2 resultados para Cosmos (Botany)

em Universidade dos Açores - Portugal


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The paper focuses on the importance of Darwin’s work for the shaping of Henri Bergson’s philosophy, bearing on mind that the two authors first intercepted symbolically in 1859, when On the Origin of Species was published and Bergson was born. Bergson studied the biological sciences of his time, whose results were integrated in a metaphysical thought. He belonged to spiritualistic positivism, a philosophy that goes from the positive data of sciences and finds the ultimate explanation of reality in a spiritual principle. He was interested in the positive evolution of the natural world and in the works of naturalists such as Lamarck, De Vries or Eimer. Darwin was among these authors, being responsible for a vision of evolution that went from the scientific level to other domains. Bergson defends the “insufficiency of pure Darwinism” by pointing out the necessity to compensate scientific evolution with an internal metaphysical reading of the real, which he considered to be “true evolutionism”. This criticism is the most visible aspect of the relations between both works. However, an attentive look verifies that Darwin’s influence overcomes the divergence of positions concerning the extent of “evolution”. The French philosopher knew not only the 1859’s bestseller, but also studies by Darwin about ethology, entomology and botany, which contributed to the fact that the naturalist’s impact gained fundamental importance in Bergson’s philosophical perspective.

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(...) Tal como os babilónios, os maias do México e da América Central criaram um sistema de numeração posicional. A diferença é que o sistema era vigesimal, de base 20. Os maias também recorriam ao zero para a escrita dos números e utilizavam dois tipos de dígitos (...) O sistema de numeração indiano acabou por evoluir de um sistema do tipo grego para um sistema do tipo babilónico (...) Os indianos encararam com naturalidade a existência de números negativos, bem como da reta numérica em que o zero assumia finalmente o estatuto de número com a posição estratégica de separar os números positivos dos negativos. (...) A própria palavra “zero” tem raízes hindu-árabes. O nome indiano para zero era sunya, que significava “vazio”. Os árabes transformaram-no em sifr. Por sua vez, os ocidentais adotaram uma designação que soasse a latim – zephirus, que é a raiz da nossa palavra “zero”. (...) No Ocidente, o medo do infinito e o horror ao vazio perpetuaram-se durante séculos. Partindo do universo pitagórico, Aristóteles e Ptolemeu defendiam um cosmos finito em extensão, mas cheio de matéria. O universo estava contido numa “casca de noz” revestida pela esfera das estrelas fixas. (...) A falta do zero não só impediu o desenvolvimento da Matemática no Ocidente como, indiretamente, introduziu alguma confusão no nosso calendário. Todos nos lembramos das dúvidas que surgiram com a viragem recente de século e milénio: deveríamos festejar a mudança de século e milénio na passagem de ano de 1999 para 2000 ou de 2000 para 2001? A resposta correta é a segunda opção e a justificação é simples: o nosso calendário não contempla o zero. (...) Com o Renascimento, o universo de casca de noz partiu-se, o vazio e o infinito ultrapassaram por completo os preconceitos da fundação aristotélica da Igreja e abriram caminho para um desenvolvimento notável da ciência e, em particular, da Matemática. O zero assumiu um papel chave no desenvolvimento de várias áreas da Matemática, entre elas destaca-se o cálculo diferencial e integral. O edifício matemático, que outrora tinha sido alicerçado partindo da necessidade de contar ovelhas e demarcar propriedades, erguia-se agora bem alto: as regras da Natureza podiam ser descritas por equações e a Matemática era a chave para desvendar os segredos do Universo. (...) O zero não pode ser ignorado. De facto, o zero está na base de muitos dos segredos do Universo, a desvendar neste novo milénio.