2 resultados para Neoplasias hepáticas
em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Resumo:
BACKGROUND: Treatment of patients with severe liver dysfunction including hyperbilirubinemia secondary to liver metastases of gastrointestinal (GI) cancer is challenging. Regimen of oxaliplatin and fluoropyrimidine (FP)/folinic acid (FA) ± a monoclonal antibody (moAb), represents a feasible option considering the pharmacokinetics. Clinical data on the respective dosage and tolerability are limited and no recommendations are available. METHODS: Consecutive patients with severe hyperbilirubinemia [>2 × upper limit of the normal range (ULN) and >2.4 mg/dl] due to liver metastases of GI cancer without options for drainage receiving oxaliplatin, FP/FA ± moAb were analyzed. To collect further data a review of the literature was performed. RESULTS: A total of 12 patients were identified between 2011 and 2015. At treatment start, median bilirubin level was 6.1 mg/dl (>5 × ULN, range 2.7-13.6). The majority of patients (n = 11) received dose-reduced regimen with oxaliplatin (60-76%) and FP/FA (0-77%), rapidly escalating to full dose regimen. During treatment, bilirubin levels dropped more than 50% within 8 weeks or normalized within 12 weeks in 6 patients (responders). Median overall survival was 5.75 months (range 1.0-16.0 months) but was significantly prolonged in responders compared to nonresponders [9.7 and 3.0 months, p = 0.026 (two-sided test); 95% confidence interval (CI): 1.10-10.22]. In addition, case reports or series comprising a further 26 patients could be identified. Based on the obtained data a treatment algorithm was developed. CONCLUSION: Treatment with oxaliplatin, FP/FA ± moAb is feasible and may derive relevant benefits in patients with severe liver dysfunction caused by GI cancer liver metastases without further options of drainage.
Resumo:
A Medicina Nuclear (MN) permite investigar o estado fisiológico dos tecidos de forma minimamente invasiva, usando radiofármacos (rf’s), moléculas compostas por um análogo biológico específico desses processos fisiológicos e um marcador radioativo (radionuclídeo). PET/CT (do acrónimo inglês Positron Emission Tomography/Computed Tomography), uma das modalidades de imagem em MN, está a expandir-se rapidamente em muitos Países. As imagens obtidas revelam a biodistribuição dos rf’s usados e permitem conhecer a sua distribuição precisa no organismo. 18F-Fluorodesoxiglicose (FDG), um análogo da glicose, é o rf mais comumente utilizado, isto porque em neoplasias as células são geralmente caracterizadas pelo aumento do metabolismo da glicose. A quantificação realizada em imagens de PET, tem por base uma estimativa quantitativa do metabolismo da glicose no tumor, utilizando o índice de captação estandardizado, SUV (do acrónimo inglês Standard Uptake Value). A realização de estudos dinâmicos em PET/CT, isto é, realizados em sequência temporal imediatamente após a administração endovenosa do rf e, durante um período de tempo pré-determinado (por exemplo, 15 minutos) permite que o registo da cinética inicial dos rf’s seja estudado. A análise dos dados obtidos com o estudo dinâmico permite compreender o grau e a perfusão tumoral. Habitualmente, quanto maior a captação de 18F-FDG num tumor, maior é a sua atividade metabólica glicolítica, o que tem sido traduzido em maior agressividade tumoral. Nesta investigação, realizaram-se estudos dinâmicos num grupo restrito de patologias oncológicas, nomeadamente: carcinoma da bexiga, carcinoma do colo do útero, carcinoma colorretal, carcinoma do endométrio, metástases hepáticas e adenocarcinoma pancreático. Realizaram-se estudos dinâmicos durante cerca de 10/15 minutos, com 1minuto por frame. O objetivo desta Investigação é tentar compreender se, tumores com maior perfusão respondem melhor à Radioterapia (RT), ou se, a resposta é independente da perfusão. Para avaliar os valores de SUV’s ao longo tempo, realizaram-se ROI’s (do acrónimo inglês Region of Interest), nas artérias femorais ou aorta e na lesão tumoral. Com estes dados, criaram-se gráficos de atividade/tempo onde, no eixo das abcissas é representado o tempo e no eixo das ordenadas os valores de SUV. A partir destes gráficos e dos dados neles contidos, calculou-se o Índice de Perfusão Tumoral através de 2 métodos: A, Método Trapezoidal de Aproximação que relaciona a razão entre a área perfusional do tumor e a área de fluxo arterial, até ao momento do cruzamento das curvas; B, mais simples, calculando o Índice de Perfusão do Tumor através da razão entre o valor de SUV máximo da curva tumoral e da curva arterial até ao momento do cruzamento das curvas. O Método de Comparação de Métodos de Altman&Bland, revelou que tanto o método A como o método B são semelhantes para o cálculo do Índice de Perfusão Tumoral. Em conclusão, apesar do número reduzido de indivíduos estudados, os dados apresentados indicam que existe uma tendência para que haja melhor resposta à RT por parte dos tumores com maior índice metabólico e maior índice de perfusão. Os tumores com menor índice metabólico e menor grau perfusional parece que respondem pior à RT.