2 resultados para exigências nutricionais

em Instituto Nacional de Saúde de Portugal


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Introdução e objetivos: Os sumos detox, cuja composição mais elementar se baseia na junção de vegetais e frutas, são uma tendência da actualidade com alegados benefícios para a saúde. São referenciados como uma forma simples de consumir as quantidades diárias recomendadas de legumes e frutas, uma boa forma de eliminar as toxinas do organismo, ou mesmo, uma forma simples de perda de peso. O objetivo deste trabalho foi efetuar o cálculo do valor nutricional de diferentes receitas de sumos detox e a comparação com as doses diárias de referência de macro- e micronutrientes. Materiais e métodos: Com base na informação disponível nas bases de dados de composição de alimentos, efetuou-se o cálculo do valor nutricional de dez receitas de sumos detox. Posteriormente, avaliou-se o contributo nutricional destes sumos usando as doses de referência definidas no Regulamento (UE) N.º 1169/2011. Resultados e discussão: O valor energético das receitas em análise variou entre 79 e 337 kcal. Na sua maioria, os sumos apresentaram um teor relativamente baixo de proteínas e lípidos. No que se refere aos micronutrientes, verificou-se que apesar destes sumos serem maioritariamente compostos por vegetais e frutas, a sua utilização como substituto de refeição pode ser insuficiente para o aporte adequado de alguns micronutrientes. No entanto, 50% dos sumos em análise, se consumidos uma vez por dia, permitem satisfazer as necessidades diárias de vitamina C. Conclusões: Embora o consumo de sumos detox tenha crescido exponencialmente nos últimos anos, as evidências científicas que comprovam os seus benefícios do ponto de vista nutricional são muito limitadas e controversas. De acordo com os resultados obtidos, considera-se que os sumos detox não devem ser utilizados como substitutos exclusivos de um plano alimentar. De futuro pretende-se dar continuidade ao trabalho analisando um maior número de receitas.

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Introdução: Hoje em dia o consumo de sementes está associado a padrões de alimentação saudável e equilibrada, e faz parte de um estilo de vida saudável. Na dieta mediterrânica é recomendado o consumo de 1 a 2 porções por dia de azeitonas, nozes ou sementes. No entanto, as quantidades que devemos ingerir destas sementes nem sempre são claras e fáceis de interpretar por parte do consumidor final. Objetivo: Avaliar os benefícios nutricionais associados ao consumo de sementes, utilizando medidas caseiras, nomeadamente colher de sopa e colher de chá. Método: As sementes de linhaça, chia, sésamo, cânhamo, girassol, papoila, e as pevides de abóbora foram adquiridas em estabelecimentos comerciais. Procedeu-se à quantificação da colher de sopa e de chá, por método de pesagem direta com recurso a balança digital calibrada. Posteriormente, avaliou-se o contributo nutricional das sementes com base nas medidas caseiras utilizadas e recorrendo aos valores de referência apresentados no Regulamento (UE) n.º 1169/2011. Resultados: As sementes são sobretudo uma fonte de gordura de origem insaturada. No entanto, estão presentes outros nutrientes que estão relacionados com a prevenção de doenças crónicas. O consumo de uma colher de sopa das sementes em estudo pode contribuir com 2 a 6% das necessidades diárias de proteínas. São também uma fonte importante de alguns minerais, como por exemplo o selénio, em que a ingestão de uma colher de sopa de sementes de girassol pode contribuir com 8% da dose de referência. Conclusão: A utilização de uma medida caseira, neste caso a colher de sopa, permite-nos estimar com alguma precisão a quantidade de nutrientes ingeridos e posteriormente fazer uma avaliação dos benefícios nutricionais para a saúde do consumidor que podem estar associados ao consumo das sementes.