2 resultados para Blocos de Alvenaria
em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Resumo:
ntroduo A razo de ser dos estabelecimentos de sade a prestao de cuidados de qualidade e que respeitem a integridade total daqueles que procuram a resoluo dos seus problemas e/ou necessidades. Os utentes pretendem segurana e eficcia na arte de cuidar, a responsabilidade dos prestadores de cuidados retribuir esse desafio com profissionalismo, competncia e idoneidade. Este ser o desafio constante para o profissional ao longo da sua carreira e ser tambm e sempre o desafio que se coloca ao enfermeiro perioperatrio. A sala de operaes do sculo XXI precisa de perceo que permita a flexibilidade de escolha de equipamentos e mudana de prticas de trabalho, bem como a procura simplificada e quase futurista em planeamento arquitetnico. Embora tenha havido uma grande evoluo nos ltimos anos, muito ainda h por fazer na melhoria do ambiente e funcionalidade, tendo como um dos objetivos a operacionalidade e o bem-estar dos profissionais. Apesar de no existir um modelo considerado o mais eficaz, pode-se refletir sobre determinados pontos importantes que influenciam a operacionalidade do bloco. A otimizao das estruturas e espaos resulta num beneficio em recursos humanos, melhor ambiente, melhor qualidade, melhores resultados e mais rentabilidade dos cuidados de sade prestados. A relao custo/beneficio est diretamente ligada aos resultados obtidos ao longo do desempenho destes princpios. A vantagem de ter o enfermeiro perioperatrio gestor, chefe ou com experincia na equipa de planeamento, programao, projeto e acompanhamento da obra, que ter uma viso prtica daquilo que se pretende vir a realizar. necessrio perceber a estrutura na planta e tentar desdramatizar essas confluncias de modo a torn-las funcionais e exequveis. Objetivos Pretende-se com esta comunicao refletir de que forma o enfermeiro com experincia na rea perioperatria, poder prevenir ou mesmo impedir a repetio de erros que empiricamente verificamos serem frequentes, principalmente erros de caracter arquitetnico, de organizao e gesto do espao. Pretendemos tambm refletir sobre de que forma estes erros interferem e/ou condicionam o bom funcionamento das salas operatrias e consequentemente como este facto se reflete na otimizao dos cuidados. Esta otimizao depende em grande parte da eficiente resposta s necessidades dos profissionais. Desenvolvimento Apesar de em Portugal existirem muitos blocos onde as salas operatrias esto afetas a uma determinada especialidade, h outros onde se verifica uma rotatividade significativa ao longo do dia de trabalho. Principalmente em unidades mais pequenas, onde o numero de cirurgias realizadas no justifica a sua sectorizao. A necessidade de servir a populao e os casos que que recorrem a determinado hospital/unidade, obriga ao desenvolvimento de estratgias compensatrias que no estariam comtempladas anteriormente. O impacto que este padro de funcionamento tem nos profissionais desgastante, uma vez que origina mudanas sistemticas na disposio das salas e suas necessidades inerentes. Retirar e colocar equipamentos, auxiliares de posicionamento, logstica anestsica e todo o ambiente ao redor do ato cirrgico/anestsico proporciona momentos de grande stress, que hoje obrigam ao cumprimento de regras fundamentais de higiene e segurana. Os planos arquitetnicos dos blocos operatrios respeitam normas legisladas, pr-estabelecidas pela ACSS-Ministrio da Sade que, em conjunto com diversas organizaes como a AESOP, UONIE, entre outras, elaborou um documento descritivo, onde se analisa espaos e solues organizativas de blocos operatrios assim como as respetivas instalaes tcnicas de apoio. Este relatrio comtempla os requisitos bsicos e necessrios para que sejam respeitadas as normas e condutas de segurana e qualidade espectveis numa unidade de bloco operatrio e servios adjacentes, mas no condicionam a sua distribuio na planta. A distncia entre salas e zonas de apoio e armazenamento, circuitos de corredor nico ou partilhado, salas de induo, salas de preparao, articulao com a esterilizao, zonas de acesso de doentes e familiares e profissionais, ficam para a imaginao e ousadia de quem executa. No entanto, com base na minha experincia pessoal, verifico que continuam a ser cometidos erros que condicionam a eficcia, rapidez e qualidade do servio que se presta. Desacertos de carter estrutural, funcional e operacional podem diferenciar a rentabilidade espectvel, da real numa determinada fase de planeamento. Podemos ainda ser mais ambiciosos, considerando que quer arquitetos, quer administraes pretendem e preveem o melhor e o mais rentvel para o seu projeto, deveriam envolver os enfermeiros gestores de cada servio, no mbito do planeamento arquitetnico e previso de investimentos na rea. Por outro lado, cabe aos enfermeiros mostrar essa mais valia, demonstrar que essencial a sua participao no modelo criativo. Quem sabe se o futuro no comtempla equipas multidisciplinares onde possam englobar os enfermeiros? Pequenos Exemplos A falta de equipamentos necessrios para todas as salas que funcionam em simultneo e porque muitas vezes no est disponvel aquele que preferido de determinado cirurgio, obriga ao esforo dos profissionais que procuram satisfazer a equipa para que tudo corra sem problemas. A existncia de equipamentos que no so adequados ou que esto muito afastados do espao onde so utilizados, porque as salas de arrumao esto desajustadas da otimizao de recursos, preocupa os profissionais que tentam dar uma resposta eficaz em tempo reduzido. Considerando que este tipo de situaes um obstculo rentabilizao de recursos humanos e materiais, deveria ser o ponto de partida para escolha dos locais. Uniformizao de equipamentos, estudos e avaliaes criteriosas das necessidades de cada especialidade, discutidas com os responsveis, onde existisse um compromisso escrito entre os intervenientes, com um dialogo consciente e refletido sobre as consequncias dessa escolha, poderia ajudar o processo de seleo. A natureza relativamente flexvel da atividade dos blocos operatrios est sujeita, em grande medida, ao desempenho dos profissionais e da otimizao do mesmo de acordo com o planeamento. Um bloco bem delineado passa por consideraes especificas sobre o que se pretende atingir. Salas operatrias com design simples, bem colocadas no espao contiguo aos corredores e zonas de arrumos, cumprindo as normas para o Controlo de Infeco com zonas sujas amplas que permitam fcil circulao entre pessoas e materiais, com acessibilidade fcil e bem estruturadas entre reas de doentes e pessoal, permite funcionar com destreza e agilidade. As normas indicam as medidas estruturais como pontos de luz, sistemas de ventilao e gazes, materiais utilizados, dimenses limite, reas obrigatrias, etc mas ainda no tm preconizado o ambiente envolvente de aplicabilidade desta matria. Sero os que l trabalham, principalmente os enfermeiros, que devem contribuir para a harmonia deste resultado ser ou no eficaz. A presena de iluminao natural propicia uma melhor qualidade de sade para aqueles que por razes de atividade, ali permanecem por longos perodos sem acesso ao exterior. Podem-se considerar janelas fixas, que permitam a passagem de luz natural sem visibilidade para o exterior, em zonas onde no interfira com o normal funcionamento. Segundo o relatrio tcnico Atendendo a que a qualidade do ambiente hospitalar tambm fortemente responsvel pelo bom desempenho das pessoas que a trabalham, no pode ser subestimada a qualidade do projeto de arquitetura. As componentes de acstica e iluminao natural/artificial assumem aqui grande importncia. (RT- Generalidades, pag. 30) Poderemos refletir sobre os equipamentos informticos. Devem-se utilizar preferencialmente ecrs tteis ou teclados planos, evitando os teclados tradicionais que so problemticos no que se refere higienizao e consequente controlo de infeo. Por experincia, o uso destes ecrs obriga fixao eficaz, que permita uma utilizao rpida, dentro dos tempos previstos para os diversos registos intraoperatrios. Situaes que no so consideradas no planeamento de instalao. Assim como, tm que estar considerados nos planos de manuteno preventiva, a limpeza das ventoinhas de arrefecimento, fontes considerveis de p de acesso condicionado. Concluso Consegue-se perceber a importncia que o enfermeiro perioperatrio, seja chefe, gestor ou com experincia, tem tido na evoluo das unidades de sade em Portugal, atravs da qualidade dos cuidados prestados exigidos aos profissionais de hoje. Auditorias, monitorizaes, planos demonstrativos confirmam o peso que os enfermeiros tm na coordenao das instituies, por forma a garantir uma melhoria continua dos cuidados prestados. Percebemos que, em cada passo ou etapa do processo, seria importante a opinio formada daqueles que diariamente colocam em prtica o seu saber. Muito haveria para abordar em relao s melhores condies /estrutura/ organizao de um bloco operatrio, no entanto considero essencial debruarmo-nos sobre a mais valia da participao do enfermeiro perioperatorio na equipa de projeto. Tambm julgo importante, salvaguardar que este trabalho no pretender resumir ou criticar o esforo realizado na melhoria das condies dos blocos operatrios, mas sim contribuir para o seu progresso, no que respeita funcionalidade e rentabilidade preservando a biocontaminao. O tratamento destes assuntos deve fazer sentido para todas as partes envolventes do processo. Os blocos operatrios representam, por si s, custos fixos elevados, devido s instalaes e equipamentos especficos altamente complexos, bem como ao numero de profissionais especializados necessrios para o seu funcionamento. Tenho a certeza que o nosso contributo e proactividade elevava a qualidade dos cuidados que prestamos no perioperatorio e a qualidade global da prestao de cuidados de sade. Os trabalhos realizados pela ACSS, associaes de enfermeiros perioperatrio, arquitetos e tantos outros, contriburam com esforo e dedicao para chegar onde estamos hoje. Mas este patamar de excelncia que queremos como enfermeiros perioperatrios exige-nos um papel mais ativo, com uma interveno ao nvel do projeto. Porque o futuro tambm somos ns!
Resumo:
No setor da construo, a principal prioridade a reduo de custos relacionados com os processos construtivos e a sua execuo. Devido crise econmica global e ao crescimento da competitividade do setor da construo, necessrio analisar outras opes que confiram boas prticas de construo, cumprindo os requisitos definidos na regulamentao atual. Este estudo aborda a temtica de algumas das solues construtivas normalmente utilizadas, focando aspetos de normalizao, custos, vantagens e desvantagens. tambm apresentada uma avaliao comparativa entre dois sistemas construtivos, alvenaria estrutural vs. beto armado, de uma moradia construda ao abrigo de um projeto de investigao. Nessa avaliao feita a apresentao do processo de conceo modular e conceo estrutural para ambas as solues em fase de projeto. Este estudo tambm apresenta uma comparao de custos entre dois sistemas construtivos, nomeadamente a construo em alvenaria estrutura vs. construo em beto armado. Com o estudo realizado constatou-se que no projeto notria a complexidade da alvenaria estrutural em detrimento do beto armado. A alvenaria estrutural tambm apresenta limitaes a eventuais alteraes executadas durante a vida til do edifcio. Relativamente comparao de custos efetuada, os resultados mostram que a construo em alvenaria estrutural um processo tecnolgico apropriado e a reduo de custos significativa.