4 resultados para Redes de saúde mental

em Instituto Politécnico de Viseu


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CONTEXTO: A nossa investigação estuda o stress no trabalho e a sua relação com a saúde mental. Descrevemos fatores específicos e de risco psicossocial no trabalho, particularmente no trabalho dos enfermeiros, e as suas implicações para a saúde mental e para o bem-estar biopsicossocial, tais como: Tipo de trabalho; Conteúdo do trabalho; Desempenho de papel; Relações interpessoais e grupais; Desenvolvimento da carreira; Novas tecnologias e Aspetos organizacionais. OBJETIVO(S): O objetivo fundamental foi estudar a influência de algumas variáveis pessoais e situacionais de risco biopsicossocial na saúde mental e no bem-estar dos profissionais de saúde, em contexto hospitalar METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e descritivo, do tipo correlacional. A recolha de informação obedeceu a um protocolo constituído por dados pessoais e as escalas: Satisfação geral do trabalho, Questionário geral de saúde, Questionário de saúde, Escala de fadiga crónica, Escala de ansiedade cognitiva-somática, Inventário de personalidade de Eysenck, Inventário clínico de autoconceito, Inventário de resolução de problemas, Questionário de vulnerabilidade ao stress e Questionário de stress ao trabalho. A amostra foi não probabilística intencional, constituída por 570 enfermeiros, a laborarem por turnos e em regime normal, no contexto hospitalar, perfazendo, no final, 360 enfermeiros. RESULTADOS: Os principais resultados apontam o seguinte: Os enfermeiros manifestam algum descontentamento com o ambiente de trabalho; A globalidade da amostra demonstra índices de saúde baixos; Regra geral, todos os enfermeiros estão vulneráveis ao stress; Em relação ao stress produzido pelas circunstâncias organizacionais, a totalidade da amostra revela elevados índices de stress e o seu bem-estar biopsicossocial, manifestamente afetado. CONCLUSÕES: Destes resultados fomos levados a concluir que quanto maior for a fadiga crónica, o neuroticíssimo e a ansiedade cognitiva, maior será a tendência dos enfermeiros para diminuírem a autorresponsabilização e o medo. Esta relação pode tornar-se circular e levar a comportamentos desajustados como, por exemplo, indiferença, desinteresse, relações interpessoais conflituosas, entre outros aspetos. As consequências de tais comportamentos poderão traduzir-se em absentismo, erros de desempenho ou vontade de abandonar a instituição.

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Enquadramento: Embora o ciclo menstrual seja um fenômeno normal na vida de mulheres em idade fértil, a ele podem se associar síndromes de intensidade variável. Objectivo: Determinar o impacto da síndrome pré-menstrual e da síndrome disfórica pré-menstrual na qualidade de vida de mulheres em idade fértil, comparadas a mulheres sem essas síndromes. Material e Métodos: Procedeu-se a estudo quantitativo, descritivo, correlacional, transversal, com 60 participantes do sexo feminino (16 com síndrome pré-menstrual, 28 com sintomatologia compatível com SDPM e 16 não apresentavam sintomas compatíveis com diagnóstico), A colheita de dados foi no Ambulatório de Ginecologia do Hospital Militar de nível terciário no período de janeiro a fevereiro de 2015, apresentando idade entre 18 e 56 anos, menarca há mais de um ano; ciclos menstruais em ausência de uso de terapia de reposição hormonal, com queixas associadas ao período menstrual. Três instrumentos de recolha de dados foram empregados: um questionário de identificação da paciente e caracterização de vida reprodutiva; o Questionário de Triagem de Sintomas Pré-menstruais e o Short Form Health-Survey com 36 itens. Para organização e análise dos dados, foi empregado o programa Statistical Package for Social Sciences, na versão 21.0. As variáveis foram dicotomizadas, para análise de contingência com o teste exato de Fisher. Para comparação de médias, foram utilizados o teste de diferença de médias de amostras independentes e o teste Kruskal Wallis, todos em nível de significância de 0,05. Resultados: A prevalência de síndrome menstrual igualou-se a 76,3%, sendo 46,6% compatível com síndrome disfórica e 29,7% com síndrome pré-menstrual. Esses grupos diferiram significantemente nos sintomas de ansiedade/tensão, fadiga/perda de energia, dificuldade de concentração, fome excessiva ou anorexia e sentimento de opressão. A síndrome disfórica pré-menstrual associou-se a maior comprometimento de relações sociais, familiares e domésticas, bem como à perda de saúde geral e de saúde mental, nos domínios de vitalidade, funções sociais, limitações devidas a problemas emocionais e saúde mental. Essas alterações não interferiram na percepção da libido e de orgasmo, mas alguns domínios da qualidade de vida estiveram associados a características reprodutivas. Conclusão: As síndromes pré-menstruais comprometem a qualidade de vida das utentes e requerem assistência voltada à melhoria do conhecimento das mulheres sobre seu problema de saúde. Palavras-chave: Síndrome pré-menstrual, Síndrome disfórica pré-menstrual, Qualidade de vida.

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Introdução: as tentativas de suicídio são uma das causas mais frequentes de atendimento nos serviços de urgência no Brasil. Poucos estudos abordam as características epidemiológicas das tentativas de suicídio, principalmente na região nordeste. Diante da importância de se conhecer as características das tentativas de suicídio e propor estratégias de minimização é que o presente estudo caracterizou o perfil sociodemográfico das pessoas que tentaram suicídio em Arapiraca – AL, no período de 2009 a 2013. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de série histórica, com dados obtidos através da ficha de notificação/ investigação individual de Intoxicação Exógena do SINAN, de pacientes que foram atendidos no serviço de urgência e emergência da Unidade de Emergência Doutor Daniel Houly em Arapiraca. Foram analisadas as seguintes variáveis das tentativas de suicídios: faixa etária, sexo, raça, idade gestacional, zona de residência, vínculo empregatício, agente tóxico, hospitalização e evolução. Resultados: Do ano de 2009 a 2013 o total de atendidos por tentativas de suicídios na referida unidade foi de 1.184 indivíduos, sendo 71,54% do sexo feminino e 28,46% do sexo masculino. A faixa etária de maior frequência foi à de 20-29 anos, correspondendo a 33 % e a raça parda foi a que apresentou maior número de casos, 21% (n= 239). Em relação à residência 77% (n = 922) dos casos residiam em zona urbana, e o principal agente tóxico utilizado nas tentativas de suicídio, foi a ingestão medicamentosa (n = 822, 72%). Cerca de 73% (n=865) tiveram que ser hospitalizados e 95% tiveram tratamento adequado, evoluindo para cura. Conclusão: A partir dos dados foi possível traçar o perfil sociodemográfico das tentativas de suicídio, alcançando os objetivos propostos. A discussão do tema bem como a implementação da educação em saúde se constituem em elementos primordiais para a identificação dos sujeitos com ideação suicida e a busca da evitabilidade de novos casos. Ações de vigilância são necessárias para minimizar as taxas de suicídio, bem como a formação e articulação de rede de assistência no agreste alagoano. Ainda ressalta-se a necessidade de mais estudos com a população que apresenta comportamento suicida no município. Palavras-chave: Tentativa de Suicídio. Saúde Pública. Saúde Mental.

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Enquadramento: É expectável que o pós-parto seja um período de alegria. Todavia, nem sempre é assim, já que pode ser um período marcado por momentos de tristeza, cansaço e desânimo. Reconhecendo as vantagens da amamentação para a saúde e bem-estar do recémnascido e da mãe, acreditamos que esta possa ser preventiva da depressão pós-parto. Objetivos: Obter a melhor evidência científica para compreender se a amamentação tem efeito preventivo na depressão pós-parto. Método: Foi efetuada uma revisão integrativa da literatura sobre a relação entre a amamentação e a depressão pós-parto através das bases de dados: EBSCO host, LILACS, PubMed, SciELO, Repositórios institucionais e Google Académico. Selecionaram-se quinze artigos que obedeceram aos critérios de inclusão deste estudo. Resultados: A maioria dos estudos identifica a amamentação como sendo preventiva da depressão pós-parto, destacando a importância da amamentação para a saúde mental da puérpera e consequentemente para a diminuição das hipóteses de desenvolver depressão pósparto. Cinco artigos identificam-na também como sendo um fator de risco e um estudo não encontrou uma associação clara entre a amamentação e a depressão pós-parto. Conclusões: São descritos vários benefícios da amamentação, os quais terão um efeito preventivo contra a depressão pós-parto. Uma mulher informada e apoiada acerca da amamentação será capaz de se sentir confiante no seu novo papel. É essencial um investimento constante por parte da equipa de saúde, iniciado durante o processo do planeamento do casal para a gravidez, e mantendo-se ao longo da gravidez, parto e pós-parto. Palavras-chave: “Amamentação”, “depressão pós-parto”, “prevenção”.