2 resultados para PINTURA (SÉCULO 19)

em Instituto Politécnico de Viseu


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Em tempos de constante redefinio do conceito de leitura e, por consequncia, da demanda de um consenso possvel sobre o amplo manto de significados que cobre a expresso Ler no sculo XXI, procuraremos percorrer um dos seus itinerrios de indagao em perene inacabamento. Tal itinerrio contempla a apresentao dos resultados de um estudo que realizmos, incidindo nas representaes sobre a leitura de estudantes futuros profissionais da Educao, a frequentar um 1. Ciclo de estudos de Bolonha, e sua influncia em futuras prticas educativas. Na multidimensionalidade e riqueza das representaes que emergiram de tal estudo, destacou-se a associao do conceito de leitura s palavras conhecimento e compreenso, bem como a preferncia dos estudantes pelo livro impresso nas prticas de leitura a desenvolver com o seu futuro pblico. A leitura com fins recreativos foi amplamente depreciada pelos estudantes, bem como o desejvel entrelaamento entre leitura, prazer, partilha e afetos, apesar de, na sua maioria, declararem gostar de ler. Dada a acrescida responsabilidade destes estudantes na formao dos leitores do sculo XXI, pensamos que as suas representaes sobre a leitura so um elemento relevante no mbito de um debate mais alargado sobre as prticas de leitura que se vo entretecendo nos mltiplos espaos do/no nosso quotidiano.

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Sendo Joo Botelho um cineasta cuja constelao flmica celebra um reencontro interpretativo com autores fundamentais da literatura portuguesa, no surpreende que a sua mais recente incurso cinfila seja justamente pelo universo queirosiano com a adaptao para cinema do romance Os Maias. Neste sentido, o presente texto centra-se na anlise da transmutao cinematogrfica proposta por Joo Botelho (OS MAIAS, 2014) destacando a atualidade de um romance cannico, as suas caractersticas cinematografveis e o carter artificioso e opertico-teatral desta adaptao literria. O texto evidencia o encontro com a obra, a sua releitura e apropriao num gesto de respeito pelo escritor e pelo romance e, simultaneamente, um propsito de emancipao artstico-autoral onde o artifcio realado.