5 resultados para Língua portuguesa Português falado Estudo e ensino
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
As elevadas taxas de analfabetismo entre certos grupos etrios da populao portuguesa em idade activa, nomeadamente nas regies rurais e interiores do pas, levou criao do Ensino Recorrente (E.R.), uma modalidade de educao escolar vocacionada especialmente para a formao de adultos que abandonaram precocemente o sistema escolar e, ainda, para jovens que deixaram os cursos regulares, nomeadamente por razes de ordem laboral. Tendo desenvolvido, entre 1999 e 2004, a actividade profissional no concelho de Vila Nova de Paiva, no sector do E.R. ao nvel da educao bsica de adultos, 1 e 2 ciclos, procurmos averiguar se a frequncia desta valncia de educao de adultos trouxe algum contributo para o desenvolvimento socioeducativo e para a melhoria das condies econmicas e laborais dos jovens e adultos deste concelho. Atravs de um estudo exploratrio, de carcter descritivo, conclumos que a formao recebida constituiu uma mais-valia para os sujeitos que frequentaram o E.R., na medida em que contribuiu para a melhoria das suas condies de vida, traduzidas no aumento de conhecimentos teis para o dia-a-dia, no desenvolvimento de comportamentos benficos para a sade e preveno, numa maior conscincia cvica, na sensibilizaro pelas questes ambientais, no incremento das condies econmicas e da sua situao laboral, em geral.
Resumo:
consensualmente reconhecida na atualidade a relevncia da leitura na sociedade, abrindo-se, de forma crescente, a uma multiplicidade de dimenses alimentadas pela comunicao em rede. No ensino superior, tais dimenses merecem particular ateno, no s pelos desafios lanados pelo seu carter cada vez mais diversificado, como pelas possveis consequncias que da podem advir para o futuro profissional dos estudantes. Assim, nesta comunicao temos como objetivo indagar a importncia do livro na era digital enquanto possvel suporte configurador de prticas de leitura literria de estudantes do ensino superior a frequentar um 1. Ciclo de estudos de Bolonha. No que se refere metodologia adotada, face aos objetivos do estudo, considermos adequada uma abordagem de natureza qualitativa, tendo como referencial metodolgico o estudo de caso. Os participantes foram 27 estudantes inscritos na unidade curricular de Iniciao Leitura e Escrita que integra o plano de estudos da licenciatura em Educao Bsica, na Escola Superior de Educao de Viseu (3. ano, 1. semestre, ano letivo 2015-2016). Os instrumentos utilizados foram 27 reflexes escritas individuais realizadas no mbito do trabalho autnomo dos estudantes. A tcnica privilegiada foi a anlise de contedo. Apesar dos amplos itinerrios de leitura proporcionados pela era digital, conclui-se que os estudantes atribuem grande importncia ao livro impresso enquanto potenciador da motivao para a leitura literria, relegando para segundo plano possveis vantagens do livro em suporte digital. Embora a tecnologia seja omnipresente no seu quotidiano, o livro que resguarda os lugares das memrias que se entretecem nos seus percursos de leitura.
Resumo:
Enquadramento: A par da no alfabetizao e do abandono escolar, as taxas de insucesso no ensino fundamental no Brasil atingem indicadores preocupantes. A aprendizagem um processo complexo e so mltiplos os fatores que contribuem tanto positivamente quanto negativamente na aprendizagem dos alunos e os seus efeitos iro refletir-se no futuro dos educandos. Se h crianas com distrbios fisiopatolgicos que prejudicam a sua aprendizagem, noutras, porm, as dificuldades surgem por influncia da escola/professores e da relao destes com a famlia Objetivos: Identificar as reas de dificuldades de aprendizagem na componente curricular de português e matemtica; identificar as dificuldades nos domnios de aprendizagem de cada rea e analisar a relao das variveis sociodemogrficas e escolares com as dificuldades de aprendizagem. Material e mtodos: Estudo exploratrio-descritivo, quantitativo e correlacional numa amostra de 178 alunos, do 3 ano, numa escola pblica de Taquarana, Alagoas, Brasil. Utilizamos um questionrio para a caraterizao socio demogrfica e escolar dos alunos e uma escala utilizada na escola para a avaliao formal da aprendizagem. Resultados: Os participantes so na maioria do sexo masculino (55,6%) com uma mdia de idades de 8,53 anos, distribudos em 6 turmas (3 manh e 3 tarde) em que a menor tem 25 alunos e a maior tem 35. Demoram em mdia 20 minutos na deslocao para a escola. Verificamos que 34,3% vivem com pais solteiros, separados divorciados ou vivos. 31,5% dos alunos referem ter muito mau, ou mau ambiente familiar e h turmas onde isso mais evidente. Os pais dos alunos em 37,1% no tm instruo e em 53,4% no ajudam nos estudos ou trabalhos de casa. Os alunos que j reprovaram so 26,4% e destes, 36,2% j reprovaram 3 ou mais vezes. As dificuldades de aprendizagem em língua portuguesa e matemtica so maiores nos alunos mais velhos, do sexo masculino e que j reprovaram mais de uma vez. Um ambiente familiar mau/muito mau e a situao familiar dos pais a falta de instruo dos pais e o no ajudarem nas tarefas de casa contribui com as dificuldades. Na língua portuguesa h maior dificuldade no respeitar o momento de escuta e fala, na leitura e interpretao, produo textos e uso das regras ortogrficas. Em matemtica globalmente tm maiores dificuldades sobressaindo os parmetros de identificao das operaes nas situaes-problemas e elaborao de tabelas e grficos. Concluses: Encontramos no nosso estudo alunos com grandes taxas de reprovaes e com dificuldades evidentes tanto na língua portuguesa como em matemtica. Constatamos que diversos so os fatores que contribuem para o aparecimento das dificuldades na aprendizagem de alguns alunos mas no podemos deixar de refletir sobre a influncia da famlia. A destruturao familiar, mau ambiente e o fato de no terem instruo e no ajudarem os filhos nos estudos mostraram-se influenciadores no insucesso dos alunos PALAVRAS-CHAVE Aprendizagem, Dificuldades de aprendizagem, Famlia, Educao.
Resumo:
O manual escolar tem sobrevivido ao longo dos tempos como artefacto curricular central, independentemente das diferenas polticas, culturais e de ritmos de mudana, bem como de todas as polmicas a ele associadas. Situado, muitas vezes, entre dois planos separados - por um lado, o plano da conceo, desenho e autorizao, nas mos do perito que domina e concebe o discurso e o regula politicamente (Bonaf, 2011, p. 89) e, por outro lado, o plano da aplicao que fica nas mos do professor, leigo que atua numa posio passiva de recetor dependente daquela em que o discurso o coloca (Bonaf, 2011, p. 89) visto como uma forma de saber, de circulao legtima do saber e de acesso ao saber (Bonaf, 2011, p. 16). Considerando que, em Portugal, o processo de elaborao, adoo e utilizao deste recurso didtico, estabelecido pela lei n. 47/2006, de 28 de agosto, visa, entre outros aspetos, garantir a sua conformidade com os programas e orientaes curriculares, pretendemos, com este trabalho, analisar e discutir as alteraes dos manuais escolares causadas pelas mudanas ao nvel das orientaes programticas. Foi feita uma anlise de contedo de onze manuais de Português do ensino bsico, publicados por seis editoras diferentes, tendo em conta as seguintes categorias: estrutura global do manual escolar; descritores de desempenho que o manual escolar operacionaliza; e textos destinados a promover a educao literria includos no manual escolar. Os resultados da anlise indicam que, apesar do ritmo acelerado de mudana da sociedade atual, as orientaes programticas, determinadas politicamente, so o principal fator que influencia as alteraes nos manuais escolares de Português e que a informao sobre as prticas est pouco presente neste processo.
Resumo:
A relao entre Literatura e Língua tem vindo a ser reconstruda nos diferentes documentos reguladores da ao docente. Esta alterao, impulsionada pelo documento Metas Curriculares de Português (MCP) para o Ensino Bsico, influenciou os manuais escolares entretanto reformulados e avaliados. Neste artigo discutimos: (1) o impacto do domnio da Educao Literria (EL) definido pelas MCP na organizao de onze manuais de Português do 1., 2. e 3. Ciclos do Ensino Bsico (CEB), de seis editoras diferentes; (2) as repercusses da aplicao do corpus literrio na operacionalizao dos domnios da Oralidade, Leitura, Escrita e Gramtica. Nesta anlise, confrontamos manuais adaptados e no adaptados s MCP, o que nos permite concluir que o domnio da EL tem pouco impacto na macroestrutura dos manuais, mas repercusses significativas nos cenrios didticos associados explorao dos outros domnios, devido ao corpus literrio prescrito, motivando reflexes sobre o papel do texto literrio num manual de Português.
