2 resultados para Relação dialógica de aprendizagem
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
São nítidas na cinematografia do emblemático realizador português Manoel de Oliveira as influências de outras artes, nomeadamente da literatura. Com efeito, a adaptação literária é objeto de interesse do cineasta em diversas produções fílmicas dando origem a obras centradas sobre variadas temáticas, onde sobressai a figura feminina e os textos de Agustina Bessa-Luís. O envolvimento do realizador neste contexto de diálogo intertextual remonta às suas primeiras produções ficcionais (Aniki-Bobó, 1942) e permanece ao longo da sua vasta carreira cinematográfica. Estudar o registo filmográfico ficcional Oliveiriano é repensar questões relativas à adaptação literária e às suas particularidades. É, similarmente, refletir sobre o lugar da adaptação no cinema português e, ao mesmo tempo, equiparar o cineasta luso à constelação de realizadores paradigmáticos da história do cinema mundial que estabeleceram uma relação dialógica com fontes escritas. Com o propósito de sustentar a argumentação, a reflexão encontra-se ancorada em estudos de literatura e cinema e na teoria da adaptação. Partindo do vínculo dialogal entre literatura e cinema na obra de Manoel de Oliveira, o presente texto procura estabelecer uma reflexão acerca da adaptação literária e paralelamente relembrar as singularidades da transmutação fílmica dando destaque às diversas adaptações literárias de índole Oliveiriana que o cinema português tem testemunhado. A literatura no cinema de Oliveira contribui para testemunhar o elo positivo que historicamente tem ligado estas duas formas de expressão e oferece um exercício de releitura original destacando liberdade criativa e a independência que caracterizam Manoel de Oliveira.
Resumo:
Enquadramento: A par da não alfabetização e do abandono escolar, as taxas de insucesso no ensino fundamental no Brasil atingem indicadores preocupantes. A aprendizagem é um processo complexo e são múltiplos os fatores que contribuem tanto positivamente quanto negativamente na aprendizagem dos alunos e os seus efeitos irão refletir-se no futuro dos educandos. Se há crianças com distúrbios fisiopatológicos que prejudicam a sua aprendizagem, noutras, porém, as dificuldades surgem por influência da escola/professores e da relação destes com a família Objetivos: Identificar as áreas de dificuldades de aprendizagem na componente curricular de português e matemática; identificar as dificuldades nos domínios de aprendizagem de cada área e analisar a relação das variáveis sociodemográficas e escolares com as dificuldades de aprendizagem. Material e métodos: Estudo exploratório-descritivo, quantitativo e correlacional numa amostra de 178 alunos, do 3º ano, numa escola pública de Taquarana, Alagoas, Brasil. Utilizamos um questionário para a caraterização socio demográfica e escolar dos alunos e uma escala utilizada na escola para a avaliação formal da aprendizagem. Resultados: Os participantes são na maioria do sexo masculino (55,6%) com uma média de idades de 8,53 anos, distribuídos em 6 turmas (3 manhã e 3 tarde) em que a menor tem 25 alunos e a maior tem 35. Demoram em média 20 minutos na deslocação para a escola. Verificamos que 34,3% vivem com pais solteiros, separados divorciados ou viúvos. 31,5% dos alunos referem ter muito mau, ou mau ambiente familiar e há turmas onde isso é mais evidente. Os pais dos alunos em 37,1% não têm instrução e em 53,4% não ajudam nos estudos ou trabalhos de casa. Os alunos que já reprovaram são 26,4% e destes, 36,2% já reprovaram 3 ou mais vezes. As dificuldades de aprendizagem em língua portuguesa e matemática são maiores nos alunos mais velhos, do sexo masculino e que já reprovaram mais de uma vez. Um ambiente familiar mau/muito mau e a situação familiar dos pais a falta de instrução dos pais e o não ajudarem nas tarefas de casa contribui com as dificuldades. Na língua portuguesa há maior dificuldade no respeitar o momento de escuta e fala, na leitura e interpretação, produção textos e uso das regras ortográficas. Em matemática globalmente têm maiores dificuldades sobressaindo os parâmetros de identificação das operações nas situações-problemas e elaboração de tabelas e gráficos. Conclusões: Encontramos no nosso estudo alunos com grandes taxas de reprovações e com dificuldades evidentes tanto na língua portuguesa como em matemática. Constatamos que diversos são os fatores que contribuem para o aparecimento das dificuldades na aprendizagem de alguns alunos mas não podemos deixar de refletir sobre a influência da família. A destruturação familiar, mau ambiente e o fato de não terem instrução e não ajudarem os filhos nos estudos mostraram-se influenciadores no insucesso dos alunos PALAVRAS-CHAVE – Aprendizagem, Dificuldades de aprendizagem, Família, Educação.