visa garantir a validade da conclusão. A explicação mais difundida para a diminuta procura de contra-exemplos é a capacidade limitada da memória de trabalho (Markovits & Barrouillet 2002; De Neys, Schaeken & d’Ydewalle, 2002; 2003; 2005a; 2005b) o que não parece ser suficiente para explicar a pouca iniciativa dos sujeitos em utilizarem a procura de contra-exemplos como estratégia de verificação (Oakhill, & Johnson-Laird, 1985). No presente trabalho testou-se a hipótese de que a necessidade de cognição dos sujeitos (Cacioppo & Petty, 1982) tem influência no processo de recuperação de contra-exemplos, para condicionais causais, de modo aprofundar o conhecimento das razões que levam a que os sujeitos procurem tão poucos contra-exemplos durante o raciocínio dedutivo (Oakhill, & Johnson-Laird, 1985; Johnson-laird, 2006). Para o efeito, um total de 60 participantes (15 alunos do mestrado integrado em psicologia, 15 alunos de doutoramento, 15 operários fabris e 15 empregados de mesa) realizou 3 tarefas: escala Necessidade de Cognição (Silva & Garcia-Marques, 2006), uma tarefa de raciocínio e uma tarefa para avaliar a capacidade da memória de trabalho (Guerreiro, Quelhas & Garcia-Madruga, 2006). Os resultados indicam que o processo de recuperação de contra-exemplos é influenciado pela necessidade de cognição e que esta influência além de significativa é superior à influência da capacidade da memória de trabalho.

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A ideia central deste estudo é de que «... raciocinar sobre factos e raciocinar sobre possibilidades e impossibilidades, baseia-se nos mesmos tipos de representações mentais e processos cognitivos» (Byrne, 1997, p. 107). Quer dizer que as pessoas raciocinam através da construção e revisão de modelos mentais (e.g., Johnson-Laird, Byrne, 1991). As condicionais contrafactuais requerem que os raciocinadores tenham em mente não apenas o que é suposto ser verdadeiro, mas também o que é supostamente verdadeiro mas factualmente falso (Byrne, 1997, p. 117; cf. Johnson-Laird, Byrne, 1991, pp. 72- -73). E a hipótese de que a representação inicial de uma condicional contrafactual é mais explícita do que a de uma condicional factual, permite prever que as inferências Modus Tollens e Negação do Antecedente deverão ser feitas com maior frequência a partir das condicionais contrafactuais do que das factuais. Byrne e Tasso (in press) encontraram evidência para esta hipótese. No estudo que apresentamos, também procuramos replicar esses resultados encontrados por Byrne e Tasso, e acrescentamos algumas hipóteses relacionadas com as latências para compreender os dois tipos de condicionais, e para escolher a conclusão. Utilizamos condicionais neutras do tipo «Se houve um círculo, então houve um triângulo», e apresentamos aos participantes os quatro silogismos condicionais no programa SUPERLAB.