2 resultados para Cereais - Secagem

em Instituto Nacional de Saúde de Portugal


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As micotoxinas são metabolitos secundários produzidos por várias espécies de fungos, e que podem contaminar os alimentos nas diferentes fases de produção, colheita, armazenagem ou processamento. Além de constituir um problema económico e de segurança alimentar, a contaminação de alimentos com micotoxinas é essencialmente um problema de saúde pública, dado que estes compostos podem provocar efeitos graves na saúde humana e animal, estando classificadas pela Agência Internacional de Investigação em Cancro (IARC) como carcinogénicos dos grupos 1, 2B e 3. O projecto Mycomix PTDC/DTP/FTO/0417-2012 (2013-2015), que consistiu num estudo exploratório dos efeitos tóxicos de misturas de micotoxinas em alimentos para crianças revelou a presença de múltiplas micotoxinas em simultâneo em alimentos à base de cereais, indicando que as crianças poderão estar expostas a micotoxinas através da alimentação. No âmbito do projecto Mycomix foi avaliada a exposição de crianças a micotoxinas através da aplicação de diários alimentares para determinação do consumo alimentar. Como alternativa às metodologias de avaliação de risco baseadas no consumo alimentar, a Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) recomendou a implementação de metodologias harmonizadas de biomonitorização humana, que é uma metodologia que permite avaliar a exposição do Homem a substâncias naturais e sintéticas do meio ambiente, baseando-se na análise direta de biomarcadores em tecidos e fluidos. É por isso o único método para avaliar diretamente a exposição a determinada substância, a sua magnitude, e a sua variação ao longo do tempo.

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Introdução: Os produtos agroalimentares com denominação registada são considerados como alimentos de grande conteúdo simbólico associado à tradição, ruralidade, história, natureza, região ou área geográfica. A certificação ao abrigo do Regulamento (UE) n.º 1151/2012, define 3 designações: a Denominação de Origem Protegida (DOP), Indicação Geográfica Protegida (IGP) e Especialidade Tradicional Garantida (ETG). O processo de certificação é um instrumento importante e eficaz que pretende promover a biodiversidade, potenciando a sustentabilidade económica de um País. Objetivo: Atualizar a informação sobre alimentos com denominação registada; compilar a informação nutricional destes alimentos; e estimar o seu contributo para a promoção da saúde da população portuguesa. Método: Procedeu-se à identificação de frutos, produtos hortícolas e cereais registados com DOP, IGP ou ETG de acordo com a informação disponível na base de dados DOOR (http://ec.europa.eu/agriculture/quality/door/), e à revisão da literatura científica relativamente à composição nutricional destes alimentos. Resultados: Até à data estão registados 27 produtos portugueses, sendo que 56% pertencem à categoria DOP e 44% à categoria IGP (Tabela 1). Maioritariamente (59%) os alimentos pertencem ao grupo dos frutos frescos e derivados. Apenas foi encontrada informação relativa à composição nutricional (macro- e micronutrientes) para 22% dos alimentos em estudo. Tabela 1. Distribuição dos alimentos registados com certificação pertencentes à classe dos frutos, produtos hortícolas e cereais, em Portugal. Grupos de alimentos Denominação de origem protegida Indicação geográfica protegida Frutos frescos e derivados 8 8 Frutos gordos e amiláceos 7 — Hortícolas e batatas — 2 Cereais — 2 Total 15 12 Conclusão: Existe uma percentagem significativa de alimentos para os quais não se encontrou informação relativa à composição nutricional, considerando-se esse conhecimento uma possível mais-valia para os produtores e consumidores desses alimentos. Para além disso estes alimentos têm sido alvo de destaque nos últimos anos, podendo vir a ter um impacto significativo no seu consumo.