1 resultado para Mobilidade física

em Universidade dos Açores - Portugal


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Afirmar-se que hoje existe mais indisciplina nas escolas do que aquela que existia no passado é já um discurso ritual em educadores e educandos. Embora se admita algum empolamento nessa afirmação, a verdade é que esta problemática está na ordem do dia. A frequência e a visibilidade de actos perturbadores do processo pedagógico, que no limite visam o professor na sua pessoa e na sua autoridade, catapultam-nos para o conjunto de preocupações centrais da comunidade educativa. Este trabalho procura dar conta de como professores de Educação Física e alunos dos Açores entendem e classificam o fenómeno. Procura perceber qual a orientação predominante que tomam os comportamentos de indisciplina num ambiente de aula com maior mobilidade e com actividades que por vezes apelam a contacto físico e/ou envolvem a produção de barulhos, aspectos, entre outros, que distinguem as aulas de Educação Física da maioria das restantes disciplinas escolares. Participaram no estudo 4 199 alunos dos 2° e 3° Ciclos do Ensino Básico e do Ensino secundário e 117 professores distribuídos por 30 escolas do Arquipélago dos Açores. As representações acerca da indisciplina em aulas de Educação Física foram estudadas através de inquérito por questionário. Os resultados evidenciam que no entendimento e na classificação do fenómeno da indisciplina a dimensão relacional surge de forma continuada tanto em professores como em alunos, apesar de algumas diferenças encontradas entre as concepções destes dois grupos. Verificou-se também que, na perspectiva dos alunos, os comportamentos mais graves são os que implicam colisão com a pessoa do professor. Contudo, em regra, os professores parecem deter um juízo de eficácia positivo acerca das suas actuações disciplinares.