4 resultados para Síndrome da morte súbita

em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal


Relevância:

90.00% 90.00%

Publicador:

Resumo:

Os distúrbios respiratórios do sono têm vindo a ter cada vez mais importância na comunidade médica, sendo que, atualmente os métodos de diagnóstico e de tratamento estão bem desenvolvidos, no entanto, a população não está sensibilizada para esta doença. Vários estudos têm vindo a ser elaborados com intuito de averiguar quais os riscos dos distúrbios respiratórios do sono e qual a sua morbilidade e mortalidade. Por isso, surgiu a ideia de realizar uma meta-análise que demonstrasse a real incidência de eventos cardiovasculares associados a esta doença. O objetivo principal deste estudo foi verificar se a Síndrome da Apneia do Sono (SAS) aumenta o risco de morte e o objetivo secundário foi avaliar a sua morbilidade, no que respeita às doenças cardiovasculares e ao número de hospitalizações. Foi realizada uma revisão sistemática e um meta-análise da literatura publicada. A pesquisa incidiu em estudos que comparassem o número de mortes em doentes com SAS não tratada e em doentes sem SAS. A metologia utilizada foi baseada nas normas do grupo "PRISMA". A meta-análise foi realizada com base em 13 artigos, o que correspondeu a um total de 13216 participantes divididos em dois grupos, sem SAS (n=6542) e com SAS (n=6674). No que diz respeito à mortalidade total e à mortalidade por causas cardíacas, a meta-análise revelou uma clara associação da SAS com a ocorrência de eventos fatais nos vários modelos analíticos utilizados, correspondendo a presença de SAS a um risco de morte 61% superior para a mortalidade total (OR=1.61; IC: 1.43 - 1.81;p<0.00001), sendo o risco de morte por causas cardíacas 2.56 vezes maior nestes doentes (OR=2.56; IC: 1.78 - 3.70; p<0.00001). Resultado semelhante foi obtido para a mortalidade por outras causas (OR= 1.68; IC: 1.08 - 2.61; p=0.02). Para os restantes outcomes obtiveram-se resultados semelhantes: os eventos cardiovasculares não fatais foram superiores no grupo com SAS (OR=2.46; IC: 1.80 – 3.36; P<0.00001); o tempo médio de dias hospitalizados foi também superior nos doentes com SAS, correspondendo uma duração média 18.09 dias superior nestes doentes comparativamente ao grupo sem SAS (IV=18.09; IC: 13.34 – 22.84; P<0.00001). Os resultados revelam inequivocamente que a presença de SAS não tratada aumenta significativamente o risco de morte, o risco de eventos cardiovasculares e a duração média de internamentos, na circunstância de hospitalizações por qualquer causa.

Relevância:

80.00% 80.00%

Publicador:

Resumo:

Objetivo: Verificar se os benefícios da TRC nos pacientes em FA são semelhantes aos benefícios nos pacientes em RS. População e Métodos: Estudaram-se 397 pacientes (137 em FA e 260 em RS), com ICC refratária à terapêutica médica, nos quais foi implantado um sistema para TRC, em 4 centros distintos. Incluíram-se os pacientes que, antes do procedimento, apresentavam FEVE ≤ 35% e perturbação da condução, com um QRS≥ 120ms e estivessem em Classe NYHA II a IV. Foram recolhidos os dados relativos às diversas características clínicas, eletrocardiográficas e ecocardiográficas dos pacientes antes da implantação e após o período de seguimento. Registaram-se ainda o número de internamentos por descompensação de IC, mortes e de MACE, ocorridos no período de seguimento. Avaliou-se a ocorrência de resposta ecocardiográfica e clínica (melhoria ≥ 1 classe NYHA). Resultados: Ambos os grupos apresentaram melhorias significativas e comparáveis a nível ecocardiográfico na remodelagem inversa e função ventricular e a nível clínico na classe funcional NYHA. Os pacientes com RS apresentaram redução significativa nos internamentos e maior sobrevida. Nos pacientes em FA, observou-se uma maior ocorrência de MACE. Quando se procedeu a ablação NAV nos pacientes em FA, obteve-se uma sobrevida para mortalidade total comparável à do RS. Por análise univariada, a presença de FA, a ausência de ablação NAV, género masculino, história familiar de morte súbita são preditores de mortalidade total e MACE. A história familiar de morte súbita e a HTP foram preditores de morte cardíaca. Na análise multivariada, apenas a idade, presença de FA, FEVE e NYHA pós-TRC foram preditores de mortalidade total. Os preditores de mortalidade cardíaca foram a FEVE, NYHA e diâmetro TD do VE pós-TRC. A FEVE e o diâmetro e volumes telesistólicos após a TRC revelaram-se capazes de predizer a resposta clínica pela melhoria da classe funcional NYHA Conclusão: Os pacientes em FA submetidos a TRC têm uma sobrevida semelhante aos pacientes em RS, se forem submetidos a ablação NAV. Porém, os benefícios na capacidade funcional e a nível ecocardiográfico são semelhantes aos pacientes em RS, independentemente da preseça da ablação NAV.

Relevância:

80.00% 80.00%

Publicador:

Resumo:

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é uma doença frequente e com considerável aumento de prevalência, já designada como sendo a epidemia do século XXI. Os doentes com IC manifestam uma alta taxa de mortalidade cardiovascular, em que as arritmias ventriculares malignas estão envolvidas. A remodelagem estrutural e elétrica nos portadores de IC levam a alterações eletromecânicas que desencadeiam a dissincronia cardíaca e natural agravamento da doença, provocando o aumento da predisposição para o aparecimento de arritmias e consequentemente aumento do risco de morte súbita. Objetivo: Caracterização dos doentes com IC seguidos na consulta de ICC do Centro Hospital Leiria-Pombal (CHLP) e avaliação da ocorrência dos eventos cardiovasculares. Avaliação dos parâmetros de repolarização ventricular e o seu contributo no aumento da suscetibilidade a arritmias malignas e/ou morte súbita. Métodos: Selecionou-se um grupo de 130 indivíduos inscritos na consulta externa de ICC-Avançada do CHLP, avaliando-se durante uma média de 42,15 meses de follow-up. Caracterizou-se a amostra quanto aos dados clínicos (anamnese clinica, analises e exames complementares de diagnóstico) e parâmetros de repolarização ventricular (QT, QTc, Tpeack-Tend). Os indivíduos em FA forem classificados quanto ao risco trombótico CHADS2 e CHA2DS2VAS. Quanto aos eventos hospitalares agrupou-se a amostra em Com MACE e Sem MACE. Resultados: Verificou-se que 76,2% da amostra é do sexo masculino, com uma média de idades de 65,9 ±14,8, a etiologia da IC mais comum nesta amostra foi a HTA e a isquémica (n=41 e n=39, respetivamente); segundo a classificação de NYHA 64,6% encontra-se em grau II; 43,1% da amostra encontra-se em FA. Dos 84 indivíduos com avaliação da FEVE, 42,7% tinham a FEVE bastante diminuída e 40,4% depressão ligeira/moderada da FEVE. 10,8% dos indivíduos da amostra foi tratado com ressincronização cardíaca. Durante o follow-up foram registadas 1.479 admissões hospitalares, das quais 1.039 são no serviço de urgência e 182 no serviço de cardiologia. 12,3% da amostra faleceu durante a recolha de dados. A mortalidade total foi influenciada, com significado estatístico (p<0,05), pela idade, QTc, Tpeack-end, total de internamentos, admissões no serviço de urgência, creatinina, ureia e pela TFG. As determinantes independentes para a mortalidade foram a dislipidémia e o total de internamentos, sendo que a idade se revelou tendencialmente significativa. As variáveis TFG, HTA, os antecedentes familiares cardíacos e a terapêutica sem sinvastatina revelaram-se marginalmente significativos para a variável MACE. Os indivíduos com IC mais idosos, com maior percentagem de peso, com diabetes e com alterações na creatinina e TFG revelaram relação estatística com a admissão num dos serviços de internamento. A duração do QRS, do QTC, do Tpeack-Tend e a terapêutica sem anticoagulantes revelaram-se marginalmente significativos na necessidade de internamento hospitalar. Em relação aos doentes em FA segundo a classificação em CHa2DS2VASC e CHADS2 verificou-se que 76,8% da amostra e 48,2% (respetivamente) encontrava-se num score acima do 3. Verificou-se um aumento tendencialmente exponencial em relação ao risco de morte com o aumento do score de CHADS2, bem como a relação direta com o aumento da probabilidade de eventos cardiovasculares. Conclusões: Os portadores de IC são um grupo de doentes peculiares; em que a remodelagem estrutura e elétrica proporciona modificações que culminam no aumento da predisposição para o surgimento de arritmias e consequente aumento de risco de morte súbita.

Relevância:

80.00% 80.00%

Publicador:

Resumo:

Intracranial lipomas represent less than 0.1% of all intracranial tumors. They are usually located in the callus area and often asymptomatic. This paper presents a sudden death case after an episode of convulsions on a 39 years old woman with a history of migraines and seizures since adolescence. The autopsy revealed the presence of an undiagnosed massive brain lipoma (60 × 35 mm) associated with atrophy of the corpus callosum. Although very rare and seldom malignant these may be associated with seizures and sudden death.