4 resultados para Ecologia alimenta. Dominância social. Qualidade de alimento
em Instituto Politécnico de Viseu
Resumo:
Introdução: A doença cardiovascular é uma das principais causas de incapacidade e diminuição da qualidade de vida. O grande investimento na atuação preventiva ou de reabilitação impõe um apelo especial à conjugação de esforços por parte de todos os interlocutores. Neste contexto, o objetivo do presente estudo centrou-se em avaliar o impacto de um Programa de Reabilitação na qualidade de vida e outros indicadores de saúde em indivíduos que possuam doença cardíaca, analisando a influência das variáveis sociodemográficas, antropométricas, clínicas, de qualidade de vida e de atividade física. Método: Recorrendo a um estudo de natureza quantitativa, do tipo prospetivo com características pré-experimentais, inquirimos 48 indivíduos portadores de patologia cardíaca, na sua maioria do género masculino (75%), com idades compreendidas entre os 26 e 87 anos (M= 57.90; Dp= 12.23), casados (81.2%), reformados (45,8%), com fatores de risco cardiovascular (87.5%), que se encontram com algum grau de limitação física para atividades quotidianas. O protocolo de pesquisa inclui, além de uma ficha sociodemográfica e clínica, instrumentos de medida aferidos e validados para a população portuguesa (Qualidade de Vida e Índice de Atividade Física), os quais foram aplicados antes e após a Fase II do Programa de Reabilitação Cardíaca, Resultados: Após implementação do Programa de Reabilitação Cardíaca, os resultados evidenciam uma melhoria estatisticamente significativa nos dados antropométricos (peso, IMC e PA), nas características analíticas (CT, LDL, TG, HDL e glicemia), nos dados hemodinâmicos (PAS, PAD, FE%), na prova de esforço (METs e %FC) e ainda na qualidade de vida (nos seus domínios emocional, físico, social e global) e no índice de atividade física (vigorosa, moderada, caminhada, METs e tempo sentado). Conclusão: A evidência dos resultados obtidos dá corpo à importância duma abordagem multidisciplinar nos programas de reabilitação cardíaca, realçando a necessidade de aumentar a taxa de referenciação para os centros existentes e a necessidade de criar novos centros, de forma a se poderem proporcionar cuidados considerados essenciais na recuperação pós-evento agudo e na prevenção da doença cardiovascular e cardíaca em geral. Palavras-Chave: Reabilitação Cardíaca; Qualidade de Vida; Fatores de Risco Cardiovascular.
Resumo:
Enquadramento: Embora o ciclo menstrual seja um fenômeno normal na vida de mulheres em idade fértil, a ele podem se associar síndromes de intensidade variável. Objectivo: Determinar o impacto da síndrome pré-menstrual e da síndrome disfórica pré-menstrual na qualidade de vida de mulheres em idade fértil, comparadas a mulheres sem essas síndromes. Material e Métodos: Procedeu-se a estudo quantitativo, descritivo, correlacional, transversal, com 60 participantes do sexo feminino (16 com síndrome pré-menstrual, 28 com sintomatologia compatível com SDPM e 16 não apresentavam sintomas compatíveis com diagnóstico), A colheita de dados foi no Ambulatório de Ginecologia do Hospital Militar de nível terciário no período de janeiro a fevereiro de 2015, apresentando idade entre 18 e 56 anos, menarca há mais de um ano; ciclos menstruais em ausência de uso de terapia de reposição hormonal, com queixas associadas ao período menstrual. Três instrumentos de recolha de dados foram empregados: um questionário de identificação da paciente e caracterização de vida reprodutiva; o Questionário de Triagem de Sintomas Pré-menstruais e o Short Form Health-Survey com 36 itens. Para organização e análise dos dados, foi empregado o programa Statistical Package for Social Sciences, na versão 21.0. As variáveis foram dicotomizadas, para análise de contingência com o teste exato de Fisher. Para comparação de médias, foram utilizados o teste de diferença de médias de amostras independentes e o teste Kruskal Wallis, todos em nível de significância de 0,05. Resultados: A prevalência de síndrome menstrual igualou-se a 76,3%, sendo 46,6% compatível com síndrome disfórica e 29,7% com síndrome pré-menstrual. Esses grupos diferiram significantemente nos sintomas de ansiedade/tensão, fadiga/perda de energia, dificuldade de concentração, fome excessiva ou anorexia e sentimento de opressão. A síndrome disfórica pré-menstrual associou-se a maior comprometimento de relações sociais, familiares e domésticas, bem como à perda de saúde geral e de saúde mental, nos domínios de vitalidade, funções sociais, limitações devidas a problemas emocionais e saúde mental. Essas alterações não interferiram na percepção da libido e de orgasmo, mas alguns domínios da qualidade de vida estiveram associados a características reprodutivas. Conclusão: As síndromes pré-menstruais comprometem a qualidade de vida das utentes e requerem assistência voltada à melhoria do conhecimento das mulheres sobre seu problema de saúde. Palavras-chave: Síndrome pré-menstrual, Síndrome disfórica pré-menstrual, Qualidade de vida.
Resumo:
O treino desportivo representa uma vertente cada vez mais importante na evolução da formação desportiva, proporcionando aos atletas o desenvolvimento das suas capacidades motoras e, paralelamente, contextos que visam estimular a tomada de decisão com vista à obtenção do sucesso nas diferentes modalidades desportivas. Com efeito, esta importância remete para o cuidado redobrado quando no domínio do treino de jovens, pelas especificidades que esta faixa etária apresenta, não apenas numa dimensão física ou tático-técnica, mas igualmente nos fatores psicológico e social. O presente estudo revela a perceção dos treinadores sobre a influência dos diferentes recursos na qualidade da condução do treino de jovens atletas de 3 modalidades desportivas. Identificaram-se 6 recursos que designamos de: materiais, espaciais, temporais, humanos, logísticos e financeiros. Para tal, utilizaram-se como instrumentos de recolha de dados um questionário, construído e previamente validado para o efeito, assim como uma entrevista semiestruturada. Participaram no estudo 51 Treinadores e 3 Coordenadores Técnicos pertencentes a clubes que treinam escalões de formação dos 8 aos 12 anos de idade, nas modalidades de Basquetebol, Futebol e Andebol, no Distrito de Viseu. Da simbiose entre as análises de índole quantitativa e qualitativa, os resultados revelaram influência relevante dos recursos materiais, espaciais e temporais, apontados pelos Treinadores e descritos como essenciais para a qualidade do processo do treino. Por seu lado, os recursos logísticos apresentam-se aquém das expetativas dos inquiridos, podendo aumentar a motivação e tempo dedicado ao treino, caso existisse maior apoio da estrutura organizacional. No que concerne aos recursos humanos, verificou-se diferença significante nas perceções dos inquiridos uma vez que existe, igualmente, uma discrepância relativa ao número e qualidade deste recurso, de acordo com os diferentes contextos desportivos. Não obstante, a heterogeneidade nas respostas é mais acentuada no referente ao fator financeiro.
Resumo:
O envelhecimento generalizado da população portuguesa tem levado ao aparecimento de novas políticas sociais de curto, médio e longo prazo, que se repercutem na actual organização social com a criação de instituições de apoio aos idosos, às quais é cada vez mais requerido a prestação de um serviço de qualidade. Por isso, elegemos como objecto de estudo uma instituição pioneira em Portugal, o Centro de Convívio e Apoio à Terceira Idade do Tortosendo, e como problemática geral, saber se este contribui para a inserção social do idoso na comunidade local, procurando analisar e compreender o seu contributo no combate à exclusão social. Através de um estudo exploratório, de carácter descritivo, concluímos que esta Instituição desempenha um papel significativo na inserção social do idoso na comunidade local, na medida em que os idosos revelam um forte sentimento de pertença para com a Instituição.