2 resultados para Jerusa Pires Ferreira
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
Abstract Background: Communication is a basic tool in nursing, a crucial element of care. The quality of the interactions that take place between the nurse and the user/family influence their satisfaction and security felt with the care received. Objectives: To identify the communication skills and interpersonal relationship of nursing students in health care; identify the sociodemographic and academic variables influencing communication skills and interpersonal relationship of nursing students in health care. Methodology: Quantitative study, cross-sectional, descriptive and correlational. The data collection instrument was a questionnaire with questions concerning the socio-demographic and academic characterization; basic skills of interview and clinical communication in health care; learning of clinical communication skills and range of communication skills and interpersonal relationship. The sample consisted of 374 nursing students from two Portuguese schools. Results: The majority were female (80.5%), in the age group of 18-21 years. The students recognize the importance of clinical communication skills and interpersonal relations in nursing practice (82.4%); agreed on the teaching methods of communicational skills (54.3%). Evaluated their training in the area as good (71.7%). Age, semester and school influenced communication skills and interpersonal relationship of students (p <0.5) Conclusion: The results obtained allow us to state that the education / training of nursing student in the relational context is of fundamental importance in building capacity for competent professional practice.
Resumo:
O romance Cântico Final insta o leitor a refletir sobre o significado da vida num Mundo em que, conforme afirma Elsa (uma das personagens centrais da obra), Deus morrera: “ […] que pena Deus ter morrido! Já o não podemos desafiar…” (147).Porém, ao proclamarem a morte de Deus, quer Elsa, quer Mário, o protagonista, com quem Elsa vive um romance fugaz mas intenso, ficam à mercê da sua condição humana de incompletude e de uma linguagem também humana e como tal reducionista, precária. Ainda que nos momentos de maior intimidade entre si estas personagens prefiram o silêncio ao diálogo, numa tentativa de aproximação e comunhão com um absoluto dessacralizado, a sua demanda de plenitude permanecerá vã. É o que acontece, por exemplo, quando o casal passa férias em Sesimbra, uma vila junto ao mar, com toda a simbologia que os espaços marítimos transportam e evocam. Já a Morte é incontornável, total e definitiva. É devido à inverosimilhança da morte dos seus pais que Mário abandona o espaço rural da sua aldeia e ruma a Lisboa, espaço cosmopolita, de arte e de cultura. Aí, cruza-se com várias personagens que o fazem acreditar no potencial da Arte para captar os pequenos milagres e aparições da vida. Contudo, também a arte, seja a verbal, a pictórica ou a quinestésica, é uma forma de linguagem e daí a sua natureza humana, truncada. Por isso Mário, confrontado com a iminência da sua própria morte, retorna às origens, ao espaço rural que tão bem se enquadra na noção de trialética da espacialidade tal como foi definida por Edward Soja (1999), ou seja espaço macro e micro, subjectivo e imaginado, vivido e experienciado. Ao pintar a capela da Senhora da Noite, erigida no cimo de um monte transbordante de silêncio, Mário assegura, ainda que muito parcialmente, a sua permanência, ao mesmo tempo que o rosto da Senhora da Noite capta, também fruto das tintas de Mário, uma parcela da essência de Elsa. O protagonista responde assim, de um certo ponto de vista, ao apelo de lugar, “pull of place”, como é definido por Lucy Lippard (1997,20) que lhe permite, ainda que ilusoriamente, ultrapassar o sentimento de alienação que mora em si como em todo o sujeito. Circular como a trajetória de Mário, a diegese abre e fecha num mesmo espaço: a aldeia, lugar não de ausência, mas de presença, próxima como está da voz primordial, de que são testemunho as pedras e a montanha secular, símbolos de “união indestrutível dos céus e da terra” (127).