5 resultados para investigação sobre a própria prática

em Instituto Politécnico de Leiria


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Este relatório foi realizado no âmbito da Prática Pedagógica do Mestrado em 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico e integra duas componentes essenciais da mesma, a Reflexiva e a Investigativa. Na Componente Reflexiva podemos encontrar quatro reflexões: as duas primeiras relativas ao trabalho desenvolvido no 1.ºciclo, em turmas do 2.º e 3.ºano de escolaridade. Seguem-se as duas experiências em contexto de 2.ºciclo, ambas com turmas do 5.ºano de escolaridade, nos grupos de disciplinas Português/História e Geografia de Portugal e Matemática e Ciências Naturais. Destas reflexões emanam as principais dificuldades sentidas na prática pedagógica, bem como parte das aprendizagens realizadas. A Componente Investigativa, por sua vez, apresenta um estudo desenvolvido no 2.ºciclo do Ensino Básico, com a turma do 5.ºano de Matemática. O seu principal objetivo foi compreender de que forma uma professora, em contexto de formação inicial, desenvolveu a Comunicação Matemática dos alunos. Partindo deste objetivo, procurou-se conhecer as estratégias que a professora adotou nesse sentido, quais as dificuldades que decorreram da implementação dessas estratégias e qual a natureza do discurso que predominou na sala de aula. Deste modo, (i) o questionamento foi uma das estratégias mais utilizadas pela professora para promover momentos de discussão de ideias em sala de aula; (ii) as dificuldades da professora passaram por colocar questões de forma clara e objetiva e que exigissem ao aluno um nível de raciocínio elevado e (iii) o tipo de comunicação predominante foi a contributiva.

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Este relatório, produzido no contexto do Mestrado em Ciências da Educação – Especialização em Utilização Pedagógica das TIC, apresenta um estudo desenvolvido numa turma do 7.º ano, no âmbito da lecionação do conteúdo “Tectónica de Placas”. A investigação teve por base a seguinte questão: Quais as potencialidades do Google Earth como recurso educativo? Procurando dar reposta a esta questão, foi construído um recurso educativo no Google Earth, implementando-o na aprendizagem da “Tectónica de Placas”, numa turma de 7.º ano de escolaridade. De modo a avaliar o sucesso da utilização deste recurso, delinearam-se os seguintes objetivos: analisar a eficácia e eficiência da utilização do recurso educativo concebido no Google Earth na aprendizagem da “Tectónica de Placas”; avaliar o grau de motivação e satisfação dos alunos ao utilizarem o Google Earth na aprendizagem da “Tectónica de Placas”; identificar dificuldades e desafios inerentes à utilização do Google Earth na aprendizagem da “Tectónica de Placas”, numa turma de 7.º ano de escolaridade. O estudo consubstancia uma investigação sobre a própria prática, seguindo uma metodologia de carácter exploratório de natureza mista. A professora constituiu o principal instrumento de recolha de dados, desempenhando simultaneamente os papéis de professora da turma e de investigadora. Para a recolha de dados foram privilegiados os diários de bordo, as grelhas de observação, o inquérito e as produções dos alunos. Da análise dos resultados, conclui-se que a utilização do Google Earth na lecionação do conteúdo “Tectónica de Placas” diversificou e potenciou as formas de interação na sala de aula. A gestão do tempo foi otimizada, cumprindo-se o planificado em menos tempo que o previsto. Durante a implementação da atividade, tornou-se visível um desenvolvimento progressivo da capacidade de autonomia dos alunos. Também a aprendizagem vi colaborativa conheceu um incremento muito significativo, ao mesmo tempo que o ritmo individual de aprendizagem dos alunos foi inteiramente respeitado. A generalidade dos alunos gostou de explorar o Google Earth e de concretizar as questões do guião de trabalho com recurso ao Google Earth. Em suma, os alunos tiveram um papel ativo na execução da atividade, revelaram-se motivados e satisfeitos com a mesma, manifestando vontade de repetir esta experiência de aprendizagem aplicada a outras temáticas. Dessa forma, a utilização do Google Earth revelou-se eficaz e eficiente no ensino e aprendizagem da “Tectónica de Placas”.

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No âmbito da didática da Matemática, e seguindo as tendências do paradigma de professor investigador, decidi debruçar-me sobre a introdução da aprendizagem da multiplicação em alunos de 2.º ano de escolaridade, aplicando um conjunto de tarefas que visam o desenvolvimento do conceito de multiplicação nos sentidos aditivo e combinatório e a aplicação das propriedades da multiplicação. Foram analisadas as interações e principalmente as estratégias utilizadas pelos alunos perante tarefas propostas, que na sua maioria abordavam contextos que lhes eram familiares. Pretendeu-se que os alunos desenvolvessem o conceito de multiplicação de forma gradual e natural. Para o desenvolvimento deste estudo, que se configura como uma investigação sobre a minha prática, foi utilizada uma metodologia qualitativa de cariz exploratório, descritivo e interpretativo. Foi possível verificar que os alunos encararam as tarefas e a operação, nelas, desenvolvida com agrado e motivação. Os resultados deste estudo indicam que os alunos compreenderam os conceitos da multiplicação explorados ao longo da cadeia de tarefas aplicada e foram evoluindo favoravelmente as suas estratégias multiplicativas. A partilha de estratégias nas discussões coletivas permitiu-nos uma melhor perceção das ideias dos alunos bem como das suas dúvidas/dificuldades o que fez surgir novas estratégias e com certeza enriqueceu o conhecimento dos alunos e o meu como professora. Este estudo reafirma a importância da reflexão contínua por parte dos docentes perante o desenvolvimento dos conhecimentos dos alunos e das suas próprias práticas.

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Este estudo teve como objetivo principal investigar o desenvolvimento do pensamento algébrico em alunos do 1.º ciclo do ensino básico, procurando compreender o impacto da implementação de uma sequência de tarefas de cunho exploratório, envolvendo o estudo de padrões e sequências. As tarefas foram implementadas, no letivo 2013/2014, em quatro turmas do 1.º ciclo do ensino básico, uma de cada ano de escolaridade. A sequência de tarefas foi organizada em seis tarefas envolvendo padrões e sequências de repetição e de crescimento, privilegiando os contextos visuais/figurativos. Os alunos realizaram as tarefas, interagindo socialmente através do trabalho em pequeno grupo, e em grupo-turma durante os momentos da discussão coletiva. Procurou-se clarificar as estratégias e representações utilizadas, as generalizações formuladas e as dificuldades sentidas. A metodologia adotada foi qualitativa de natureza interpretativa, com uma organização de estudo de caso (casos múltiplos ou comparativos), dando ênfase à investigação sobre a prática. A recolha de dados teve como principais instrumentos o diário de bordo, as produções escritas dos alunos, a observação participante e as gravações de áudio e vídeo.Os resultados mostraram, que nos diferentes anos de escolaridade, os alunos usaram uma diversidade de representações e de estratégias, que se revelou essencial na capacidade de generalização e de aprendizagens algébricas. A linguagem natural foi uma representação privilegiada em todos os anos de escolaridade, permitiu a expressão, explicação e justificação de ideias, raciocínios, dificuldades e generalização de sequências. No estudo de caso do 1.º ano, dado a faixa etária dos alunos, foram realizadas generalizações próximas com concretização. Nos estudos de caso dos 3.º e 4.º anos, atendendo à idade, maturidade, capacidade de abstração e conhecimentos, observaram-se estratégias mais complexas e formais, proporcionando uma maior diversidade no estabelecimento de conexões e de generalizações desconstrutivas. As generalizações construtivas próximas foram observadas nos estudos de caso do 1.º e do 2.º anos. As generalizações desconstrutivas e distantes foram observadas no caso do 2.º ano e não foram visíveis no do 1.º ano. Os alunos revelaram compreensão algébrica, desenvolveram o estabelecimento de conexões, tendo-se aferido uma maior profundidade nos dois últimos anos de ciclo. A exploração de tarefas envolvendo padrões e sequências permitem a transversalidade dentro da própria Matemática. Desta forma, é fundamental continuar a explorar este tipo de tarefas, desde os primeiros anos de escolaridade, de modo a desenvolver o pensamento algébrico.

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Na sociedade contemporânea ocidental é praticamente impossível que os projetos de vida das crianças, adolescentes e jovens não passem por um investimento na escola vista como um passaporte para a mobilidade social (Peres, 2011). Contudo, por detrás dessa pretensa inclusão social, há efeitos perversos e condicionantes vários que levam ao insucesso e abandono escolares, à exclusão social (Canário, Alves e Rolo, 2001 citado por Vieira A. 2013:77-78). O fenómeno da exclusão social é cada vez mais premente. Importa perceber qual a aceção do conceito de pobreza e como é sentida pelos seus protagonistas, pela sociedade em geral e qual o papel do Estado nesta relação. Surgem constantemente novas formas de pobreza e a exclusão assume diferentes configurações. As dinâmicas sociais em mutação podem ditar a fragilidade social, a assistência ou mesmo a marginalização social (Paugam,2003:47). O objetivo desta investigação, sobre projetos de vidas labiríntico de indivíduos excluídos pela sociedade, por via de adições (álcool e drogas), trabalhos precários, desemprego, mudanças familiares e sociais passa pela autorreflexão, a captação da perspetiva hermenêutica no indivíduo face ao contexto em que vive. Foram utilizadas entrevistas em profundidade e observação direta participante e não participante. Tratando-se de indivíduos cuja história de vida assume contornos bastante complexos, usei uma técnica de aproximação ao photovoice (Wang e Burris, 1997): sugeri aos participantes que captassem através da imagem a sua recordação mais feliz, o que mais gostam nos seus dias e qual o seu maior sonho. Segundo Vieira, “as histórias de vida não são mero passado. São processos históricos na verdadeira aceção da palavra” (Vieira, 2009:16) pelo que compreender a sua perceção do passado, presente e futuro assume relevante importância para a perceção da construção de um projeto de vida. Ambicionámos conseguir aquilo que nas palavras de Machado Pais se traduz como “olhar de frente para o que se olha de lado” (Pais,2001:241). Esta problemática considera a rua como espaço privilegiado de aprendizagem (infância) de encontro (juventude) (Vieira, 2011) pelo que se pretendia perceber como é possível que se se metamorfoseie num espaço de trabalho, como nascem estas profissões da rua, que percursos biográficos estarão na base desta opção de vida e se será mesmo uma vida sem opção. É essencialmente na busca da autorreflexão, do questionamento, onde o mediador poderá intervir (intervenção) enquanto auxiliar na construção de projetos de vida, como se de um advogado social de tratasse, um construtor de pontes entre os excluídos e a sociedade e um valioso auxiliar na concretização de sonhos, enquanto mediador comunitário.