Investimento pessoal e independência funcional em idosos

Enquadramento: Se o envelhecimento populacional é encarado como um triunfo da sociedade atual, constitui ao mesmo tempo um desafio a toda a sociedade no sentido de se conseguir que este envelhecimento seja ativo e com qualidade de vida. O investimento na vida pessoal realizado pelos idosos de forma a obter a melhor qualidade de vida bem como a manutenção da sua independência funcional são indicadores importantíssimos para um envelhecimento bem-sucedido. Objetivos: Identificar a perceção dos idosos sobre o seu investimento na vida pessoal, avaliar níveis de independência funcional e analisar associações entre varáveis sociodemográficas clínicas e psicossociais e o investimento pessoal e a independência funcional. Métodos: Realizou-se um estudo do tipo transversal, analítico-correlacional de natureza quantitativa e de cariz descritivo, com uma amostra não probabilística constituída por 103 idosos da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro. Para a mensuração das variáveis aplicou-se um questionário que integra uma secção de caraterização socio demográfica e clínica, a Escala de Apgar Familiar, o índice de Barthel e a Escala de Investimento Pessoal. Resultados: As evidências encontradas neste estudo demonstram que a nossa amostra apresenta níveis elevados de independência funcional (40,8%) e de investimento na vida pessoal (89,3%). As variáveis que se associam de forma significativa com a independência funcional foram o género, local de institucionalização e o exercício físico. Já as que se associaram ao investimento pessoal foram o estado civil, local de residência, a prática de exercício físico e a funcionalidade familiar. Conclusão: Apesar da elevada média de idades dos nossos idosos estes apresentam bastante funcionalidade e moderado investimento na vida pessoal, contudo as variáveis associadas de forma significativa a estes constructos são: ser do género masculino, ser casado ou viver em união de facto, o residir no próprio domicílio, praticar regularmente exercício físico e percecionar famílias funcionais.

Student’s Perceptions of the Community Impact of Social Education Degree Internship

Evaluating the impact of an intervention is a very important stage in social educators’ practice, since it allows them to improve the quality of socio-educational projects. The aim of this study is to rethink the internship of the social education degree through students’ perceptions about the impact of their projects in the community. This is a qualitative and exploratory study using documental analysis of 50 internship final reports of a social education degree from a Portuguese polytechnic higher education institution and whose emerging categorical content analysis was performed with NVivo software. The analysis revealed four distinct indicators linked to the project (accomplished objectives, evaluation of activities, sustainability and innovation), the target group (participation, motivation and benefits), the institution (satisfaction of collaborators, improved dynamic, routines and space enhancements), and the students (relational, reflexive and planning skills; satisfaction). It also revealed instruments, feedback, observation, document analysis and case reports as means of verification. The use of indicators related to the project’s objectives, the changes perceived from the benefits in the target-group and in the institution, and the interveners’ level of satisfaction should be noted as positive. Given the inconsistency in the use of formal assessment instruments, the results show the need to strengthen students’ mobilisation of project assessment skills in order to improve the quality of undergraduate education.