2 resultados para Terapia manual

em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal


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A introdução na rotina da prática clínica de medidas de avaliação de resultados centradas no paciente permite a identificação de problemas físicos e psicológicos, a monitorização da evolução e impacto provocado no estado de saúde e possibilita a adequação dos cuidados e verificação da sua efetividade. Objetivos: Avaliar estado de saúde e mudanças ocorridas após processo de cuidados de fisioterapia. Material e métodos: Efetuou‐se um estudo de desenho longitudinal e preditivo em 511 indivíduos utilizadores do Serviço de Fisioterapia do Hospital da Misericórdia da Mealhada, avaliados no início e no fim do tratamento. Do protocolo constava a medida de estado de saúde MOS SF‐36 e o índice de saúde SF-6D. Resultados: Observaram-se melhorias significativas do estado de saúde dos indivíduos entre o início e o fim do tratamento. Houve grande variabilidade de tratamentos realizados com predominância dos agentes físicos, terapia manual e terapia pelo movimento. Não se encontraram fatores preditivos para as mudanças de estado de saúde ocorridas. Conclusões: A criação de um sistema de recolha de dados reportados pelo paciente é necessário para a melhoria dos cuidados, bem como a sustentação dos mesmos na prática baseada na evidência.

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Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) e a fibrilhação auricular (FA) coexistem frequentemente e estão associadas a elevada morbilidade e mortalidade. O impacto da terapia de ressincronização cardíaca (TRC) nestes doentes é incerto. Também a influência da ablação auriculoventricular (AV) continua por esclarecer. Objetivo: Combinar os resultados da melhor evidência científica de forma a comparar os efeitos da TRC em doentes com IC em FA e em ritmo sinusal (RS) e determinar a influência da ablação AV no grupo de doentes em FA. Métodos: A pesquisa realizou-se nas bases de dados eletrónicas da PubMed, B-On e CENTRAL e de forma manual, incluindo ensaios clínicos controlados randomizados e estudos de coorte até novembro de 2012. Analisou-se a mortalidade total e cardiovascular e a resposta à TRC. Resultados: Foram incluídos 19 estudos que envolveram 5324 pacientes: 1399 em FA e 3925 em RS. O grupo com doentes em FA apresenta maior risco de mortalidade total, comparativamente ao grupo de doentes em RS (OR = 1,69; IC 1,20–2,37, p = 0,002). Não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas quanto à mortalidade cardiovascular (OR = 1,36, IC 0,92–2,01, p = 0,12). A não resposta à TRC foi maior no grupo em FA (OR = 1,41; IC 1,15–1,73; p = 0,001). Entre os indivíduos em FA, a ablação do nódulo auriculoventricular foi associada à redução da mortalidade total (OR = 0,42; IC 0,22–0,80; p = 0,008), mortalidade cardiovascular (OR = 0,39; IC 0,20–0,75; p = 0,005) e número de não respondedores à TRC (OR = 0,30; IC 0,10–0,90; p = 0,03). Conclusão: A presença de FA está associada a maior probabilidade de morte por todas as causas e de não resposta à TRC, comparativamente aos doentes em RS. Contudo, um número significativo de doentes em FA beneficia da TRC. A ablação AV parece aumentar os benefícios da TRC nos doentes com FA.