2 resultados para BMI cut-off
em RCAAP - Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal
Resumo:
Introdução: As células F(CF) são eritrócitos contendo hemoglobina (Hb) F e outros tipos de hemoglobina. São encontradas em indivíduos de todas as idades, ao contrário dos eritrócitos fetais, só encontrados em fetos e recém-nascidos. Nestes eritrócitos fetais, a Hb F é o tipo dominante de Hb. Estudos publicados indicam que a gravidez pode levar a um aumento progressivo de células com Hb F no sangue materno, devido à presença de CF e/ou de células fetais, estas últimas frequentemente associadas a hemorragia feto–materna (HFM). Objetivo: (1) Determinação da percentagem (%) de células com Hb F em sangue materno, usando um anticorpo Anti-Hb F num analisador hematológico. (2) Quantificação de CF e/ou células fetais na gravidez e pós o parto. (3) Elaboração de algoritmo para a triagem de HFM. Material e Métodos: Estudadas 168 amostras de sangue materno: 29 no 1º trimestre da gravidez (1ºT); 43 no segundo (2º T); 82 no terceiro (3ºT), 14 pós-parto (PP) (amostras entre dia 0 e dia 7, após parto); 32 controlos negativos (Ctl N) com homens adultos saudáveis e 30 controlos positivos (Ctl P), obtidos por mistura de sangue do cordão com sangue do adulto, AB0 compatíveis. Amostras processadas no analisador hematológico Cell-Dyn Sapphire tm, em modo RBC Flow, após ajuste de parâmetros IAS, FL1 e FL3, utilizando um reagente com iodeto de propídio e 2,5 uL de anticorpo monoclonal anti-Hb F FITC. Imagens analisadas pelo software FCS Express V3. Análise estatística com Kruskal-Wallis e teste t-Student (significância estatística p <0,05). Cut-off para HFM obtido pelo valor mínimo, em %, em que se detetam células fetais na amostra Ctl P. Resultados: foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na % células com Hb F (P<0,0001) nos grupos estudados. % CF aumenta com a gravidez:1ºT vs Ctl N - p <0,0217 e também durante a gravidez 1ºT Vs 3ºT – P=0,0007. Mesmo depois do PP a % CF está aumentada Ctl N vs PP: - p<0,0001. Valores médios de % CF residuais em adultos saudáveis: 0,53. Maioria das amostras nos diferentes grupos estudados apresenta % CF acima do valor residual (>0,53%): 66% no grupo 1ºT, 83 % no 2º T e 91% no 3º T. Valor cut-off para suspeita de HFM de 1,70% de células com Hb F. Teste preciso (CV+- 4%) para baixas % de células com Hb F. Discussão/Conclusão: Há um aumento células com Hb F durante a gravidez e esse aumento permanece no período PP. Em duas amostras do 3ºT obteve-se % células com Hb F elevada, superior ao cut-off (≥1,70%), sendo detetada uma população de prováveis células fetais. A presença células fetais nestas amostras foi confirmada por citometria de fluxo com Anti-Hb F/ Anti-CA, com subsequente diagnóstico de HFM. Esta metodologia é simples, rápida e não dispendiosa, quando aplicada a um analisador hematológico, representa uma mais-valia no rastreio da HFM. No futuro, pode integrar o protocolo de análises de rotina das grávidas, permitindo detetar as HFM silenciosas, que são a origem de muitas anemias de causa desconhecida em recém-nascidos.
Resumo:
BACKGROUND:Tackling inequalities in overweight, obesity and related determinants has become a top priority for the European research and policy agendas. Although it has been established that such inequalities accumulate from early childhood onward, they have not been studied extensively in children. The current article discusses the results of an explorative analysis for the identification of inequalities in behaviours and their determinants between groups with high and low socio-economic status. METHODS: This study is part of the Epode for the Promotion of Health Equity (EPHE) evaluation study, the overall aim of which is to assess the impact and sustainability of EPODE methodology to diminish inequalities in childhood obesity and overweight. Seven community-based programmes from different European countries (Belgium, Bulgaria, France, Greece, Portugal, Romania, The Netherlands) participate in the EPHE study. In each of the communities, children aged 6-8 years participated, resulting in a total sample of 1266 children and their families. A parental self-administrated questionnaire was disseminated in order to assess the socio-economic status of the household, selected energy balance-related behaviours (1. fruit and vegetable consumption; 2. soft drink/ fruit juices and water consumption; 3. screen time and 4. sleep duration) of the children and associated family environmental determinants. The Mann-Whitney U test and Pearson's chi-square test were used to test differences between the low and high education groups. The country-specific median was chosen as the cut-off point to determine the educational level, given the different average educational level in every country. RESULTS: Children with mothers of relatively high educational level consumed fruits and vegetables more frequently than their peers of low socio-economic status. The latter group of children had a higher intake of fruit juices and/or soft drinks and had higher screen time. Parental rules and home availability were consistently different between the two socio-economic groups in our study in all countries. However we did not find a common pattern for all behaviours and the variability across the countries was large. CONCLUSIONS: Our findings are indicative of socio-economic inequalities in our samples, although the variability across the countries was large. The effectiveness of interventions aimed at chancing parental rules and behaviour on health inequalities should be studied.