5 resultados para Consulta terapêutica

em Hospital Prof. Dr. Fernando Fonseca - Portugal


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Introdução: A monitorização remota (MR) apresenta diversas vantagens sendo uma delas o aumento do nível de satisfação dos doentes, utilizada como medida par avaliar os programas de seguimento remoto. Objetivo: Avaliar a satisfação dos doentes portadores de CDI ou CRT-D que realizem consulta de monitorização/seguimento remoto. Metodologia: Estudo observacional, descritivo e analítico com componente transversal. A recolha dos dados foi realizada telefonicamente, através da implementação de um questionário validado e adaptado aos objectivos do presente estudo durante o período compreendido entre 11 de março e 4 de abril de 2014. As questões foram essencialmente de resposta fechada, recaindo sobre a perceção e satisfação dos doente com MR, como nova metodologia de consulta. Resultados: A amostra contou com 54 inquiridos com um tempo médio de MR de 2.57 + 1.63 anos. 50% dos doentes referiram estar satisfeitos e 38.9% muito satisfeitos com a consulta de MR, sendo que 34 (63%) prefere esta consulta. Para além disso, 31.5% classificam a qualidade como sendo melhor do que a consulta presencial, enquanto 51.9% a classifica como de igual qualidade. Quanto ao sentimento de segurança e confiança, estes estão presentes em 94.4% e 88.9% das respostas dos inquiridos, respetivamente. Por fim, 88.9% dos doente continuaria a longo prazo, com a consulta à distância. Conclusão: A maioria dos doentes inquiridos responde estar satisfeita ou muito satisfeita com a consulta de MR. Quando comparada com a consulta presencial, a consulta à distância foi classificada como tendo uma qualidade igual ou superior/melhor. Existe uma enorme aceitação e preferência pelo novo sistema de MR, aliado à consulta presencial.

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Introdução: A doença de Behçet é uma vasculite inflamatória sistémica, de etiologia desconhecida, caraterizada por episódios de recidiva de úlceras orais e genitais, lesões oculares e cutâneas, podendo atingir virtualmente todos os sistemas. As manifestações oculares são comuns e com consequências visuais importantes. O objectivo deste trabalho foi analisar os parâmetros demográficos, manifestações clinicas, terapêutica e principais complicações em doentes com doença de Behçet ocular. Métodos: Estudo descritivo e retrospetivo, que incluiu 11 doentes com o diagnóstico de doença de Behçet, segundo os critérios do ISG, observados na consulta de Inflamação Ocular do Hospital Prof. Doutor Fernando da Fonseca nos últimos 3 anos. Resultados: Identificaram-se 11 doentes, 5 homens e 6 mulheres, todos caucasianos. A idade média ao diagnóstico foi de 33,45±6,49 anos. A manifestação ocular foi o primeiro sinal da doença em 2 doentes. Em 72,7% dos casos as manifestações oculares foram bilaterais. Identificaram-se 4 casos de panuveíte, 3 de uveíte posterior, 2 de uveíte anterior, 1 de queratite e 1 caso de episclerite. O glaucoma e a catarata foram a complicação ocular mais frequente. O tratamento sistémico incluiu a corticoterapia oral em associação com terapêutica adjuvante imunossupressora, sendo os mais utilizados a azatioprina e a ciclosporina. Em 3 doentes houve necessidade de terapêutica biológica com infliximab para controlo da doença. Conclusão: A manifestação ocular mais frequente foi a panuveite. Esta doença pode condicionar complicações oculares com diminuição irreversível da acuidade visual. A orientação destes doentes exige uma abordagem global e inter-disciplinar.

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A designação de polipo maligno significa a presença de um adenoma com um foco de carcinoma que invade a submucosa (carcinoma invasivo). Este tempo é habitualmente utilizado quando um polipo que foi ressecado por via endoscópica, se vem a comprovar, após exame histológico, conter carcinoma invasivo. A incidência de polipos malignos, removidos endoscopicamente, é em média de 4,7% (0,2-9,4%). O risco de malignidade está associado à dimensão, localização e configuração histológica. A abordagem terapêutica dum polipo maligno varia entre uma atitude conservadora, considerando a polipectomia tratamento adequado e suficiente e uma atitude cirúrgica de ressecção complementar, no caso contrário. A ressecção cirúrgica deverá tomar em conta os riscos potenciais de carcinoma residual e/ ou metastático da lesão excisada em comparação com o risco potencial, em termos de mobilidade e mortalidade, do próprio acto cirúrgico. A ressecção endoscópica de um polipo maligno pediculado, constitui habitualmente tratamento curativo, desde que esteja assegurada a sua excisão completa, com uma margem livre de ressecção e que o carcinoma não seja pouco diferenciado ou indiferenciado (grau III) e não exista invasão linfática ou vascular. O risco de doença metastática nesta situação é de 0,3%. Um polipo maligno sessil ressecado endoscopicamente possui maior risco de metastização (1,5%), mesmo com critérios histológicos favoráveis. A ressecção cirúrgica complementar deverá ser contemplada, em doentes cujo risco cirúrgico seja inferior ao risco de metastização. Cada caso deverá ser considerado individualmente, devendo a abordagem terapêutica ser devidamente ponderada pelos médicos intervenientes (gastrenterologista, anatomopatologista, cirurgião), em função dos riscos e beneficio de eventual ressecção cirúrgica complementar, após discussão com o doente e/ ou seus familiares.

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A doença cérebro-cardiovascular é uma realidade com taxas de prevalência preocupantes, onde a Hipertensão Arterial (HTA) apresenta-se como fator de risco primário no desenvolvimento daquela. Assim a adesão à terapêutica farmacológica da HTA é um fator importante para a redução da morbilidade e mortalidade associada às doenças cérebro-cardiovasculares, como o Enfarte Agudo do Miocárdio. A Enfermagem torna-se, assim, a ciência da saúde com bastante enfoque na promoção da saúde e prevenção de complicações em saúde. O objetivo compreende a identificação das estratégias utilizadas pela equipa multidisciplinar na promoção da adesão à terapêutica farmacológica, da pessoa com HTA em ambulatório, e como as mesmas se refletem na prática de cuidados. Nesta Revisão Sistemática da Literatura a formulação da questão de pesquisa está orientada pelo acrónimo PCC, envolvendo os seus constituintes: População – Pessoa com HTA; Conceito – Adesão à terapêutica farmacológica; Contexto – Ambulatório. Estabeleceram-se como critérios de inclusão Pessoas adultas com mais de 18 anos, com HTA diagnosticada, sob tratamento farmacológico, que não se encontrem internadas em unidades hospitalares. Tipos de Estudos primários, publicados na língua portuguesa, inglesa e espanhola num período estabelecido entre janeiro de 2005 e fevereiro de 2016 e que investigam o impacto de intervenções da equipa multidisciplinar de saúde, na adesão à terapêutica farmacológica da HTA. Os estudos apresentam como resultados a efetiva diminuição da TA e aumento da AT farmacológica em que são definidas como estratégias a Melhoria de atitudes e crenças sobre a saúde, Aceitação da intervenção como apoio com relevância à alteração de comportamentos em saúde e à melhoria da adesão à terapêutica e respeito individual e de cuidados individualizados, com impacto na melhoria da adesão à terapêutica.

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Os cuidados de saúde sempre se pautaram por uma indissociável ligação ao constante desenvolvimento do conhecimento científico médico e de enfermagem, com a particularidade de, nos últimos anos, ter sido acompanhado por um desenvolvimento biotecnológico que tem permitido melhorar a qualidade de vida dos portadores de doença crónica, nomeadamente os indivíduos com patologia cardíaca. Através da evolução dos dispositivos implantáveis como pacemakers, cardioversores desfibrilhadores e geradores de ressincronização cardíaca, foi possível prolongar a vida e melhorar a sua qualidade em doenças que no início do século XX matavam muitas pessoas. Apesar da implantação destes dispositivos não implicar uma alteração importante no estilo de vida, está inerente a algumas preocupações e sentimentos de ansiedade, relacionadas sobretudo com as actividades de vida diária. Estas preocupações e focos de ansiedade podem resultar de mitos, falta de informação e desenvolvimento de ideias erradas acerca da vida enquanto portador de um dispositivo (BEERY et al., 2002; WOOD & ELLENBOGEN, 2002; WOODRUFF & PRUDENTE, 2005; MALM et al., 2007). O principal foco do desenvolvimento de mitos relacionados com a vida enquanto portadores de dispositivos de pacing e desfibrilhação, está relacionado com a (des)informação fornecida por não profissionais de saúde que integram o circulo social do doente, nomeadamente familiares, vizinhos e outros (BEERY et al., 2002; MALM & HALLBERG, 2006). A equipa de enfermagem do Serviço de Cardiologia do Hospital Fernando Fonseca mantém em funcionamento a consulta de enfermagem ao doente portador de pacemaker e/ou CDI desde há cerca de 18 anos. Nos últimos anos foram sendo realizadas algumas alterações no sentido de melhorar a consulta e os cuidados prestados a estes doentes.