2 resultados para Manipulação do pescado
em Instituto Nacional de Saúde de Portugal
Resumo:
A ingestão regular de vitaminas hidrossolúveis, em quantidades adequadas, é fundamental para a manutenção de uma atividade metabólica normal. Este estudo pretendeu avaliar a contributo da ingestão das espécies de pescado mais consumidas em Portugal, para a obtenção da DDR (Dose Diária Recomendada) das vitaminas B1 (tiamina) e B2 (riboflavina). Para isto, foram analisadas 19 amostras de 16 espécies diferentes. Cada uma das amostras é constituída por 12 sub-amostras, da mesma espécie, que pretendem incluir as receitas mais frequentemente utilizadas para preparação da mesma; tradicionalmente o peixe em Portugal é consumido grelhado, cozido, assado, estufado e frito. As sub-amostras foram adquiridas em restaurantes do concelho de Lisboa. A quantificação das vitaminas foi feita por métodos de cromatografia líquida de alta resolução, segundo as normas EN 14152 para a Riboflavina e EN 14122 para a Tiamina. Das amostras analisadas verificou-se que a cavala é a que tem o teor mais elevado em riboflavina (19% DDR / 100g de parte edível) sendo a perca do Nilo, a maruca e o polvo as que menos contribuem para a ingestão desta vitamina (2% DDR / 100g de parte edível). Relativamente à tiamina, não foi detetada em 11 das amostras analisadas. Nas restantes amostras, o teor em tiamina varia entre (14% DDR / 100g de parte edível), no salmão e (4% DDR / 100g de parte edível) na pescada.
Resumo:
De um modo geral, os nanomateriais manufaturados (NM) são definidos como materiais fabricados deliberadamente e que contêm partículas com pelo menos uma dimensão externa na gama de tamanhos compreendida entre 1 e 100 nanómetros (Comissão Europeia, 2011). A sua pequena dimensão confere-lhes propriedades físicas, químicas e biológicas que podem diferir bastante das propriedades dos materiais com a mesma composição química mas utilizados numa escala não nanométrica. São as propriedades mecânicas, óticas, elétricas e magnéticas inerentes aos materiais na escala “nano” que os tornam vantajosos para as mais diversas aplicações industriais e biomédicas. Contudo, a enorme expansão que tem vindo a acontecer ao nível da síntese, produção industrial e utilização de NMs contrasta com uma ainda insuficiente avaliação de risco para a saúde humana e para o ambiente. Efectivamente, A European Agency for Safety and Health at Work (EU-OSHA,2009) considerou a exposição a NM como o risco emergente mais premente no contexto da saúde ocupacional, estimando que entre 300.000 a 400.000 postos de trabalho lidavam já directamente com as nanotecnologias. Neste seminário será abordada a possibilidade de exposição ocupacional ao longo do ciclo de vida dos NM, bem como as suas potenciais implicações para a saúde dos trabalhadores. Nesta palestra são apresentados alguns estudos realizados no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge que produziram evidência científica que poderá contribuir para o esforço internacional da regulação da produção e aplicação de nanomateriais, salvaguardando a saúde humana face às suas aplicações inovadoras.