3 resultados para Comportamento social
em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Resumo:
Nos últimos anos, quer os comportamentos agressivos, quer o bullying têm vindo a constituir uma crescente preocupação para a comunidade educativa. Tem havido muita investigação sobre este fenómeno mas a maioria tem incidido em escolas situadas em contextos urbanos. Os objetivos da investigação que se apresenta foram: Obter dados que permitam conhecer o tipo e a frequência de bullying em crianças, bem como identificar quais os locais mais frequentes onde ocorre numa escola situada numa zona rural. Conhecer qual a relação entre a integração social no grupo de pares (através do estatuto sociométrico) e os vários padrões de comportamento social, nomeadamente comportamentos pró-sociais, liderança, isolamento social e, em particular, agressão e vitimação (quer na perspetiva do próprio, quer na perspetiva dos pares). Deste modo, dois questionários foram aplicados a 87 crianças: uma adaptação do questionário de autorrelato sobre agressividade entre alunos na escola (QAEANE) de Pereira (1994) (composto por 10 perguntas, relativas às ocorrências de bullying, na perspetiva da vítima e do agressor, bem como sobre os locais em que ocorre); e um questionário de heterorrelato, isto é, de nomeação de pares (QNP), composto por duas partes: a primeira com 4 perguntas que estuda a sociometria (índices de preferências e rejeições) e a segunda com 5 perguntas permitindo estudar os atributos percebidos pelos colegas (agressão; isolamento social; liderança; conduta pró-social e vitimação). Os resultados permitiram concluir que o bullying também ocorre em zonas rurais mas de forma bastante menos frequente quando se compara com os dados de Pereira (2008) obtidos em zonas urbanas e que o local mais frequente onde ocorre é o recreio. Verificou-se ainda que quer os agressores, quer as vítimas são mais rejeitados pelos pares do que os não envolvidos. Discutem-se algumas formas de prevenção destes comportamentos no 1.º ciclo do ensino básico.
Resumo:
Procura-se neste trabalho verificar se as atividades culturais existentes na empresa, e o relacionamento interpessoal têm impacto na atividade profissional e se melhoram os conhecimentos e competências dos trabalhadores. Foram abordados os assuntos da educação ao longo da vida, do conhecimento e competências, dos vários processos de educação, da cultura e da etnografia, da empresa e das atividades. Sendo um projeto de investigação qualitativa, que procura estudar as atividades culturais dentro de uma empresa, a metodologia utilizada, bem como os diversos instrumentos, foram escolhidos em função das questões orientadoras e dos respetivos objetivos. Seguiu-se uma metodologia do tipo qualitativo e de estudo exploratório, como estratégia de pesquisa que procura usar uma abordagem individualizada e várias fontes de recolha de dados. As técnicas utilizadas para a recolha de dados foram a pesquisa bibliográfica e documental, a observação participante e apoiada com conversas informais, o diário de campo, a entrevista semiestruturada e ainda as técnicas de análise de dados, tendo sido realizada uma análise de conteúdo. A conclusão deste estudo leva-nos a perceber o quão importantes são as atividades culturais, independentemente do tipo que sejam, dentro de uma empresa, tendo como objetivo beneficiar o seu desenvolvimento, bem como as relações existentes entre empresa/funcionário e vice-versa, evidenciando a qualidade e bem-estar do trabalhador que se dedica a estas atividades.
Resumo:
Apresenta-se um estudo qualitativo, com 20 reclusos adultos do género masculino, com idades entre os 25 e os 56 anos, a cumprir pena numa prisão. Os objetivos deste estudo consistiam em identificar: o período do desenvolvimento que os reclusos associavam ao início da sua conduta antisocial; os fatores contextuais que facilitaram o início dessa trajetória; e os fatores que os reclusos percebiam como facilitadores da sua reinserção social no futuro. A metodologia incluiu análise documental dos processos dos reclusos e uma entrevista semi-estruturada. Os resultados sugerem que 45% dos reclusos identificam a adolescência como o período em que se iniciou o comportamento anti-social e 5% a infância. Os fatores contextuais mais apontados pelos reclusos para explicar o início dessas condutas foram a associação com pares desviantes; a toxicodepedência e o desemprego. O fator identificado como mais facilitador da reinserção social foi ter um trabalho. Os dados sugerem determinadas estratégias de reinserção social e a necessidade de programas de prevenção primária da violência em contexto escolar.