3 resultados para Seio maxilar
em Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca - Portugal
Resumo:
O mucocelo é uma lesão quística, benigna, expansiva dos seios perinasais. A sobreinfecção deste, designada de mucopiocelo, pode levar a um período de crescimento rápido, com maior risco de complicações. Relata-se o caso clínico de uma doente do sexo feminino, 59 anos, que recorreu ao Serviço de Urgência após crise inaugural de convulsão tónico-clónica generalizada, com queixas de aumento de volume periorbitário direito e febre desde há 1 semana. Apresentava à direita celulite orbitária e proptose ínfero-externa, com área de flutuação na parte medial da pálpebra superior, oftalmoplegia e quemose do olho direito acompanhada de rinorreia mucopurulenta. Realizou TC que demonstrou volumoso abcesso subperiosteal direito, ao nível da parede medial da órbita, tendo como ponto de partida aparente as células etmoidais anteriores homolaterais e seio frontal direito. Colocou-se a hipótese de mucopiocelo fronto-etmoidal. Foi submetida a drenagem de urgência do abcesso e a cirurgia endoscópica nasal com marsupialização da lesão fronto-etmoidal. Verificou-se resolução completa do quadro clínico. Apesar de consideradas lesões benignas, os mucocelos, apresentam potencial destrutivo, principalmente se infectados, necessitando, por vezes, de intervenção cirúrgica de urgência. A abordagem endoscópica destas lesões reafirma-se como tratamento de eleição.
Resumo:
Objetivos: Analisar dados demográficos, apresentação clínica, fatores de risco, opções terapêuticas e sobrevida de doentes com adenocarcinoma nasossinusal. Material e Métodos: Estudo retrospetivo de doentes com Adenocarcinoma Nasossinusal tratados entre 2000 e 2014, no IPOFGL. Resultados: Identificamos 33 doentes com diagnóstico de Adenocarcinoma. A idade média foi de 65.6 anos. A terapêutica mais comum foi cirurgia com radioterapia adjuvante. A sobrevida global e livre de doença aos 3 anos foi de 57.6% e 40.5%. A invasão do seio esfenoidal (p=0.038) e da base do crânio (p=0.003) influenciaram a sobrevida global. O desenvolvimento de metástases à distância teve impacto sobre a sobrevida livre de doença (p=0.01). Conclusões: Os Adenocarcinomas são tumores raros. A excisão da lesão toma um papel determinante no tratamento dos doentes. Na nossa amostra, a invasão do seio esfenoidal, da base do crânio e o desenvolvimento de metástases à distância estão associados a um pior prognóstico.