3 resultados para Literatura contemporánea

em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal


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A problematização da identidade tem merecido, nos últimos anos, uma reflexão alargada, em diferentes áreas do saber, nomeadamente no âmbito dos estudos literários e culturais. No caso específico da literatura portuguesa contemporânea de potencial recepção juvenil, a questão coloca-se de forma assaz pertinente, uma vez que as personagens (pré) adolescentes que povoam os diversos universos textuais, na maioria femininas, se debatem internamente com problemas existenciais e psicoemotivos decorrentes da fase de crescimento em que se encontram, sendo que, na busca incessante de si e da sua identidade, a questão da corporalidade e do desejo se institui como um aspecto estruturante (e problemático) para o ser em construção. Deste modo, e partindo da relação intersistémica entre corpo e identidade, pretende-se, com a presente comunicação, proceder à análise das diversas formas de representação literária da corporalidade na literatura contemporânea de potencial recepção juvenil.

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No respeito pela inteligência e pela sensibilidade da criança, cada vez mais a literatura infantil contemporânea declina temas tradicionalmente considerados tabu, como é o caso da morte, através da criação de universos efabulatórios e pictóricos de grande qualidade estético-literária, onde o tema é sujeito a abordagens multifacetadas. Nesse sentido, pretende-se, neste artigo, perceber de que forma se aborda o tema da morte em três álbuns para crianças, dando particular atenção à articulação intersemiótica entre texto e imagens.

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A literatura portuguesa contemporânea de potencial recepção juvenil tematiza multifuncionalmente as questões relacionadas com a comunicação interpessoal e intergeracional a vários níveis: por um lado, demonstrando que nem sempre o diálogo entre gerações é possível e/ou significativo, gerando situações de incomunicabilidade por vezes irreparáveis; por outro, sublinhando que a inoperância da palavra provoca nos sujeitos adolescentes naturais movimentos de retracção e silenciamento, responsáveis em parte pelo percurso de deambulação no interior de si mesmos em busca da sua identidade e de uma maior consciencialização do seu existir. Na realidade, as vozes plurais de um sujeito adolescente arquetípico, frequentemente configurado como um eu exemplar, atravessam os universos textuais dando conta das suas inquietações de ordem existencial, psico-emotiva e relacional, instituindo-se o recurso à primeira pessoa como estratégia discursiva e enunciativa preferencial. Nos seus discursos introspectivos, as personagens narrativizam a problemática da constituição do sujeito como ser oscilante e dramático, plasmando na superfície textual os meandros da sua interioridade. Nesse sentido, o presente estudo pretende colocar em evidência as estratégias narrativas e textuais encontradas para dar voz a esse sujeito adolescente, maioritariamente feminino, que, no caso português, as narrativas literárias de potencial recepção adolescente e juvenil configuram.