6 resultados para Healthy eating
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
Introdução: A obesidade é reconhecida pela OMS como um importante problema de saúde pública, que afeta adultos, crianças e adolescentes e que tem tomado proporções epidémicas em todo o mundo. Os estudos revelam que os pais, mas sobretudo as mães se mostram preocupadas e concordam com a adoção de hábitos alimentares saudáveis, no entanto a perceção que estas têm do estado nutricional dos filhos nem sempre é adequada e frequentemente a imagem corporal é distorcida, percebendo-se contudo que esta distorção tem vindo a diminuir. Foi neste âmbito que emergiu como objetivo geral deste estudo, explorar a evolução da perceção parental da imagem corporal da criança em dois estudos, estudo A (Graça Aparício) e estudo B (Graça Aparício, Madalena Cunha, João Duarte; Anabela Pereira, Jorge Bonito, Carlos Albuquerque), publicados respetivamente, em 2012 e 2013 e relacioná-la com o comportamento alimentar da criança do estudo B. Material e métodos: Este estudo de carácter retrospetivo e transversal, foi realizado com as crianças que participaram no estudo A e no estudo B, num total de 2216 crianças em idade pré-escolar, média idade= 4.51 anos (±0.97Dp), residentes as crianças do estudo A na região de Viseu e Dão e as do estudo B, nas regiões Viseu, Lamego, Vila Real, Évora e Leiria, tendo sido efetuada pelos autores originais, uma avaliação antropométrica e classificação nutricional das crianças com base no referencial NCHS (CDC, 2000). Para a recolha de dados os autores originais, utilizaram um Questionário de Caracterização Sociodemográfica das Crianças e dos Progenitores; o Questionário de Avaliação da Perceção Parental da Imagem Corporal da criança (Collins, 1991) e o Questionário de Caracterização do Comportamento Alimentar Infantil (CEBQ), traduzido e validado para a população portuguesa por Viana & Sinde (2008). Resultados: Comparativamente ao estudo A, no estudo B os pais revelaram-se significativamente mais preocupados com o estado nutricional dos seus filhos (p= 0,000). Ainda no estudo B uma maior percentagem de pais assinala as imagens representativas de pré-obesidade (27,5%) e obesidade (0,6%), comparativamente ao estudo A, onde se verifica o oposto; uma maior sinalização das crianças no grupo da normalidade e baixo-peso (56,3% e 20,4% respetivamente). Apurou-se uma diferença de médias significativa da perceção parental da imagem corporal da criança entre o estudo A e o estudo B, evidenciando a perceção dos pais, a uma maior aproximação com os valores mais elevados de IMC dos filhos, ou seja, os pais têm uma perceção menos distorcida da imagem corporal dos filhos, quando estes apresentam valores de IMC mais elevados. Relativamente ao comportamento alimentar, apesar dos comportamentos de “atração pela comida” se associarem a uma perceção parental de imagem corporal maior, e de alguns dos comportamentos de “evitamento da comida” se associarem a uma perceção parental de imagem corporal menor, a relação entre o comportamento alimentar e a perceção parental da imagem corporal criança não se revelou significativa. Conclusões: Os resultados indicam uma maior acurácia da perceção da imagem corporal dos pais ao real estado nutricional dos filhos, podendo este facto ser o primeiro passo para o seu reconhecimento do excesso de peso dos seus filhos e facilitar a adequação a um estilo de vida mais saudável entre as crianças em idade pré-escolar, e maior sensibilização da família para o controlo do excesso de peso na infância. Palavras-chave: Perceção parental, imagem corporal, Obesidade infantil.
Resumo:
O tema alimentação é uma preocupação nos dias atuais. O aparecimento de doenças associadas aos excessos alimentares, diferentes culturas e informação transmitida, são problemas constantes e preocupantes na sociedade. As pessoas têm de ser educadas desde pequenas para esta situação, valorizando toda a informação que recolhem por parte do meio envolvente e colocando em prática o que aprenderam. Este trabalho baseou-se na avaliação de alguns indivíduos sobre o conhecimento e práticas que têm sobre o tema alimentação saudável. Escolheu-se um grupo de indivíduos que frequentavam do 5º ao 9º ano de escolaridade, do concelho de Viseu. O objectivo pretendido consistia em avaliar o conhecimento adquirido no convívio com a família e amigos, na escola e no marketing que os rodeia, verificando se era colocado em prática, ou se o conhecimento era insuficiente. Adotou-se o método de inquéritos por questionários para recolher a informação necessária e o SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) como software para fazer a análise. As escolas escolhidas, encarregados de educação e alunos foram muito recetivos a este questionário, tornando possível uma amostra de 852 inquiridos, dos quais 50,12% são do sexo feminino e 49,88% são do sexo masculino, e cujas idades variam entre os 10 e os 18 anos. De modo geral percebe-se que os inquiridos têm alguma informação sobre alimentação saudável. A maior parte (93,8%) identifica a roda dos alimentos atual e é através da escola (60,2%) e pais/familiares (75,1%) que obtêm o seu conhecimento. No entanto, numa avaliação global resultante de uma análise de clusters, conclui-se que os indivíduos que até possuem algum conhecimento representam um terço dos alunos (38,7%), o que demonstra que ainda há barreiras que têm que se transpor para alertar a população estudantil para este assunto.
Resumo:
The prevalence of overweight and obesity among children is increasing; hence, it was aimed to assess the Body Mass Index (BMI) in school children aged from 10 to 18 years for girls and to 17 for boys, as well as to identify the factors influencing BMI. This study included 742 students who answered a questionnaire previously approved for application in schools. The results showed some sociodemographic factors associated with BMI classes: age, school year, practicing high competition sport, being federate in a sport or having a vegetarian diet. The educational factors associated with BMI classes included only seminars given at school by a nutritionist. Behavioural factors significantly associated with BMI included: learning in classes, playing in the open air, reading books or use of internet. As conclusion, the results demonstrated that several factors affect BMI, and hence some actions could be taken in order to change them so as to reduce the prevalence of overweight, namely reinforcing the role of school and a more active participation of nutritionists in the education of the adolescents.
Resumo:
Problem statement: Dietary fibre (DF) has been recognized as a major determinant for improvement of health. Hence the means of information through which people become aware of its benefits are crucial. Research questions: Where do you usually find information about dietary fibre? What means of communication do you consider the most appropriate to encourage the consumption of dietary fibre? Purpose of the study: This work aimed at studying the sources of information about dietary fibre, as a means to educate people about aspects related to healthy eating. Factors such as gender, level of education, living environment or country were evaluated as to their effect on the selection of sources and preferences. Research Methods: Descriptive cross-sectional study by means of a questionnaire, applied to a non-probabilistic sample of 6010 participants from 10 countries in different continents (Europe, Africa and America), answered after informed consent by all participants. For the analysis were used several descriptive statistics tools, crosstabs and chi square test to assess the relations between some of the variables under study. Findings: Mostly the information about DF comes from the internet, but television is recognized as suitable. Differences were found between genders, levels of education, living environments and countries. The internet (preferred source), got highest scores for Hungary, urban areas, university education and female gender. The radio (least scored source) was preferred in Egypt, for men and with lower education (primary school). Conclusions: People get information through the internet due to easy access. However, it is to some extent a risk given the impossibility to control de information made public on the internet. The role of health centres and hospitals as well as schools should definitely be increased, as a responsible way to ensure correct information.
Resumo:
Dietary fibre (DF) has been recognized as a major determinant for improvement of health. Hence the means of information through which people become aware of its benefits are crucial. This work aimed at studying the sources of information about DF, as a means to educate people about aspects related to healthy eating. Factors such as gender, level of education, living environment or country were evaluated as to their effect on the selection of sources and preferences. For this, a descriptive cross-sectional study by means of a questionnaire, applied to a non-probabilistic sample of 6010 participants from 10 countries in different continents (Europe, Africa and America), answered after informed consent by all participants. For the analysis were used several descriptive statistics tools, crosstabs and chi square test to assess the relations between some of the variables under study. The results showed that mostly the information about DF comes from the internet, but the participants recognize that television might be a most suitable way to disseminate information about DF. The results also indicated differences between genders, levels of education, living environments and countries. The internet, the preferred source of information, got highest scores for Hungary, for urban areas, for university level of education and for female gender. The radio, the least scored source of information, was preferred in Egypt, for men and with lower education (primary school). As a conclusion, people get information through the internet due to easy access. However, it is to some extent a risk given the impossibility to control de information made public on the internet. The role of health centers and hospitals as well as schools should definitely be increased, as a responsible way to ensure correct information.
Resumo:
Introdução: Os estilos de vida actuais podem estar associados a comportamentos de risco que estão na base do perfil de saúde de um país. Objetivos: O objectivo do estudo consiste na avaliação dos determinantes da saúde e sua associação com variáveis sóciodemográficas numa amostra de crianças portuguesas dos 3 aos 10 anos de idade. Métodos: Foi realizado um estudo transversal desenhado com um total de 1617 crianças de escolas públicas, a partir dos dois principais grupos escolares de Tondela e Vouzela, Portugal. A amostra final do estudo foi construído com um total de 1365 crianças com idades compreendidas entre os 3 e 10 anos de idade. A recolha de dados foi realizada através da distribuição de um questionário auto-administrado aos pais e cuidadores das crianças. Resultados: Verificou-se que as crianças mais velhas tinham uma menor adesão a hábitos alimentares saudáveis e uma maior prevalência de atividade física. Os meninos tinham níveis mais elevados de atividade física e maior prevalência de sedentarismo, em comparação com as meninas. A área de residência das crianças foi associada a uma maior prevalência de consumo de fastfood e comportamentos sedentários. Torna-se evidente a necessidade de realizar intervenção sobre os grupos sociais mais vulneráveis para obter a igualdade em saúde de forma mais eficaz. A definição de estratégias de promoção da saúde deve ser seriamente considerada nas comunidades, a fim de melhorar os estilos de vida saudáveis entre as crianças portuguesas e as suas famílias.