3 resultados para ensino na comunidade
em Instituto Politécnico de Leiria
Resumo:
Numa sociedade onde a tecnologia digital, a tecnologia multimédia e a interatividade são predominantes, os ambientes educativos das escolas começam a evidenciar alguma dificuldade em acompanhar a evolução tecnológica. Um quadro interativo (QI) pode enriquecer os ambientes pedagógicos e promover uma maior interação com os conteúdos educativos e com as realidades exteriores à escola. Contudo, e apesar da grande aposta das escolas públicas, particulares e cooperativas e privadas na aquisição desta ferramenta, a exploração das suas potencialidades e a sua rentabilização parece longe de atingir os níveis mais desejados. Com o objetivo de analisar de que forma a partilha de recursos digitais para o QI potencia uma sua maior utilização desta ferramenta, foi realizado um estudo num estabelecimento de ensino particular e cooperativo, onde foi criada uma comunidade de partilha virtual de recursos, sob a forma de um blog, o educattic.wordpress.com. O estudo de caso envolveu todos os docentes deste estabelecimento, abrangendo os três níveis do ensino básico, tendo sido solicitado a todos os participantes o preenchimento de dois questionários: um que antecedeu o lançamento do blog, com vista a analisar qual o tipo de utilização que o docente faz do QI; e o segundo, realizado três meses após a divulgação do blog, com o intuito de analisar em que medida a partilha de recursos potenciou a utilização do QI. Como resultado deste estudo depreende-se que os QIs raramente são usados quer seja de forma interativa ou apenas como projetor. Esta deficiente utilização dos QI pode ser, ultrapassada pelos professores com a existência de uma comunidade virtual de partilha de conteúdos digitais, onde estes possam recolher recursos e partilhar informação. Os resultados revelam que os docentes reconhecem no QI as suas potencialidades pedagógicas, demonstrando ainda estarem recetivos quanto participação numa comunidade deste género.
Resumo:
A integração escolar, e gradual inclusão, de crianças e jovens com necessidades educativos especiais enquanto medida educativa transporta também bagagem própria e imprime na comunidade noções de inclusão e de sensibilidade perante a diferença. Este estudo de caso consiste numa investigação qualitativa com recurso à realização de entrevistas semiestruturadas e subsequente análise de conteúdo. A amostra consiste em cinco instituições escolares da cidade de Rio Maior, tendo sido entrevistados os respetivos diretores e a Vereadora da Educação da Autarquia. Identifica-se como pergunta de partida: Qual a perceção das escolas da cidade de Rio Maior sobre a sua própria atuação na educação inclusiva? Os objetivos da investigação são: Identificar a perceção dos diretores das instituições de ensino sobre a inclusão; Relacionar essa perceção e práticas de cada instituição com a teoria sobre inclusão; Interpretar semelhanças e disparidades entre instituições; Relacionar o conhecimento adquirido junto das instituições de ensino com a realidade sociopolítico do território em que se encontram; Analisar o conhecimento adquirido face aos princípios orientadores da Cidade Educadora. As hipóteses colocadas são: O Centro de Educação Especial, a Escola Fernando Casimiro e a Escola Profissional apresentarão maiores similaridades entre si na conceção e práticas de inclusão; A Escola Secundária e a Escola Superior apresentarão maiores similaridades entre si na conceção e práticas de inclusão. Os objetivos da investigação foram parcialmente atingidos. As hipóteses colocadas foram parcialmente confirmadas com destaque para o desempenho abaixo das expectativas da Escola Profissional e a Escola Secundária. Foi possível compreender a visão sobre o assunto e as práticas mais ou menos inclusivas das cinco instituições em estudo.
Resumo:
A presente Dissertação surge da realização do projeto de Mestrado em Educação Especial – Domínio Cognitivo-Motor e apresenta a investigação realizada com o objetivo de compreender como é que uma Escola Profissional equaciona e resolve a inclusão dos seus alunos com NEE. Recorreu-se a metodologia qualitativa com estratégia de investigação: estudo de caso, centrado em fontes métodos de recolha de dados, diversificados: entrevistas e documentos de arquivo: Regulamento Interno e Projeto Educativo de Escola. As entrevistas foram realizadas aos dezassete professores que compõem o “caso” em estudo e analisadas através da técnica de Análise de Conteúdo. A esta análise refletiu-se a observação dos documentos de arquivo, da qual resultou a Análise de Resultados. Os resultados obtidos evidenciam uma comunidade educativa em que há um percurso a fazer em matéria de inclusão, nomeadamente ao que se refere às políticas educativas inclusivas, à implementação de um trabalho cooperativo sistemático. Contribuiria para a melhoria destas políticas educativas, a estabilidade do corpo docente e a sensibilização para a importância da formação contínua dos professores. Quanto às práticas educativas, constatou-se o receio dos professores no desenvolvimento de adaptações diferenciadas aos alunos com NEE evidenciado pelo tratamento igualitário, promovido pelos professores a todos os alunos. Em sala de aula, tornou-se clara a ausência da cooperação e do trabalho colaborativo, entre pares, de forma sistemática e estável, bem como das TIC como meio para melhorar a aprendizagem dos alunos com NEE. No entanto, verifica-se um esforço persuasivo, relativamente ao Plano Anual de Atividades, para garantir a participação de todos os alunos nas atividades da comunidade escolar.