2 resultados para validade de conteúdo
em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Resumo:
Face ao crescente índice de envelhecimento e às alterações motoras da fala decorrentes, torna-se emergente a validação de instrumentos de recolha e análise das características da produção dos sons da fala de adultos. Os objetivos deste estudo foram verificar se o texto foneticamente equilibrado (TFE) “O Sol” contém os fone(ma)s na mesma frequência de ocorrência do discurso espontâneo, recorrendose aos corpus PF_fone e FrePOP e determinar a sensibilidade do TFE “O Sol” às variações dialetais do português-europeu (PE). Uma população de 55 sujeitos normofalantes, com uma média de idades de 29 anos num intervalo entre [18 – 58] anos, leram em voz alta o TFE “O Sol”. As amostras foram recolhidas com um gravador Sony linear PCM-D50 (96KHz/24bit). A frequência relativa (Fr) dos fones do TFE “O Sol” foi comparada com a Fr dos dois corpus de referência, sendo o limiar de aceitação estabelecido, maior ou igual a -0,05. A frequência absoluta (Fa) dos fones do TFE “O Sol” foi comparada em função do dialeto dos sujeitos. Verificou-se que a Fr de 30 dos 38 fones do TFE “O Sol” são iguais ou superiores ao limiar de aceitação. A Fa de 6 dos 38 fones foi diferente significativamente (p<0,05) nos três dialetos. Concluindo, o TFE “O Sol” apresenta todos os fones do PE, sendo 78.9% numa frequência de ocorrência próxima à do discurso espontâneo, estando assim asseguradas as validades de conteúdo, de construção e concorrente. O TFE “O Sol” pode ser aplicado em sujeitos dos três dialetos do PE por apresentar sensibilidade a estes.
Resumo:
Introdução:O envelhecimento pressupõe alterações no organismo, sendo fundamental a medição das limitações da funcionalidade e da incapacidade na execução de tarefas individuais e sociais por parte dos idosos. As guidelines da ACSM enfatizam que os idosos obtêm benefícios na saúde com a realização de atividade física regular. Objetivo: Adaptar e validar para a cultura portuguesa a Late-Life Function and Disability Instrument (LLFDI). Material e Métodos: A versão portuguesa foi obtida através de um processo de metodologia sequencial. Para avaliar a validade e fiabilidade, esta versão foi administrada a 619 idosos (72±9). Destes, 77 foram submetidos a uma intervenção de fisioterapia com base em dois programas de exercícios, para determinar o poder de resposta. Resultados: Após obtenção da equivalência semântica e de conteúdo, a versão portuguesa da LLFDI demonstrou valores elevados de reprodutibilidade (CCI_função > 0,8 e CCI_incapacidade > 0,7) e níveis bastantes aceitáveis de consistência interna (α Cronbach > 0,82). As correlações obtidas entre a LLFDI e o MOS SF-36 são moderadas a altas. A análise fatorial confirmatória demonstra um modelo ajustado para a componente função (relações positivas e muito fortes) e incapacidade (relações no limiar da aceitabilidade). O Poder de resposta de 4 semanas, demonstrou valores de ESS <0,30 (função) e <0,28 (incapacidade). Os valores de RMS encontram-se entre 0,40 e 0,72 (função) e entre 0,27 e 0,59 (incapacidade). Conclusões: A versão portuguesa da LLFDI demonstrou valores aceitáveis de validade e fiabilidade, revelando valores baixos de poder de resposta.