3 resultados para Gastrointestinal-tract
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
As camarinhas ('Corema album' L. D. Don) são pequenos frutos selvagens que se desenvolvem em arbustos dunares ao longo das costas da Península Ibérica. Apesar de serem ainda pouco conhecidas, as camarinhas são pequenos frutos que podem pertencer ao vasto grupo dos frutos vermelhos, vulgarmente conhecidos pelos seus efeitos benéficos na saúde. Desta forma, neste estudo foram realizadas várias análises às camarinhas no que respeita a propriedades de natureza física e química e em particular a alguns compostos com efeitos bioativos. Com a realização deste trabalho pretendeu-se avaliar as propriedades físico-químicas das camarinhas, bem como dos compostos bioativos com potenciais benefícios para a saúde. Nesse sentido, as bagas de camarinha foram avaliadas quanto às suas propriedades físicas (dimensões, peso, cor e textura), propriedades químicas (humidade, acidez, ºBrix, fibra, açúcares totais, açúcares redutores e vitamina C) e propriedades fenólicas (compostos fenólicos totais, orto-difenóis, flavonóides, taninos e atividade antioxidante, por DPPH e ABTS), em diferentes extratos de amostras de polpas e de grainhas liofilizadas. Os primeiros extratos ainda foram submetidos a uma simulações das condições do trato digestivo, para avaliar a bioacessibilidade dos compostos fenólicos e da atividade antioxidante. Este trabalho teve ainda como objetivo conhecer a bioacessibilidade dos compostos fenólicos totais e da sua atividade antioxidante, através do método da simulação “in vitro” das diferentes etapas do trato gastrointestinal. No que diz respeito às propriedades físicas analisadas, as camarinhas frescas demonstraram uma altura média de 8,6 mm, um diâmetro médio de 9,4 mm e uma massa média de 0,7 g. Relativamente à caraterização da cor, estas apresentavam uma cor clara (L*=79,8). Quanto à textura apresentaram alguma elasticidade média (2,9 mm) e uma baixa dureza (1,9 N). Nas análises químicas as camarinhas revelaram ser compostas, maioritariamente, por água (87,9%), por açúcares totais e fibras. Para além disso, apresentavam um teor em sólidos solúveis totais de 6,3 ºBrix, uma acidez de 1,4 g ácido tartárico/100 g e um teor de vitamina C de 2,8 mg de ácido ascórbico/100 g.Na quantificação dos compostos fenólicos totais e flavonóides, os extratos de acetona:água das amostras de polpas de camarinha branca apresentaram os valores mais elevados, 1614,1 mg EAG/100 g e 143,7 mg EQ/100 g, respetivamente. Relativamente à quantificação dos orto-difenóis e dos taninos os extratos de metanol e de acetona:água das amostras de grainhas de camarinha branca registaram os valores de 23,4 mg EAG/100 g e 915,7 mg/100 g, respetivamente. Na atividade antioxidante por DPPH e ABTS os extratos de acetona:água das amostras de polpas de camarinha branca apresentaram, respetivamente, os valores de 40,1 µmol ET/g e de 79,6 µmol ET/g. Na avaliação da bioacessibilidade verificou-se que ocorreu uma maior percentagem de compostos fenólicos disponíveis para absorção e uma maior preservação da sua atividade antioxidante nos extratos das grainhas, comparativamente aos extratos das polpas. Com este estudo concluiu-se que as camarinhas são pequenos frutos portadores de um grande potencial em diversos compostos bioativos benéficos para a saúde dos consumidores.
Resumo:
Probiotics are living microorganisms which, when ingested in certain amounts, have a positive impact on human health, mainly due to their roles in improving the balance of the intestinal microflora. On the other hand, the prebiotic are food ingredients that may also have a positive impact in the improvement of the intestinal flora. These components, which fall into the category of fibers, are not digested in the upper gastrointestinal tract, and therefore reach the colon where they stimulate the growth and/or the activity of some types of bacteria. The term synbiotic is used for products that contain both probiotics and prebiotics, thus taking advantage of both the addition of beneficial bacteria and the encouragement of the growth of resident beneficial bacteria. The present chapter aims to review the scientific literature related to prebiotics, probiotics and synbiotics, including their identification, properties and health benefits.
Resumo:
Dietary fiber was classified according to its solubility in an attempt to relate physiological effects to chemical types of fiber. Soluble fibers (B-glucans, gums, wheat dextrin, psyllium, pectin, inulin) were considered to have benefits on serum lipids, while insoluble fibers (cellulose, lignin, pectins, hemicelluloses) were linked with laxation benefits. More important characteristics of fiber in terms of physiological benefits are viscosity and fermentability. Viscous fibers (pectins, B-glucans, gums, psyllium) are those that have gel-forming properties in the intestinal tract, and fermentable fibers (wheat dextrin, pectins, B-glucans, gum, inulin) are those that can be metabolized by colonic bacteria. Objective: To summarize the beneficial effects of dietary fiber, as nutraceuticals, in order to maintain a healthy gastrointestinal system. Methods: Our study is a systematic review. Electronic databases, including PubMed, Medline, with supplement of relevant websites, were searched. We included randomized and non-randomized clinical trials, epidemiological studies (cohort and case-control). We excluded case series, case reports, in vitro and animal studies. Results: The WHO, the U.S. Food and Drug Administration (FDA), the Heart Foundation and the Romanian Dietary Guidelines recommends that adults should aim to consume approximately 25–30 g fiber daily. Dietary fiber is found in the indigestible parts of cereals, fruits and vegetables. There are countries where people don’t eat enough food fibers, these people need to take some kind of fiber supplement. Evidence has been found that dietary fiber from whole foods or supplements may (1) reduce the risk of cardiovascular disease by improving serum lipids and reducing serum total and low-density lipoprotein (LDL) cholesterol concentrations, (2) decreases the glycaemic index of foods, which leads to an improvement in glycemic response, positive impact on diabetes, (3) protect against development of obesity by increasing satiety hormone leptin concentrations, (4) reduced risk of developing colorectal cancer by normalizes bowel movements, improve the integrity of the epithelial layer of the intestines, increase the resistance against pathogenic colonization, have favorable effects on the gut microbiome, wich is the second genomes of the microorganisms, (5) have a positive impact on the endocrine system by gastrointestinal polypeptide hormonal regulation of digestion, (6) have prebiotic effect by short-chain fatty acids (SCFA) production; butyrate acid is the preferred energy source for colonic epithelial cells, promotes normal cell differentiation and proliferation, and also help regulate sodium and water absorption, and can enhance absorption of calcium and other minerals. Although all prebiotics are fiber, not all fiber is prebiotic. This generally refers to the ability of a fiber to increase the growth of bifidobacteria and lactobacilli, which are beneficial to human health, and (7) play a role in improving immune function via production of SCFAs by increases T helper cells, macrophages, neutrophils, and increased cytotoxic activity of natural killer cells. Conclusion: Fiber consumption is associated with high nutritional value and antioxidant status of the diet, enhancing the effects on human health. Fibers with prebiotic properties can also be recommended as part of fiber intake. Due to the variability of fiber’s effects in the body, it is important to consume fiber from a variety of sources. Increasing fiber consumption for health promotion and disease prevention is a critical public health goal.