3 resultados para composição química

em Instituto Politécnico de Leiria


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Três grupos constituídos por indivíduos de tilápia da espécie Oreochromis mossambicus foram observados por um período de 6 meses e registado os seus comportamentos reprodutivos, número de fêmeas em incubação e o número de fry que nasceram durante este tempo. Cada grupo apresentava proporções sexuais distintas (macho:fêmea), nomeadamente, 1:3, 1:4 e 2:2. Após a evolução do estágio das fry a alevins, foram testados nestes indivíduos 3 dietas experimentais: a dieta RT (ração para tilápia), a dieta RD (dieta para douradas) e a Mix (uma mistura de 50% de cada uma das rações anteriormente referidas). Os alevins foram distribuídos em 9 tanques, 20 indivíduos/tanque, existindo três réplicas por dieta e todos se encontravam a uma temperatura de 28 ± 1ºC. Foram alimentados 3 vezes por dia durante 11 semanas, fazendo jejum 1 dia por semana. A cada 2 semanas, os indivíduos eram pesados e medidos e a quantidade de ração era ajustada de acordo com o seu crescimento. Como forma de se reduzir o stress neste procedimento de medição e pesagem, utilizaram-se três anestésicos a diferentes concentrações: MS-222 (0,15, 0,25 e 0,35ml L-1), óleo de cravo (0,10, 0,15 e 1,2ml L-1) e 2-fenoxietanol (0,40, 0,60, 0,80 e 1,00ml L-1). Registaram-se os tempos de indução e recuperação e avaliou-se qual o anestésico mais eficaz. No final do ensaio, os indivíduos foram mortos por choque térmico, filetados e sujeitados a estudos para avaliação do teor de proteína, lípidos, humidade e cinzas. No final de todo este trabalho experimental verificou-se que existiu reprodução nos Grupos 1 e 2 durante os 6 meses e que a melhor proporção sexual é 1:3 (macho:fêmea). Observou-se que as fêmeas que produzem mais posturas seguidas têm um menor número de fry por postura e as que fazem um maior intervalo de tempo entre cada postura, produzem posturas com um maior número de fry. Para qualquer uma destas opções das fêmeas, a taxa de mortalidade das fry é muito reduzida. No ensaio das dietas, os alevins aceitaram com boa aceitabilidade as três dietas mas com o decorrer do tempo, os indivíduos da dieta RD começaram a ganhar hemorragias em algumas partes do corpo. Não existiram diferenças significativas entre as dietas. A dieta Mix foi a que mostrou melhores resultados finais com um peso e comprimento máximos de 4,51 ± 3,39g e 3,36 ± 1,81cm, respetivamente. Para os valores de WG, SGR e FCR também não existiram diferenças significativas para as três iv dietas, sendo a dieta Mix a obter os valores máximos para WG (4,71g) e SGR (2,97% dia-1) mas com o FCR baixo (12,45 g/g). Para os resultados da composição química obtiveram-se diferenças estatisticamente significativas (P < 0,05) nos dados da proteína e humidade. A dieta RT foi a que apresentou um maior teor de proteína (18,53%) e os valores máximos para a humidade foram nas dietas RT (80.54%) e Mix (80,57%). Os lípidos e as cinzas não tiveram diferenças significativas e os valores máximos para estes dois parâmetros foram 1,38% e 1,50% na RT, respetivamente. Para os anestésicos estudados existiram diferenças significativas (P < 0,05) para os tempos de anestesia e recuperação pertencentes ao MS-222 e 2-fenoxietanol; o óleo de cravo apenas apresentou diferenças significativas no tempo de indução. As concentrações que mais eficazes se mostraram para anestesiar Tilápias Moçambicanas foram: 0,25ml L-1 para o MS-222, 0,10ml L-1 para o óleo de cravo e 0,80ml L-1 e 1,00ml L-1 para o 2-fenoxietanol. Os resultados deste trabalho sugerem que a reprodução de Tilápia Moçambicana se consegue com bastante sucesso quando se proporcionam condições ótimas, principalmente, a temperatura que é um dos fatores mais importantes; é uma espécie que aceita com facilidade variados tipos de rações; e os anestésicos utilizados mostraram-se eficazes a anestesiar os juvenis desta espécie apesar de ser necessário continuar o estudo com mais concentrações.

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O cancro é um problema de saúde crescente no mundo e é a segunda causa de morte depois das doenças cardíacas. De acordo com a Agência Internacional de Investigação em Cancro (IARC) existem atualmente mais de 10 milhões de casos de cancro por ano no mundo. Os produtos naturais oferecem oportunidades de inovação na descoberta de novos fármacos. Neste sentido, os compostos naturais isolados a partir de plantas medicinais, como potenciais fontes de novas drogas anticancerígenas, têm tido um interesse crescente. Os Óleos Essenciais (OEs) são sintetizados pelas plantas e têm sido estudados pelas suas inúmeras atividades biológicas, incluindo anticancerígena, anti-inflamatória, antimicrobiana, antiviral, antioxidante e repelente de insetos. Este estudo tem como objetivos determinar a eficácia de OEs de seis espécies de plantas das dunas de Peniche (Portugal), como potenciais agentes terapêuticos anticancerígenos em linhas celulares de cancro da mama (MCF7) e do colo-rectal (RKO), assim como perceber o mecanismo de ação destes OEs. Neste estudo, partes aéreas de Artemisia campestris subsp. maritima, Crithmum maritimum, Eryngium maritimum, Juniperus turbinata subsp. turbinata, Otanthus maritimus e Seseli tortuosum foram colhidas na praia da Consolação, em Peniche (Portugal), e os seus OEs isolados através de hidrodestilação. A composição química dos OEs foi investigada por cromatografia gasosa (GC) e por cromatografia gasosa com espetrofotometria de massa (GC-MS) e os compostos maioritários foram descritos para cada óleo. Para avaliar a atividade anticancerígena nas linhas celulares MCF7 e RKO, o método MTS (3- (4, 5-dimethyl- 2 -thiazolyl) - 2, 5-dyphenyl-2H-tetrazolium bromide) foi usado e a viabilidade celular avaliada, através de diluições sucessivas, a concentrações iniciais de 5 μL/mL e 1 μL/mL, com diluição de 1:2 e 1:10, respetivamente, comparando com o controlo (DMSO). De todos os OEs testados, a atividade anticancerígena foi descrita, em ambas as linhas celulares, como observado pela diminuição da viabilidade/proliferação celular – exceto o OE Eryngium maritimum a uma concentração inicial de 5 μL/mL.Com o objetivo de avaliar o mecanismo biológico de ação dos OEs, foi realizado um western blot para marcadores relativos ao bloqueio do ciclo celular e apoptose (p53, p21 e caspase 3 clivada), para Seseli tortuosum e Otanthus maritimus. Foi observado um aumento do nível proteína p53 nas células tratadas com estes OEs, sugerindo a indução de stress celular nas células cancerígenas testadas. No entanto, não foi observada caspase 3 clivada, sugerindo que a apoptose não terá sido a causa para a diminuição da viabilidade/proliferação celular observada. Foi ainda observado o aumento da expressão da p21 com os OEs selecionados, sugerindo que o tratamento com OE está associado ao bloqueio do ciclo celular. Para validar estas observações, a análise realizada por FACS, depois do tratamento indica um possível bloqueio do ciclo celular na fase G1. Concluindo, a concentração inicial de 5 μL/mL revelou ser muito tóxica para as linhas celulares testadas. No entanto, a uma concentração final de 1 μL/mL foi demonstrada uma diminuição da viabilidade/proliferação celular para todos os OEs. No estudo preliminar do mecanismo de ação dos OEs, foi demonstrado, face à presença da p21, que os óleos de Seseli tortuosum e Otanthus maritimus atuam bloqueando o ciclo celular. Para comprovar estes resultados, o FACS realizado (apenas no OE de Seseli tortuosum) revelou que este bloqueio pode ocorrer, pelo aumento da percentagem de células observadas, na fase G1. Estes resultados demonstram o interesse destes OEs de Peniche na procura de novos agentes quimo preventivos contra a progressão do cancro da mama e colo-rectal.

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Com o constante aumento da população crescem também as preocupações diárias relativamente à alimentação. Assim, o aumento da produção alimentar tornou-se uma prioridade, começando a oferta no mercado a ser cada vez maior e mais competitiva. Não obstante, a indústria volta-se não só para a segurança dos alimentos que produz – que é já uma base obrigatória – mas também para o constante desenvolvimento da qualidade alimentar. Novas técnicas são desenvolvidas muito rapidamente de maneira a que os produtos alimentares, para além de seguros, sejam também munidos da qualidade exigida pelo consumidor. Cada vez mais o cliente exige da indústria nada menos que o melhor em termos de segurança e qualidade alimentar. De maneira a continuarem no mercado, as indústrias alimentares voltam-se cada vez mais para os laboratórios académicos, que aliam conhecimento, interesse e experiência com as necessidades apresentadas pelos consumidores. É notória também a dificuldade sentida por recém-licenciados em integrar empresas e conseguir uma primeira oportunidade, na sua maioria por alegada falta de experiência na área, tendo sido este o principal motivo da opção pelo estágio em exclusão da oportunidade de poder ser explorada uma ideia própria. Desta forma, a presente dissertação teve como base a necessidade de entender o que atualmente se faz no meio académico em relação à qualidade alimentar. Os projetos apresentados neste trabalho envolvem o tratamento de peito de frango em alta-pressão a diferentes temperaturas, tendo sido feito um tratamento semelhante com clara de ovo, a análise de ácido tiobarbitúrico (TBA) e composição em ácidos gordos em carne de porco congelada, em diferentes momentos, a análise da composição química de desperdícios de atum e ainda a criação de um novo produto alimentar (truta salmonada fumada).