2 resultados para corticoterapia

em Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca - Portugal


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Introdução: A doença de Behçet é uma vasculite inflamatória sistémica, de etiologia desconhecida, caraterizada por episódios de recidiva de úlceras orais e genitais, lesões oculares e cutâneas, podendo atingir virtualmente todos os sistemas. As manifestações oculares são comuns e com consequências visuais importantes. O objectivo deste trabalho foi analisar os parâmetros demográficos, manifestações clinicas, terapêutica e principais complicações em doentes com doença de Behçet ocular. Métodos: Estudo descritivo e retrospetivo, que incluiu 11 doentes com o diagnóstico de doença de Behçet, segundo os critérios do ISG, observados na consulta de Inflamação Ocular do Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca nos últimos 3 anos. Resultados: Identificaram-se 11 doentes, 5 homens e 6 mulheres, todos caucasianos. A idade média ao diagnóstico foi de 33,45±6,49 anos. A manifestação ocular foi o primeiro sinal da doença em 2 doentes. Em 72,7% dos casos as manifestações oculares foram bilaterais. Identificaram-se 4 casos de panuveíte, 3 de uveíte posterior, 2 de uveíte anterior, 1 de queratite e 1 caso de episclerite. O glaucoma e a catarata foram a complicação ocular mais frequente. O tratamento sistémico incluiu a corticoterapia oral em associação com terapêutica adjuvante imunossupressora, sendo os mais utilizados a azatioprina e a ciclosporina. Em 3 doentes houve necessidade de terapêutica biológica com infliximab para controlo da doença. Conclusão: A manifestação ocular mais frequente foi a panuveite. Esta doença pode condicionar complicações oculares com diminuição irreversível da acuidade visual. A orientação destes doentes exige uma abordagem global e inter-disciplinar.

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A paralisia periódica hipocaliémica é uma complicação neurológica do hipertiroidismo, especialmente na doença de Graves, rara em não asiáticos. Caracteriza-se por episódios auto-limitados recorrentes de fraqueza muscular que afecta sobretudo os músculos proximais dos membros inferiores. Acompanha-se de hipocaliémia, potencialmente grave. Apresenta-se o caso de um doente de 39 anos, caucasiano, com doença de Graves, medicado com carbimazol. Durante 3 meses, teve episódios recorrentes de tetraparésia de predomínio proximal, de curta duração, que surgiam após períodos de repouso, motivo pelo qual foi internado. Por manter episódios de agravamento da tetraparésia, associados a hipocaliémia e hipomagnesiémia, e por, laboratorialmente, apresentar hipertiroidismo, admitiu-se a hipótese de paralisia periódica hipocaliémica e iniciou terapêutica com tiamazol, corticoterapia, propranolol e reposição iónica, verificando-se melhoria progressiva. O caso exposto é um exemplo de uma situação incomum, em que a suspeita clínica é fundamental, porque o diagnóstico pode ser difícil. A terapêutica precoce do hipertiroidismo é imprescindível.