4 resultados para Aves - Esperança de vida

em Instituto Politécnico de Viseu


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É um facto que a incerteza sobre o futuro das sociedades tem de ser modelada e incorporada na sua avaliação, fora do período explícito de análise, ou seja: nos valores de continuidade (VC), valor residual (VR) ou valor terminal (VT), considerados nos modelos de avaliação. Existem inúmeros fatores que influenciam o valor de continuidade das empresas e que não são, atualmente, considerados nos modelos de avaliação de empresas, destacando-se, entre os mais relevantes, a ausência de quaisquer referências à esperança média de vida das empresas. De facto, ao ignorarmos esses fatores, podemos incorrer em erros irreparáveis, conduzindo as avaliações a valores de goodwill ou badwill, muito longe do real valor substancial dos ativos, que lhes é intrínseco. Como consequência, os referidos resultados apresentar-se-ão vincadamente diferentes dos valores de mercado. Assim, porque não considerar modelos alternativos (incorporando nos mesmos a esperança de vida das empresas) e a influência de outros fatores, de forma a obter um ajustamento mais eficiente, no que respeita à forma de cálculo do valor da empresa? Este trabalho pretende fornecer um contributo neste domínio, tendo como primeiro objetivo (e para além da revisão da literatura existente sobre a matéria) a construção de uma tábua de mortalidade para as empresas portuguesas, que possa ser utilizada para eliminar ou, pelo menos, reduzir um dos principais problemas causadores de distorção dos atuais modelos de avaliação de empresas: a premissa de existência (ilimitada no tempo) de uma empresa. Com esse propósito, através da metodologia associada à construção de tábuas de mortalidade para os seres humanos, construímos uma tabela com a esperança média de vida associada às empresas portuguesas. Assim, usando uma base de dados (com cerca de 182.000 registos sobre falências, dissoluções e cessão de atividade em Portugal, desde 1900 até 2009), concluímos que, nos primeiros 5 anos, “morrem” 31% das empresas e que a esperança média de vida (à nascença) é de 12 anos. Estes resultados evidenciam a fragilidade dos modelos de avaliação de empresas, em que se estima o VT com uma perpetuidade. Após ficar patente que as empresas não têm uma esperança de vida infinita, preocupar-nos-emos em identificar quais os fatores responsáveis pela existência da empresa (no longo prazo), fatores esses que possam, porventura, justificar uma vida mais longa das sociedades. VI Nesse sentido, o segundo objetivo passou por identificar quais os fatores determinantes do valor terminal da empresa. Assim [utilizando uma amostra de 714 empresas cotadas, pertencentes a 15 países europeus e para um período compreendido entre 1992 e 2011, usando a metodologia GMM (Generalized method of moments), aplicada a dados em painel dinâmico], os resultados evidenciam que o valor de continuidade não pode ser considerado como o valor atual de uma perpetuidade constante (ou com crescimento) de um determinado atributo da empresa mas, sim, em função de um conjunto de atributos, como os free cash flows, os resultados líquidos, a esperança média de vida da empresa, o investimento em I&D, as capacidades e qualidade da gestão, a liquidez dos títulos e a estrutura de financiamento. Como terceiro objetivo (e mantendo a particular atenção na estimação do VT da empresa), procurou-se cruzar os resultados obtidos no estudo anterior com as perceções dos analistas Europeus e Estadunidenses acerca dos atributos da empresa que, na opinião destes, mais contribuem para o seu valor. Para o feito, recorreu-se a um inquérito, com respostas fechadas. Da análise das 123 respostas válidas, obtidas usando a análise fatorial, concluiuse serem determinantes do valor de uma empresa ou negócio os seguintes fatores: a esperança média de vida da empresa, a sua liquidez e desempenho operacional, a inovação e capacidade de afetação de recursos a I&D, as capacidades de gestão e a estrutura de capital, confirmando-se as conclusões até então obtidas. Por fim, fez-se um esforço no sentido de fornecer ao leitor uma nova aproximação teórica ao modelo Discounted CashFlow (DCF), tendo em conta as variáveis entretanto identificadas no nosso estudo. Estes resultados contribuem, a nosso ver, para que se possa caminhar no sentido da construção de um modelo de avaliação de empresas e negócios ainda mais apurado, em que os resultados obtidos nas avaliações se aproximem o mais possível dos verificados no mercado.

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Tanto o enriquecimento ambiental, como o treino pelo método do condicionamento operante por reforço positivo, são bastante relevantes no desempenho bem-sucedido de medidas de saúde preventivas em animais de cativeiro. A prevenção apresenta-se como de extrema importância no bem-estar das aves em contexto zoológico. Um maneio e enriquecimento apropriados, bem como programas de treino que incluam comportamentos médicos, podem não só diminuir a ocorrência de patologias, muitas vezes antropogénicas, mas também permitir o correto diagnóstico precoce das mesmas e controlo da saúde animal. Desta forma, contribui-se para o melhoramento do dia-a-dia dos animais e consequentemente da sua vida.

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Enquadramento: Nas últimas décadas, tem-se assistido a um envelhecimento populacional crescente e a um progressivo aumento da institucionalização dos idosos. A institucionalização representa frequentemente para o idoso uma rutura com o seu passado, levando à perda da sua individualidade e consequentemente a um processo de isolamento que poderá contribuir para níveis elevados de insatisfação com a vida. O Investimento na vida pessoal remete-nos para a valorização e atribuição de objetivos de vida ao ser humano, naquela que é a última etapa da sua vida, em todos os seus atributos e caraterísticas, inclusive na sua complexa estrutura física, intelectual e espiritual. Objetivos: Avaliar o nível de Investimento na vida pessoal percecionado pelos idosos institucionalizados e analisar a sua relação com as variáveis socio demográficas, clínicas, e psicossociais. Métodos: Trata-se de um estudo não experimental, transversal, descritivo-correlacional e de caráter quantitativo, que foi realizado numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 90 pessoas idosas a residir nas ERPI do concelho de Vila Nova de Paiva. Para a mensuração das variáveis utilizou-se um instrumento de colheita de dados que integra uma secção de caraterização sócio demográfica, e uma secção de caraterização clínico-funcional (índice de Barthel), caraterização familiar (Escala de Apgar Familiar) e situacional, lazer (Índice de Atividades de Lazer), espiritualidade (Escala da Espiritualidade), perceção da vida atual (Escala de Satisfação com a Vida) e futura, e por fim a Escala de Avaliação de Investimento na Vida Pessoal. Resultados: Os dados mostram que a perceção dos idosos sobre o investimento na sua vida pessoal se distribui de uma forma relativamente equitativa por três níveis. Contudo, o maior grupo percentual (37,8%) perceciona o seu investimento como elevado, enquanto 32,2% o entende como baixo e o grupo mais reduzido (30,0%) o considera moderado. A análise por género mostra que os homens tendem a avaliar o investimento de uma forma mais positiva que as mulheres; também os idosos com habilitações académicas superiores (p= 0,041) e com maior nível de independência funcional (p= 0,037) são os que percecionam um maior investimento na vida pessoal. Constatamos ainda que a família tem um efeito significativo (p= 0,020) no nível do investimento na vida do idoso, à semelhança da existência de mais esperança (p= 0,002), maior satisfação com a vida (p= 0,013) e do desenvolvimento de planos para o futuro (p= 0,032). Conclusão: As evidências encontradas neste estudo mostram que há níveis diferenciados de Investimento na vida pessoal entre os idosos. Este Investimento correlaciona-se de forma significativa com diversas variáveis independentes que depois de devidamente identificadas devem ser promovidas para assegurar aos idosos um envelhecimento ativo e com qualidade. As competências atribuídas ao enfermeiro especialista em reabilitação são de uma mais-valia inegualável no desenvolvimento do referido envelhecimento com qualidade, quando inserido numa equipa multidisciplinar, nas Estruturas Residenciais Para Idosos. Palavras-chave: idosos, institucionalização, satisfação com a vida, investimento na vida pessoal.

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Enquadramento: Actualmente existe um elevado números de pessoas em situação de dependência, com algum tipo de incapacidade funcional ou em risco de perda de funcionalidade, que necessitam ingressar na Rede Nacional de Cuidados Continuados com o intuito de se promover uma melhoria das condições de vida e bem-estar das pessoas, através da prestação de cuidados continuados de saúde e de apoio social. Aceitando a vulnerabilidade da pessoa humana, a doença revela-se como um período de fragilidade circunstancial às condições decorrentes da sua existência. O utente/família deparam-se com a desmoralização, a ameaça, o desamparo e a perda de sentido, podendo levar o mesmo a uma profunda tristeza, desespero e sofrimento. Neste sentido e tendo em conta que a esperança influencia o bem-estar e uma vez que se encontra ligada à existência, tanto física como emocional e espiritual é fundamental percebermos até que ponto a esperança pode ajudar a pessoa a lidar com o futuro. Objetivos: Avaliar níveis de esperança nos Doentes internados em Cuidados Continuados, e identificar determinantes socio-demográficos, clínicas e psicossociais correlacionadas com essa esperança. Métodos: O estudo foi realizado,na Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Seia, nas unidades de internamento de Média Duração e Reabilitação e Unidade de Longa Duração e Manutenção. O questionário foi aplicado a 46 doentes, com idades compreendidas entre os 46 e os 92 anos de idade ( x =74.39 anos). Trata-se de um estudo não experimental, quantitativo, do tipo transversal, descritivo e correlacional. O instrumento de recolha de dados integrou um Questionário de caracterização sócio-demográfica e clínica, a escala da Esperança (Herth Hope Index), uma escala para a avaliação da Qualidade de Vida – Functinal Assessement of Cancer Therapy – General e o Questionário de Sono de Oviedo. Resultados: Os dados mostram que 45,7% dos participantes apresenta esperança reduzida, 39,1% esperança elevada e 15,2% esperança moderada. Constatámos ainda que apenas o “bem-estar funcional” da escala da QDV e os “fenómenos adversos” da escala do sono se correlacionam significativamente (p=0,000; p=0,035) com a esperança explicando respetivamente 55,2% e 31,1% da variância explicada. Já o género, idade, estado civil, situação profissional, escolaridade, rendimento mensal, tipologia e número de internamentos, mostraram não estar relacionados com a esperança dos nossos doentes. Conclusão: A esperança é uma crença ou virtude inerente ao Homem, que pode assumir níveis diferenciados, que acompanha o ser humano no seu processo de viver e de morrer condicionando ajustes nos momentos de crise, afectando e/ou sendo afetada pelo bem-estar e a qualidade de vida. Palavras-chave: Cuidados Continuados, Esperança, Qualidade de Vida, Doentes, Sono.