5 resultados para Formação superior
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
O nosso olhar para o futuro da formação de educadores de infância e professores foca três eixos de tensão: o primeiro entre as mudanças no contexto do ensino superior, associados à alteração na habilitação profissional, que revelam uma aposta na internacionalização e a lógica e tónica maioritariamente nacional da formação de professores; o segundo entre a organização do ensino superior e a especificidade do saber dos profissionais a formar; e o terceiro entre a formação de professores no ensino superior como conduzindo a autonomia profissional e produção de conhecimento e a influência de agendas políticas e económicas, externas à arena da educação. Os três eixos implicam olhar a formação de professores como realizando-se no contexto do ensino superior mas em interface com o sistema educativo não superior, ligando-se a diferentes interlocutores e decisores. Tanto potenciais espaços de afirmação como zonas de pressão serão delimitados, num esforço de identificação das tensões que enformam quer decisões quotidianas quer reformas estruturais.
Resumo:
O presente artigo pretende evidenciar a importância da mudança de paradigma que temos assistido em relação ao perfil do secretariado e das funções que lhes são inerentes e exigidas pelo mercado de trabalho, em organizações que se pretendem competitivas e eficientes. Pretende-se ainda demonstrar de que forma a transferência de conhecimento e os critérios de formação de nível 6 (segundo o referencial europeu de qualificação, que corresponde ao grau de licenciatura em Portugal) exigidos no Espaço Europeu de Ensino Superior contribuem para a preparação de profissionais qualificados e diferenciados para o desempenho do apoio de secretariado nas mais diversas áreas de atuação.
Resumo:
Este estudo exploratório procura analisar o impacto do está- gio, integrado do curso de Licenciatura em Educação Social (ESEV-IPV), no que diz respeito aos benefícios da intervenção socioeducativa com pessoas idosas percecionados pelo públi- co-alvo e pelos promotores dos projetos. O estágio surge, no processo de formação, como um contacto formal e estruturado com o mundo do trabalho. Partindo do reconhecimento da im- portância da educação no trabalho social e, mais concretamente, na intervenção gerontológica, importa saber qual a contribui- ção da Educação Social na capacitação individual e social para a promoção de um envelhecimento mais digno, ativo e bem- suce- dido. Durante os anos letivos 2009/2010, 2010/2011, 2011/2012 e 2013/2014 auscultou-se a opinião do público-alvo dos projetos de estágio (pessoas idosas) e pelos próprios estagiários acerca do impacto das atividades desenvolvidas, tendo-se recorrido a questionários e entrevistas estruturadas para o efeito. Os resul- tados sugerem a importância das atividades ao nível do aumento do bem-estar pessoal e relações interpessoais, reportado quer por estagiários, quer por pessoas idosas. Dado o contributo que o Educador Social pode ter no envelhecimento, apresenta-se a necessidade de se preparem Técnicos Superiores de Educação Social capacitados para as especificidades do trabalho com esta população-alvo.
Resumo:
Ser professor é uma profissão intrinsecamente ligada ao conhecimento. Reconhecendo que a centralidade da epistemologia da prática profissional para a profissionalidade (Roldão, 2005a; Tardif, 2000) não permite escamotear debates diversos sobre a natureza do conhecimento em causa, focamos a nossa atenção menos sobre as características desse corpo de conhecimento e mais sobre o papel dos professores relativamente à sua produção. Zeichner (2008) destacou o progresso verificado no reconhecimento do potencial do conhecimento produzido por práticos para a investigação em educação, para a formação de professores e para a política educativa, lamentando que esse conhecimento seja ainda marginalizado. Com a habilitação docente situada ao nível do 2.o ciclo (mestrado), reafirmam-se leituras de reconhecimento de legitimação da investigação produzida pelos professores e de expectativa de aumento dessa produção, afirmadas relativamente à transição de bacharelato para licenciatura (Roldão, 2002). Pretendemos contribuir para este debate apresentando dados de um estudo sobre a variação existente nos cursos de formação inicial acerca do papel da investigação quer na formação quer na profissão futura. Os dados foram recolhidos no âmbito das anteriores licenciaturas em educação de infância, mas mantém-se a sua relevância para o debate em torno das expectativas formativas relativas à dimensão investigativa nos cursos de formação de professores. Confrontaremos perspetivas de: a) futuros educadores de infância, recolhidas através de questionários com questões abertas, e b) docentes dos cursos, recolhidas através de entrevistas semiestruturadas. A recolha foi realizada em duas das dez instituições de ensino superior público identificadas como exigindo um trabalho de investigação no ano final do curso. Encontrou-se consenso entre estudantes e docentes sobre a importância da investigação como parte do trabalho docente, reconhecendo-se contributos para a qualidade do mesmo. A diversidade de argumentações para justificar a relação investigação-profissão alinha-se com perspetivas existentes na literatura. Realça-se a ausência, ao nível das razões expressas pelos participantes, da produção de conhecimento profissional específico, associado à afirmação da profissionalidade, relevante tendo em conta que um estatuto de profissionalismo exige um conhecimento profissional que sustenta a afirmação e a distinção social da profissão (Rodrigues, 2002). Para a discussão dos resultados mobilizou-se a complexa relação entre profissionalização docente e produção de conhecimento profissional (Cochran-Smith & Lytle, 2009a; Diniz-Pereira & Zeichner, 2008), assim como resultados de estudos em contextos europeus que abordaram temáticas semelhantes.
Resumo:
"Os trabalhos dos Grupos do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, preparatórios da implementação do Processo de Bolonha, estão finalizados. Em onze áreas científicas, foi desenvolvida pelos Grupos uma profunda e rigorosa reflexão. Para a elaboração dos seus pareceres, os Grupos atenderam, não só ao documento do MCIES, Orientação para Harmonização de Estruturas de Formação, mas também às opiniões recolhidas junto de organizações profissionais, instituições de ensino superior e, na maioria dos casos, dos Coordenadores dos Grupos do MCIES. Na expectativa de que este trabalho possa contribuir para o sucesso da implementação do Processo de Bolonha, nas diferentes áreas científicas, agradece-se a colaboração de todos". O Coordenador dos Grupos Prof. Doutor Jorge Justino