3 resultados para Núcleo de Apoio à Saúde da Família
em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Resumo:
“Cuidar de Quem Cuida” foi um projecto de intervenção no âmbito da educação para a saúde, que teve como principal objectivo atender às necessidades do cuidador informal de crianças e jovens com dependência média a elevada na realização das actividades de vida diária, planeando e concretizando acções que visaram a autonomia, qualidade de vida e bem-estar do cuidador e família. A amostra foi constituída por 14 utentes inscritos no CSNM e USFB, com consultas médicas de especialidade no HPC e que cumpriram os critérios de inclusão: menor com grau de dependência média a elevada, cuidador desempregado e/ou com sobrecarga física ou emocional elevada e existência inadequada de factores influentes à adaptação da família à doença. Foram utilizados como instrumentos de colheita de dados: a entrevista individual inicial, índice para a avaliação das dificuldades do prestador de cuidados (CADI) e inquérito final de satisfação. O Projecto consistiu nas seguintes intervenções: sessões temáticas e grupo de apoio, página electrónica da rede social Facebook, visita domiciliar e parceria com a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Os resultados obtidos, relativos ao CADI, evidenciam que os cuidadores são maioritariamente mulheres/mães, que apresentam níveis elevados de sobrecarga física, emocional e social, cujas maiores dificuldades percepcionadas são o deficiente apoio familiar e profissional e a escassez de recursos financeiros. Em relação às sessões temáticas/grupo de apoio, participaram 50% dos cuidadores e constatou-se o aparecimento de fenómenos sociais e de saúde como a coesão do grupo, a aquisição de comportamentos mais adequados, autoanálise e autoapreciação da sua situação de saúde e familiar. Por outro lado, 13 dos 14 participantes aderiram, activamente, à página electrónica. Todas as intervenções foram desenvolvidas no sentido do empowerment e de forma, a colmatar as dificuldades percepcionadas pelos cuidadores e famílias. Obtiveram-se ganhos efectivos em termos de saúde, nomeadamente maior capacidade de resiliência, modificação de comportamentos/atitudes inadequados e aquisição de mecanismos de coping eficazes, o que reforça a importância da implementação de projectos centrados da educação para a saúde e especificamente dirigidos a esta população-alvo.
Resumo:
Segundo (Lage; 2005) o cuidador informal sempre existiu ao longo da história da humanidade, ao séc. XX a família tinha um papel muito importante, após o sec. XX a família e o cuidar informal foi substituído pela medicina e pelo cuidador formal. O aumento do envelhecimento populacional, o aumento da esperança média de vida e a desertificação trouxeram um conjunto de preocupações e responsabilidades, às famílias e às entidades sociais e da saúde, devido aos cuidados que são necessários prestar às pessoas idosas dependentes e com doença mental, devido à crise dos sistemas sociais, de saúde e financeiro das entidades governamentais, a maioria dos casos de doença mental e idosos foram como que obrigados a recorrer aos cuidos informais para fazer face as despesas. Com o presente estudo, de caráter qualitativo, procuramos conhecer os estigmas que existem face a doença mental em dois países transfronteiriços, Portugal e Espanha. A amostra da população selecionada é constituída por quarenta cuidadores formais em instituição de acolhimento e apoio a pessoas idosas, em que quarto instituições distintas, duas em Portugal e duas em Espanha. Os cuidadores inquiridos referiram que há pouca procura por parte dos doentes mentais a estas instituições, uma vez que requerem mais cuidados presenciais e equipas direcionadas aos problemas específicos, embora todos tenham uma formação abrangente, mas é mais difícil cuidar deste tipo de clientes.
Resumo:
Atualmente a melhoria da qualidade nos cuidados de saúde implica a passagem de uma prática baseada na experiência para uma baseada na evidência científica; na melhoria tendo por premissa não só o desempenho profissional, mas também os cidadãos como parceiros; de uma qualidade mono-disciplinar, para cuidados partilhados; de uma educação profissional contínua e avaliações de qualidade, para uma gestão da saúde, num contexto de melhoria contínua da qualidade. À Ordem dos Enfermeiros é imputada a defesa da qualidade dos cuidados de enfermagem à população. Cabe a cada enfermeiro, individualmente e em coletivo no contexto do seu exercício, refletir, analisar e prosseguir diariamente na procura da excelência do exercício. A gestão da qualidade parte do empenhamento dos profissionais que funcionando como um todo dentro de um núcleo específico com o objetivo de atingirem o mesmo fim, estabelecem estratégias que visem alcançar esse fim. Neste contexto surge a elaboração do Manual / Instruções de Trabalho para a integração e prestação de cuidados dos enfermeiros e alunos de enfermagem no Programa de Saúde Infantil e Juvenil na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados da Baixa da Banheira. Visando a melhoria da articulação, comunicação, continuidade de cuidados, entre a equipa de Enfermagem, pois só em conjunto se poderá desenvolver ações que visem a aquisição dessa qualidade e que contribuam para o desenvolvimento / harmonioso da criança / jovem e sua família.