3 resultados para Sensibilidade térmica
em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Estudo do comportamento térmico de edifícios : análise da influência da orientação e inércia térmica
Resumo:
A recente transposição da directiva europeia relativa ao Desempenho Energético dos Edifícios (2002/91/CE) e posteriormente a (2010/31/EU) pelo Decreto-Lei n.º 118/2013 de 20 de Agosto, incluiu num único diploma o Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE), o Regulamento do Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH) e o Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS), introduzindo desta forma novos parâmetros de conforto interior para os edifícios a construir em Portugal. A necessidade e a curiosidade em aprofundar o estudo do desempenho energético de edifícios, em particular em dois parâmetros que influenciam o cálculo, a inércia térmica e a orientação solar, esteve na base da escolha deste trabalho. Neste sentido foram estudadas várias soluções construtivas correntes da nossa construção para se conseguir compreender a variação da inércia térmica das duas moradias em estudo e assim determinar a influência que tem a inércia térmica no conforto interior. Foi também tido em conta neste estudo, a variação da orientação solar e a sua influência nos ganhos térmicos para a estação de aquecimento e arrefecimento. Deste modo conseguiu-se aferir a influência que a energia solar tem nos cálculos do conforto interior para as várias orientações solares. Por curiosidade calcularam-se também os dados das moradias sem obstruções solares de modo a fazer uma comparação com e sem os elementos que provocam sombreamento nos vãos solares. Por último utilizou-se o software Design Builder para fazer a simulação dinâmica das moradias e comparar com os resultados obtidos do cálculo regulamentar do REH.
Resumo:
Nas administrações rodoviárias as questões orçamentais sofreram alguma pressão nos últimos anos devido, essencialmente, à crise económica instalada em Portugal. Por causa disso, os recursos para a construção de novas estradas diminuiu substancialmente, levando a que as verbas disponíveis para a conservação e reabilitação de estradas já existentes tenham sido muito reduzidas. Para que seja possível manter os pavimentos já existentes num estado que forneça conforto e segurança aos utilizadores, compatível com as disponibilidades orçamentais, é necessária a criação de Sistemas de Gestão de Pavimentos (SGP). Com este tipo de sistemas consegue monitorizar-se de forma mais adequada as redes rodoviárias, uma vez que pode determinar-se quais os trechos das redes a intervencionar em primeiro lugar, com recurso a Sistemas de Avaliação de Qualidade e Métodos de Apoio à Decisão. Atuando de maneira preventiva, impede-se que as degradações dos pavimentos avancem muito, reduzindo, assim, os custos totais associados à utilização das vias e às ações de conservação. Nesta dissertação é apresentada uma metodologia simples de apoiar a resolução dos problemas relacionados com a gestão da conservação dos pavimentos das redes rodoviárias dos pequenos municípios, através da realização de uma inspeção visual dos pavimentos. O levantamento da informação permite determinar os índices de qualidade dos mesmos, através do método da AASTHO, e estimar, de forma aproximada, a evolução do estado dos pavimentos num horizonte até 10 anos. A utilização de uma metodologia simples de apoio à decisão, ajuda a decidir quando e de que forma intervir durante o período de análise, de forma a ser possível prever os custos de intervenção e a sua atribuição à rede ao longo do período de análise. Aplicou-se a metodologia que se apresenta a um caso de estudo, referente a um itinerário com cerca de 11 km de extensão, da rede rodoviária da cidade de Coimbra, de modo a demonstrar a aplicabilidade prática da metodologia, mesmo quando se dispõe de poucos recursos. Para a previsão da evolução das patologias, utilizou-se o modelo determinístico da AASTHO, para o caso de trechos com tráfego de pesados significativo, e cadeias de Markov, um modelo probabilístico, para os trechos sem tráfego de pesados com significado. O caso prático possibilitou a realização de algumas análises de sensibilidade, considerando a variação de vários dos parâmetros envolvidos na avaliação da qualidade, na previsão do comportamento dos pavimentos, e na análise de custos.
Resumo:
Face ao crescente índice de envelhecimento e às alterações motoras da fala decorrentes, torna-se emergente a validação de instrumentos de recolha e análise das características da produção dos sons da fala de adultos. Os objetivos deste estudo foram verificar se o texto foneticamente equilibrado (TFE) “O Sol” contém os fone(ma)s na mesma frequência de ocorrência do discurso espontâneo, recorrendose aos corpus PF_fone e FrePOP e determinar a sensibilidade do TFE “O Sol” às variações dialetais do português-europeu (PE). Uma população de 55 sujeitos normofalantes, com uma média de idades de 29 anos num intervalo entre [18 – 58] anos, leram em voz alta o TFE “O Sol”. As amostras foram recolhidas com um gravador Sony linear PCM-D50 (96KHz/24bit). A frequência relativa (Fr) dos fones do TFE “O Sol” foi comparada com a Fr dos dois corpus de referência, sendo o limiar de aceitação estabelecido, maior ou igual a -0,05. A frequência absoluta (Fa) dos fones do TFE “O Sol” foi comparada em função do dialeto dos sujeitos. Verificou-se que a Fr de 30 dos 38 fones do TFE “O Sol” são iguais ou superiores ao limiar de aceitação. A Fa de 6 dos 38 fones foi diferente significativamente (p<0,05) nos três dialetos. Concluindo, o TFE “O Sol” apresenta todos os fones do PE, sendo 78.9% numa frequência de ocorrência próxima à do discurso espontâneo, estando assim asseguradas as validades de conteúdo, de construção e concorrente. O TFE “O Sol” pode ser aplicado em sujeitos dos três dialetos do PE por apresentar sensibilidade a estes.