2 resultados para Lesão cerebral
em Universidade Técnica de Lisboa
Resumo:
O presente relatório descreve as atividades no âmbito do Ramo de Aprofundamento de Competências Profissionais, do Mestrado em Reabilitação Psicomotora, na Faculdade de Motricidade Humana. Desta forma, tem como objetivo primordial apresentar o desempenho prático no âmbito do estágio decorrido na Casa de Saúde da Idanha, na área de Lesão Cerebral e Gerontopsiquiatria e Reabilitação Cognitiva. Este documento é constituído pelo enquadramento institucional, seguido do enquadramento teórico, focado na Saúde Mental, Envelhecimento normal e patológico e na Intervenção psicomotora nestas áreas. Como parte integrante do relatório, estão presentes dois Estudos de Caso, individual e de grupo, com as avaliações iniciais, planos e processos de intervenção psicomotora, assim como as avaliações e reflexões críticas finais. O objetivo destas intervenções focou-se na promoção da autonomia e funcionalidade psicomotora de cada um dos utentes. Tendo-se revelado resultados positivos na avaliação final, validando-se o papel fundamental que a Psicomotricidade tem no envelhecimento patológico, permitindo suavizar a detiorização [sic] cognitiva, sensorial, psicomotora e social inerente ao envelhecimento. É ainda apresentado o Projeto Jardim Terapêutico para Pessoas com Demências. Por fim, é possível afirmar que os objetivos iniciais do estágio foram cumpridos, tendo sido uma experiência enriquecedora, onde houve espaço para ter autonomia de intervenção e aprofundar e adquirir novos conhecimentos na área da Psicomotricidade da saúde mental e envelhecimento.
Resumo:
Tipo de Estudo: Revisão. Temática: Efeito do exercício na biomecânica da locomoção de crianças e adolescentes com paralisia cerebral que apresentam marcha em agachamento (designada como “crouch gait”). Objetivos: 1) verificar e analisar as metodologias de programas de treino de força que, combinados ou não com outros programas de treino, exercícios ou intervenções, visam melhorar o padrão da marcha e a funcionalidade destes indivíduos; 2) tendo por base os resultados do primeiro objetivo, compilar uma bateria de exercícios e propôr um exemplo de plano de treino adequado a esta população. Métodos: Usou-se o PICOS para a definição de uma estratégia de busca segura e confiável. A “PubMed”, “Cochrane” e “Web of Knowledge", foram as bases de dados selecionadas e utilizadas. A pesquisa aconteceu na Faculdade de Motricidade Humana e no Hospital de Santa Maria em Lisboa. A seleção final dos artigos decorreu no mês de Janeiro, durante uma semana, e foi realizada e rastreada por dois investigadores de forma diferente. Incluíram-se nesta revisão estudos randomizados e controlados, com crianças e adolescentes com paralisia cerebral e que apresentam “crouch gait”, e nos quais foram utilizados protocolos de exercício como método de intervenção nesta população, tendo em vista a melhoria do padrão de marcha. Resultados: Da pesquisa inicial resultaram 223 estudos. Com a leitura dos resumos, selecionaram-se 96. Excluíram-se 85 porque apenas 11 cumpriram com todos os critérios de eligibilidade. Foi avaliada a qualidade metodológica destes 11 estudos com a escala PEDro e excluíram-se 3, resultando em 8 artigos como potenciais estudos para a revisão. Discussão: Um melhor alinhamento biomecânico e a obtenção de uma base mais estável podem afetar positivamente a função da marcha nestas crianças. O treino da força, sozinho, nem sempre melhora a capacidade da marcha. A melhoria da marcha advém dos efeitos e resultados significativos da força muscular, da amplitude de movimento articular, da diminuição da espasticidade, da regulação do tónus e da melhoria do equilíbrio e da postura. Conclusão: O treino da força não é uma contra indicação para estes indivíduos. Este oferece efeitos benéficos para a melhoria das suas funcionalidades. Para um efeito significativo, a intervenção deve ser superior a seis (6) semanas.